A garota de apenas 12 anos vítima de estupro há cerca de dois meses em Teresina tem até a próxima quinta-feira (16) para decidir se vai interromper a gravidez fruto da violência sexual. A conselheira tutelar Socorro Arraes informou que uma comissão formada por assistentes sociais do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Leste e conselheiros tutelares visitou a família nesta terça-feira (14).

De acordo com a conselheira, a garota é quem tem autonomia na decisão de interromper ou não a gravidez, de acordo com a lei. A mãe, no entanto, também será acompanhada pela comissão. 

"A mãe já assinou a autorização na maternidade [Dona Evangelina Rosa], mas ainda pode mudar de ideia, um grupo do Creas e de conselheiros tutelares vai conversar com ela agora à tarde e saber como vai ficar exatamente a situação", informou. 

A garota engravidou depois que sofreu um estupro em um matagal em Teresina. Ela foi atacada enquanto ia para a escola e o principal suspeito é seu tio.

De acordo com a coordenadora do Serviço de Atenção à Mulher Vítima de Violência Sexual (Samvvis), Maria Castelo Branco, a garota já sofria abusos havia pelo menos oito meses. Após descobrir a gravidez, a OAB chegou a intervir no caso, pedindo imediata interrupção da gravidez. 

Maria Romero
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