A Prefeitura de Barras, a 126 km de Teresina, decretou luto oficial de dois dias por conta da morte do advogado Kelson Feitosa, assassinado na manhã desta segunda-feira em seu escritório. O suspeito, que estava sendo processado pela vítima, se entregou ainda na mesma manhã e, em depoimento, optou pelo silêncio. 

O luto oficial foi decretado pelo prefeito Edilson Sérvulo de Sousa, o Capote, em virtude “dos serviços prestados e o legado de contribuição para o desenvolvimento de Barras”. A vítima, que já foi presidente do SINTE-Regional e da Ordem dos Advogados OAB- Barras-, era bastante conhecida na cidade.

O crime aconteceu no escritório de sua residência, onde trabalhava na manhã desta segunda-feira quando um homem invadiu o local e disparou duas vezes contra Kelson, que morreu ainda no local.

O delegado Denis Sampaio, da delegacia de Batalha, investiga o caso e destaca que o acusado, Francisco de Sousa Rosa, se apresentou ainda durante a manhã e, no interrogatório, preferiu ficar em silêncio. “O crime foi praticado na frente de várias testemunhas”, explica. 

Segundo o delegado, as informações coletadas pela polícia indicam que o crime teria sido motivado por vingança, já que Francisco havia sido processado pelo escritório de Kelson. O tio de Francisco, conhecido como Veloso, o acusava de ter desviado dinheiro de um comercio em que trabalhava. “O advogado defendia o tio do autor do crime. Vários processos que foram movidos pelo tio. As informações extra oficiais que temos é que ele se sentia perseguido pelo advogado e já estava se tornando uma questão pessoal e vivia inconformado com isso”, frisa.

Francisco foi autuado em flagrante e, segundo o delegado, será solicitada ainda a sua prisão preventiva.

Diego Iglesias
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