A ocupação da reitoria da Universidade Federal do Piauí (UFPI) chegou ao décimo dia nesta quinta-feira (27) e a instituição divulgou uma carta dos manifestantes com suas reivindicações. Em nove páginas, o movimento pede diversas melhorias para a comunidade acadêmica e que a UFPI se posicione em relação às medidas adotadas pelo governo Temer.
O movimento pede que a UFPI se posicione sobre a Proposta de Emenda Constitucional 241 (PEC do Teto de Gastos), a Medida Provisória 746 (Reforma do Ensino Médio) e o projeto de lei 257 (renegociação das dívidas dos Estados com a União). Tal posicionamento deverá ser construído de forma democrática e paritária em um núcleo de trabalho formado por professores, estudantes e servidores técnico administrativos.
Em outros oito tópicos, o movimento trata de questões específicas da UFPI. Entre elas estão o pedido de criação de uma secretaria para combater opressões na instituição e a implantação de banheiros unissex e diversas melhorias na assistência aos estudantes, nos restaurantes universitários, biblioteca, residência universitária e laboratórios.
As solicitações incluem revitalização de banheiros, reformas de alguns espaços, melhorias na iluminação a até mudança no nome de alguns departamentos e do campus - o de Teresina hoje leva o nome Ministro Petrônio Portella. A carta também trata de preocupações com acessibilidade e segurança nos campi.
A UFPI divulgou a carta de reivindicações e pediu a contribuição da comunidade acadêmica para a discussão a respeito dos temas. A instituição informou que recebeu o documento por e-mail na última quarta-feira e afirmou em seu site: "A Administração Superior deve analisar e avaliar as demandas da pauta para dar resposta a cada um dos itens da carta apresentada pelo movimento. Sugerimos que a comunidade acadêmica possa se manifestar e contribuir com a discussão."
Fábio Lima
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