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Estudante que fará Enem em dezembro: "pensei que ia ser pior"

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A estudante do 3º ano, Mariana Falcão, é uma dos 440 candidatos que fariam provas do Ensino Nacional do Ensino Médio (Enem), no último fim de semana, no Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFPI), campus Sul em Teresina, mas que tiveram a avaliação adiada para dezembro por causa das ocupações.

Mariana disse que acompanhou as provas realizadas e disse que a ansiedade só aumenta, embora tenha achado bom esse adiamento. “Não tem como ficar tranquila, estou muito ansiosa e toda hora você vê o que as pessoas estão falando e aí fico mais nervosa ainda. Mas, pensei que ia ser pior”, declarou a estudante. 

Ela disse recebeu uma mensagem no celular e um e-mail informando da ocupação do IFPI Sul e por conta disso cancelando sua prova. “Na mensagem falava que era para ficar acompanhado na página do participante, o novo local, só que não saiu nada ainda”, afirmou.

Mariana comentou o tema da redação e disse ter gostado. “Acho que teria me dado bem. Meu professor falou bastante desse tema”, revelou. 

À espera do Enem, a estudante disse que terá um pouco mais de tempo para estudar, mas declara que a ansiedade só aumenta. “Estou mais ansiosa, só de pensar já me dá um frio na barriga”. 

Provas em dezembro

No Piauí, além dos 440 candidatos do IFPI Sul, mais 1500 devem fazer as provas no dia 3 e 4 de dezembro em Bom Jesus (a 600 km de Teresina).  Em todo Brasil são mais de 270 mil alunos em 405 locais de diferentes estados que tiveram as provas adiadas. 

A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Texeira (Inep), responsável pela aplicação do exame, Maria Inês Fini, disse que a prova terá formato equivalente à deste fim de semana, com as 45 questões por área de conhecimento, realizada em dois dias, distribuídas da mesma maneira.

As ocupações ocorrem em diversos estados do país. Estudantes do ensino médio, superior e educação profissional têm buscado pressionar o governo por meio do movimento. Os alunos são contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos, a chamada PEC do Teto. Eles também criticam a reforma do ensino médio, proposta pela Medida Provisória (MP) 746/2016, enviada ao Congresso.


Caroline Oliveira
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