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Freitas Neto diz que PI precisa focar em prioridades para desenvolvimento

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O Diretor de Assuntos Econômicos da Federação das Indústrias do Piauí, Freitas Neto, esteve nesta sexta-feira (2) no Jornal do Piauí e destacou que o Piauí precisa definir prioridades quanto a projetos que promovam o desenvolvimento do Estado. Para ele, as principais prioridades de obras são a retomada da construção da Transnordestina, a reforma do aeroporto e o investimento em abastecimento de água e saneamento no litoral do Piauí.

Nessa semana, o diretor participou de uma reunião em Brasília com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho e um grupo de trabalho que estuda a evolução e o desenvolvimento de estratégias para melhorar os índices da área industrial nas diversas regiões do país. O encontro também teve a presença de representantes de órgãos que são importantes para o mecanismo industrial do Nordeste, como Banco do Nordeste e Sudene. 

De acordo com suas palavras, ou “o Piauí ou foca, ou não resolve” os déficits de realização de obras ou projetos que venham a determinar o desenvolvimento de algumas áreas. 

“A Transnosdestina é uma prioridade, porque ela precisa ser apenas concluída e não é justo que fique como está. O Aeroporto. [...] Aqui não temos aeroporto e isso é uma vergonha. É o único aeroporto do Brasil que não sofreu uma reforma. [...] Nós tínhamos aqui turismo de negócios que não temos mais e antigamente tínhamos congressos [...] e agora não temos mais porque não temos um Centro de Convenções”, ressaltou sobre as principais obras que considera que deveriam ser feitas o mais rápido possível no Estado.

Ele falou sobre o trabalho do grupo e sobre o que foi tratado na reunião em Brasília. “Foi formado um grupo de trabalho que sugerisse ao governo federal medidas no sentido de ultrapassar determinados entreves no desenvolvimento do Nordeste. Como sabemos que este é um governo curto, de apenas dois anos, nós temos que ser bem objetivos e não é para tratar, assim, de problemas pontuais de mais de cada Estado, mas ver o conjunto da região. Os Estados estão representados (no grupo), tem membros também do Ministério da integração Nacional, Banco do Nordeste, Sudene e outros órgãos regionais e a Federação das Indústrias do Nordeste”. 

Freitas Neto ressaltou  que foi tratado em relação ao Piauí a questão de se colocar como prioridade a conclusão da Transnordestinae, até porque é mais fácil de se resolver porque envolve outros Estados. “Era para ter sido inaugurada em 2010, era promessa do governo Lula, e que está paralisada e que é importante do ponto de vista estratégico para aquela região do Estado, porque depois disso pode-se lutar para fazer uma ligação para Teresina, mas isso é uma segunda etapa. Agora é retomar as obras”. 

Ele destacou também a questão da energia eólica, e que inclusive a energia solar já se mostrou para o Estado do PI com um potencial enorme e o Nordeste também. “Mas nós já sabemos que tem a questão das linhas de transmissão. Não adianta você fazer um parque eólico em determinada região do Estado, se de lá não tem como sair a produção”, disse sobre possíveis entraves para essa área de desenvolvimento.

O diretor comentou ainda em relação a necessidades básicas para que o turismo seja impulsinado. “Até o momento em que não tiver água e saneamento naquelas praias de Parnaíba, nós não podemos falar em turismo para atrair investimentos para cá”. 

Freitas Neto falou, ao final, sobre a questão dos fundos e dos recursos destinados a projetos, que são bastante burocráticos. “Tem os fundos constitucionais, tem nos fundos de desenvolvimento do nordeste. Primeiro, eles são muito burocratizados, se alardeia muito que existe dinheiro para isso e dinheiro para aquilo, mas quando se vai no BNB, ou em uma agência financeira, os recursos não saem, além dos juros serem muitos altos”.

 

Lyza Freitas
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