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Crivella sobre arrastões no RJ: 'Não sabia que havia'

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Em meio aos arrastões diários nas praias do Rio, o prefeito Marcello Crivella disse que não sabia dos episódios de violência. Após visitar uma horta comunitária em Manguinhos, na Zona Norte, nesta sexta-feira, Crivella afirmou que vai conversar com o secretário de Ordem Pública, coronel Paulo César Amêndola, e disse que pretende aumentar o efetivo da Guarda Municipal nas praias.

— Vamos aumentar (o efetivo da Guarda Municipal), sim. Inclusive no nosso decreto tem a determinação para que a Secretaria de Ordem Pública faça uma comissão para estudar exatamente essa questão dos arrastões. Não estava sabendo que estavam ocorrendo. Vou hoje mesmo conversar com o secretário — disse o prefeito, durante visita à horta comunitária de Manguinhos.

Nesta quinta-feira, uma equipe de reportagem do GLOBO percorreu a orla, do Leme ao Pontal, e só encontrou 45 PMs em serviço.

TIROS EM MANGUINHOS

Acompanhado da esposa, Crivella chegou à horta comunitária por volta das 11h45m. Antes de sua chegada e durante a visita, tiros foram ouvidos na comunidade. Perguntado sobre a segurança em Manguinhos, o prefeito disse que teme pela segurança dos moradores.

— Me sinto seguro, mas temo pela segurança dos que vão ficar aqui. Eu vim, entrei e saí. Ontem, estive com o governador Pezão. Nós sabemos que o estado está em crise, mas queremos fazer uma parceria para a questão de segurança também — afirmou Crivella, dizendo que, apesar dos disparos, não teve problemas durante sua visita. — Acho que o prefeito tem que contar muito com a sua equipe de segurança, mas não pode prescindir também da sua fé em Deus. Tenho certeza que não vai acontecer nada, não. Não tem esse problema todo não. Entrei e sai sem problema nenhum.

HORTA COMUNITÁRIA

Durante a visita, Crivella colheu um aipim e anunciou que as 1.500 unidades da rede municipal de ensino passarão a consumir verduras, legumes e hortaliças produzidas nas 30 hortas comunitárias da cidade.

— Nossa ideia é que as pessoas com terrenos próximos às 1.500 escolas municipais possam também fazer hortas e vender seus produtos para essas escolas. Acho que isso é uma grande medida para gerar mais empregos e rendas nas coumidades neste momento de crise — disse.

A horta de Manguinhos tem cerca de quatro hectares, emprega 26 moradores da comunidade e ocupa o lugar onde, há três anos, havia uma cracolândia. Uma parte da produção já é destinada a escolas, instituições de caridade e moradores da própria comunidade.

Fonte: O Globo

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