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Oficinas de teatro, dança e rabeca revelam grandes talentos de Bom Jesus

Quase 100 crianças e jovens são atendidos pelas oficinas permanentes de teatro, dança e rabeca que acontecem no Espaço Cultural Joaquim Carlota, em Bom Jesus. O resultado desse trabalho, que já completa três anos, está sendo apresentado na X edição do Festival de Rabecas de Bom Jesus. A programação foi iniciada nessa quarta-feira (11), no Palco do Queijinho, onde os alunos mostraram seus talentos.

Entre eles, estava João Victor Santa, de 14 anos, que frequenta as aulas de rabeca do espaço. “Sempre gostei de música. Um dia, voltando do colégio, passei por uma rua diferente e vi o Espaço Cultural. Entrei e pedi informação sobre cursos de música. Soube das aulas de rabeca e logo me inscrevi. Me identifiquei com o instrumento, que já toco há dois anos. Quero ser mestre rabequeiro e um dia poder ensinar outras crianças a tocar o instrumento”, diz João Victor, considerado um dos melhores alunos do curso.

O mérito é dado pelo professor, Mestre Valdeci Araújo, que dá as aulas de rabeca no Espaço Cultural Joaquim Carlota. Ele conta que foi o Festival de Rabecas de Bom Jesus que estimulou seu desejo em aprender a tocar o instrumento. Desde então, o Mestre participa das edições do evento. “Só faltei um Festival”, se orgulha. Valdeci é de Teresina, mas todos os finais de semana vem a Bom Jesus ensinar e ajudar a formar uma nova geração de rabequeiros. “Eu espero que eles levem essa cultura adiante”, completa. 

Pelo Palco do Queijinho, também passou professor que já foi aluno um dia. É o caso do Francisco Rodrigues, coordenador do Espaço Cultural, e professor de dança. Ele começou a dançar aos 8 anos de idade e hoje ajuda a formar novos dançarinos na cidade. O talento desses jovens já ficou evidente na primeira apresentação da noite, “Os acordes de uma rabeca”. Em seguida, a apresentação “Meu pé de serra, minha vida” levou o forró para o palco. Alunos e alunas do espaço mostraram as coreografias montadas especialmente para o festival.

A professora de dança, Bete Battaly, que ministra as aulas aos finais de semana, também falou da evolução deste trabalho na cidade. “É uma experiência maravilhosa. Já estou dando aulas há dois anos e os resultados são incríveis. A arte abre espaços para muita coisa boa”, diz. Além dela, a professora Adelina Barbosa, também vem à cidade todos os finais de semana para dar aulas de teatro.

“Meninos que hoje são homens, mas continuam sendo meus meninos. É um orgulho ver o crescimento dos alunos. O teatro ajuda a perder a timidez, afasta os problemas e abre novas portas. Hoje tem aluno que já assumiu a direção de espetáculos”, conta a professora. Até sábado (14), várias apresentações culturais vão acontecer no Palco do Queijinho, na Praça do Fórum, a partir das 17 horas. Além disso, Bom Jesus também recebe o Circuito Cultura Viva, com realização de dez oficinas nas escolas públicas do município.

Os resultados serão apresentados no último dia de festival. Já os shows, que acontecem no palco “Mestre Joaquim Carlota”, começam nesta quinta-feira (12) e se estendem até o sábado, com várias atrações locais e nacionais.

O X Festival de Rabecas de Bom Jesus é uma realização da Associação de Filhos e Amigos de Bom Jesus, com apoio do Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Cultura – Secult.

 

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