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Ministério Público recomenda suspensão do carnaval de Campo Maior

O Ministério Público Estadual recomendou a suspensão do carnaval de rua realizado pela Prefeitura de Campo Maior. Segundo o promotor Cesário Cavalcante, serviços essenciais à população não estão sendo cumpridos e os gastos decorrentes da festa popular representariam falta de sensibilidade do poder executivo municipal. 


Para a folia de momo deste ano estão programadas a contratação de atrações locais e de fora do Estado  como Rodo da Bahia, Pagodão S/A elétrico, Marcelo Levada de Guetto, Bicho que Balança e Xenhenhém.

Para o representante do Ministério Público, o desperdício do dinheiro público na realização do carnaval representa um 'afronta' à sociedade. " As pessoas estão com os salários atrasados, funcionários tiveram as gratificações cortadas e ainda existe a situação de cerca de 1.200 servidores contratados a partir do ano de 1988, que temem ser demitidos por não serem concursados. Até a eleição para o Conselho Tutelar foi suspensa sob alegação de falta de recursos.  São muitos problemas', ressalta Cesário Cavalcante.

O promotor ainda explica que caso a recomendação do Ministério Público seja descumprida poderá ingressar com uma ação civil pública.

Em entrevista ao Cidadeverde.com, o prefeito Paulo Martins informou que recebeu a recomendação do MP com preocupação e revelou que a economia gerada com empregos diretos e indiretos é superior aos gastos com a folia de momo, orçados em cerca de R$ 250 mil. 

"Sei das dificuldades e por isso propomos uma reforma administrativa com o corte de 'gorduras' da Prefeitura como a extinção de alguns cargos, como de gerência. A economia com estes gastos serão de R$ 900 mil", explica.


Segundo o gestor, cerca de 10 mil pessoas passarão pelo carnaval da cidade e serão gerados cerca de 6 mil empregos na instalação de barracas, rede hoteleira, comércio, setor de vestuário entre outros. 

O prefeito diz ainda que o salário dos servidores municipais referente ao mês de janeiro foram pagos e que discutirá as dívidas herdadas pela gestão anterior e demissão dos servidores contratados sem concurso a partir de 88. "Recebemos a recomendação e vamos tentar articular a viabilidade para a manutenção da festa", finaliza Paulo Martins.

Graciane Sousa (Epecial para o Cidadeverde.com)
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