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Campo Maior ganha laboratório de alimentos geneticamente melhorados

Uma experiência empreendedora no campo está servindo de laboratório para a Secretaria de Desenvolvimento Rural de Campo Maior. Em uma área de 420 metros quadrados, técnicos do órgão municipal fizeram a plantação e agora monitoram uma horta com mudas de alimentos biofortificados. O projeto pioneiro foi instalado em fevereiro desse ano e funciona no sítio São Mateus.


No local também funciona projetos de criação de capote, calinha caipira, carneiros de raça, porco, gado leiteiro e de mudas de pimenta. “O objetivo aqui é fazer experiências para que a gente comprove que há possibilidade se ter, no campo, renda o ano todo para o trabalhador rural”, informou o prefeito Paulo Martins durante sua visita ao laboratório.

Ele lembra que atualmente o homem do campo só tem vontade de plantar no inverno e o restante do ano vende o que produziu e o resto do seu patrimônio para se alimentar. “Isso não ta correto. O ideal é plantar, criar e produzir o ano todo e ter renda os 12 meses”, completou Paulo Martins, que estava acompanhado do secretário de Desenvolvimento Rural Aloísio Ernesto e o consultor da Embrapa, Romero Andrade, de Brasília.


Aloísio informa que no experimento em Campo Maior, que ele chama de campo de demonstração, os técnicos plantaram mandioca japonesa, feijão, quiabo, e pimenta biofortificados. “Aqui estamos utilizando o sistema de irrigação pelo método de cotejamento. Isso para mostrar que mesmo sem chuvas é possível manter e colher uma plantação”, comenta o secretário.

O consultor da Embrapa, Romero Andrade, relatou que mantém um campo de cultivo de mandioca em Brasília, que lhe garante uma renda mensal de R$ 30 mil. Romero explica que as mandiocas biofortificadas, além do amido, são muito ricas em betacaroteno, substituindo na alimentação, produtos como a cenoura, rica em vitamina A.


Ele também revela que elas possuem uma capacidade de alta produtividade, chegando a 40 t\ha. São possuidoras de um baixo nível de ácido cianídrico, tanto na parte da raíz, como na parte aérea, por isso são chamadas de mandioca mansa. Chega a 28% de proteína na parte aérea, sendo esta, bastante utilizada para a alimentação animal.

Fonte: Portal Campo Maior


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