A Justiça marcou para o dia 22 de outubro a audiência para ouvir as testemunhas da morte de Maria Augusta de Oliveira Aquino, atropelada por um motoqueiro na noite do dia 26 de maio. O piloto José Dyony Kennedy Araujo Lima pode ser levado a júri popular. 

O caso ocorreu em um período de grande comoção, com outros dois acidentes com óbito na mesma época em Campo Maior. A situação fez o prefeito Paulo Martins (PT) decretar luto oficial. 

A defesa do motoqueiro ingressou com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Piauí, alegando que o réu está preso há 120 dias sem audiência de instrução. Mas o pleito foi negado pelo desembargador Erivan Lopes, em decisão do dia 1º de outubro.

Dyonny Kennedy foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio doloso, quando há a intenção de matar. Se após a audiência de instrução a Justiça concordar com os argumentos de que houve dolo eventual, ou seja, que ele assumiu o risco de matar a dentista, o motoqueiro pode ir a júri popular. 

O promotor Cláudio Bastos relatou ao Cidadeverde.com a existência de agravantes contra o piloto. Segundo a denúncia, ele não tinha habilitação, estava em velocidade excessiva, com farol desligado ou defeituoso e um dos pneus carecas. Além disso, dona Maria Augusta, de 70 anos, já estava com um dos pés no canteiro central da avenida Santo Antônio, onde foi atropelada e acabou morrendo. 

"O Ministério Público pretende levá-lo a júri, mas isso vai depender das provas coletadas", explicou o promotor, admitindo que a tipificação do crime poderá ser alterada a pedido do próprio MP, se entender que as evidências não foram suficientes. 

Se após as testemunhas e alegações finais forem ouvidas, Dyony Kenney for a júri popular, poderá ser condenado a pena de 12 a 30 anos de prisão. Mas se o caso for de homicídio simples, a pena varia de 6 a 20 anos de detenção.