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Apicultores de Campo Maior apresentam estratégias para sucesso do mel

Após sucesso com a alta na comercialização do mel em mercados externos, a Associação dos Apicultores de Campo Maior (Apicam) recebeu a visita do grupo gestor do projeto dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (Sedet) e do grupo técnico formado pelas Secretarias do Planejamento do Estado do Piauí (Seplan) e da Assistência Social e Cidadania (Sasc).

O mel teve uma expansão de vendas após a associação ser contemplada pelos  APLs, projeto coordenado Sedet com a proposta de gerar desenvolvimento das comunidades organizadas por meio de associações e cooperativas. Para acompanhar o trabalho que trouxe resultados satisfatórios, o grupo gestor e técnico resolveu conhecer in loco a ação desenvolvida pelos apicultores. Para isso, a associação realizou uma apresentação sobre o projeto e os resultados alcançados pelos associados. Na oportunidade, os membros da Apicam discursaram sobre suas dificuldades e melhorias, como também manifestaram sua alegria pela visita da equipe.

“A Associação, que antes era insignificante, hoje cresceu bastante após ser beneficiada pelos APLs. Cresceu o número de associados, que passou de 29 para 90, aumentou a quantidade produzida mensalmente, que ates era de 2,2 e agora são 5 toneladas, com produtividade anual de 60 toneladas. A renda mensal do projeto, que antes era de R$ 13 mil, passou para R$ 55 mil reais”, expôs o projetista contratado da Associação, Antônio Carlos.

“Temos ainda muito potencial. O mel é o segundo produto na exportação do município e o terceiro no estado. E lá fora, na Alemanha, por exemplo, temos compradores que consideram o nosso mel com um dos melhores do mundo, especialmente pela baixa umidade, ausência de agrotóxicos e pelas boas práticas na colheita. Assim, esperamos que essa atividade continue crescendo, não só para produzir um alimento de altíssima qualidade, mas para dar melhores condições de vida ao sertanejo, que a cada 40 colmeias passam a ter seu salário mínimo garantido por mês”, falou o presidente da Apicam, que detalhou ainda sobre a saída do produto para mercados externos.

“Hoje, não temos ainda um mecanismo de exportar direto, por isso o nosso mel chega a diversos lugares do mundo por meio de compradores, que fazem a logística inversa, ou seja: eles adquirem o mel conosco e eles mesmos se carregam de vender”, explicou Sebastião Melo.

Para o associado Edilson da Vagen, que já está na Associação há seis anos, depois do projeto sua produção e a de outros sócios melhorou bastante.  “Temos um avanço muito significativo e, por isso, incentivamos as outras pessoas a virem ingressar nessa atividade. O material que recebemos ajuda bastante e a associação cresce, principalmente na harmonia do grupo e na organização da instituição”, pontuou.

A Associação de Campo Maior foi contemplada com 658 colmeias, 29 fumigadores e hoje a produção de mel aumentou 40% e a comercialização chegou a 100%, proporcionando um aumento de 40% a 50% na renda dos apicultores associados.


Da editoria de cidades
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