O gerente das delegacias especializadas da Polícia Civil, Jetan Pinheiro, confirmou ao Cidadeverde.com que a mulher suspeita de explorar adolescentes e liderar uma seita religiosa se dizia ser "deusa" e obrigava as vítimas a fazerem jejum. Em depoimento a polícia civil, a mulher - de nome Maria Ozana - negou as acusações.
Após denúncia, o Conselho Tutelar apreendeu quatro adolescentes e acusou Ozana de exploração infantil, sexual e pratica de ritual.
"Segundo os depoimentos, a mulher se dizia uma deusa, obrigada as vítimas a fazerem jejuns e alguns viviam de pão e água", disse Jetan Pinheiro.
Ozana foi ouvida na Delegacia de Campo Maior e liberada após o depoimento.
O delegado disse que ela negou que seja uma “profetiza” e seja “considerada uma deusa” pelos adolescentes. “Ela foi conduzida à delegacia e assinou um termo de declaração, onde nega as acusações e disse apenas que faz parte da Igreja Universal. Mas, nós estamos ainda no início das investigações”, afirmou.
Jetan Pinheiro disse que a Polícia investiga o caso e a suspeita é de crime por trabalho escravo e exploração sexual.
"Ela acreditava que era uma reencarnação de Deus em pessoa e passava isso para as crianças que lhe obedecia", disse o delegado.
A Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) vai abrir um inquérito nesta sexta (09) para investigar a exploração sexual em Teresina e os casos de trabalho infantil serão repassados à Polícia Federal.
Segundo a denúncia pelo menos 15 crianças e adolescentes foram vítimas da mulher. A Polícia busca pista para o inquérito.
"Ela é perigosa, dissimulada e tem um poder de convencimento muito grande", disse o delegado Jetan.
Caroline Oliveira
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