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CRM-PI fiscaliza Hospital e constata que faltam recursos e medicamentos

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A direção do Conselho Regional de Medicina (CRM) esteve no Hospital Regional de Campo Maior para uma fiscalização, após divulgação de um áudio sobre denúncias de falta de recursos e medicamentos, e constatou as irregularidades. O áudio, vazado de um grupo de whatsapp, seria supostamente da diretora geral da unidade Jardênia Ribeiro. 

A fiscalização foi realizada pela presidente do Conselho, Mírian Palha Dias Parente, o vice-presidente Dagoberto Barros da Silveira, além do promotor de Justiça da Comarca de Campo Maior, Maurício Gomes de Sousa, e corpo técnico do CRM-PI, que ouviu da direção do hospital que os recursos não estão sendo suficientes para cobrir as despesas necessárias com insumos e medicamentos. Também falta uma série de medicamentos e a escala médica encontra-se reduzida, principalmente para algumas cirurgias.

O diretor financeiro do hospital, Robert Sousa Alves, teria informado ao CRM que mensalmente os fornecedores estão sendo pagos apenas com parte da dívida, pois o montante do recurso que chega não é suficiente para cobrir as despesas com insumos e medicamentos. 

Segundo o Conselho, neste mês de agosto, o recurso que entrou na conta do hospital foi de R$ 402 mil (referente a julho), aproximadamente R$ 239 mil são para pagar a folha de pagamento, além de outras despesas e somente sobram R$ 70 mil para pagar fornecedores, recurso nem de longe suficiente para tal. A direção destacou que são necessários mensalmente, um montante de R$ 120 mil somente para a compra de medicamentos e material hospitalar. Também foi informado que a dívida com fornecedores de janeiro a agosto desse ano já passa de R$ 400 mil.

A fiscalização constatou ainda que o hospital que possui 110 leitos, conta com 140 profissionais, grande parte sem nenhum vínculo e nem contrato trabalhista, mas que recebem salários, entre eles médicos, enfermeiros, técnicos e pessoal de serviços gerais. 

“Recentemente, um dos fornecedores de material descartável para a distribuição de quentinhas da cantina do hospital deixou de fornecer por falta de pagamento. A fiscalização não registrou falta de alimentos para manter o hospital, no entanto, a farmácia conta com uma lista com vários medicamentos que estavam em falta no momento da fiscalização. Outro problema observado foi que não foi renovado o contrato com a empresa responsável pelos dosímetros de radiação, utilizados pelos técnicos em radiologia por falta de verba, comprometendo a proteção contra danos à saúde daqueles profissionais”, diz a nota do CRM-PI sobre o hospital de Campo Maior.

Também foi observado que o hospital não conta com nenhuma ambulância de suporte avançado, apenas duas ambulâncias básicas e no momento da fiscalização, somente uma ambulância se encontrava presente e em péssimas condições de uso.  

As cirurgias de algumas especialidades médicas, como ortopedia não são realizadas diariamente, como se espera em um hospital regional, que atende Campo Maior e mais 15 municípios circunvizinhos. Quando não é possível realizar alguns tipos de cirurgias, os pacientes passam por regulação e são transferidos para Teresina.  

“O hospital também enfrenta vários problemas estruturais, como infiltrações, paredes e tetos deteriorados e as enfermarias possuem ar condicionados quebrados e os pacientes enfrentam o calor usando ventiladores”, especifica a nota do CRM.


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