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Um planeta de joelhos

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Hoje demorei um pouco para postar minha opinião no Ciência Viva, porque não queria falar do assunto do momento, que é a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Achei inevitável e na verdade queria poder dar uma boa nova que ainda não temos. Estou confinado em casa com minha família, saindo apenas para o essencial do essencial, mas pensando o tempo todo de que avançamos em muitos aspectos tecnológicos, todavia ainda padecemos das mesmas crises que dizimaram a humanidade como a peste negra do século XIV (as estimativas mais otimistas de que ela eliminou cerca de 75 milhões de pessoas) ou a gripe espanhola de 1918 que pode ter dizimado mais de 100 milhões de pessoas em vários países do mundo, incluindo o Brasil. Com um agravante em favor da COVID19: vivemos em um mundo extremamente globalizado.

No final do ano passado fiz com minha esposa uma viagem dos sonhos. Saímos do Brasil, fizemos escala em Paris (França), uma estadia de três dias em Lisboa (Portugal) e mais quatro dias em Porto (Portugal) e sete dias em Roma (Itália). Na Itália visitamos os principais monumentos, cercado por turistas do mundo inteiro. Roma é uma cidade repleta de estrangeiros, sejam visitantes ou trabalhadores. Nos contatos de rua comprei água na mão de um rapaz de Malawi, souvenirs com indianos, etíopes, chineses. Recebemos indicações e informações de marroquino, paquistanês e brasileiros (Veja na galeria algumas imagens de pontos turísticos, sempre muito cheios de visitantes e transeuntes). Ver a Itália com seus quase 5 mil mortos é uma visão desoladora, pois os dias que tivemos em Roma e Assis vimos que há vida pulsando por toda a parte e de todas as partes do mundo.

Contra a epidemia o mundo todo corre, seja para estabelecer rápidos planos de contingenciamento das contaminações, seja atrás de curas ou do teste de vacinas ou até mesmo testes rápidos para confirmação da doença, que se confunde com quase uma dezena de infecções no trato respiratório que são muito parecidas. Nos EUA o Presidente Trump solicitou resultados rápidos aos pesquisadores. H. Holden Thorp renomado cientista e editor da Science retrucou que depois de cortar verbas para pesquisa solicitar rapidez é um desaforo. O próprio Trump anunciou o possível uso da cloroquina, medicamento usado para combate da malária e doenças autoimunes como lúpus, que supostamente poderia trazer benefícios para portadores da COVID19. O efeito deste anúncio irresponsável fez os menos informados, patronos da automedicação aqui no Brasil correrem para as farmácias e deixarem os portadores de doenças incapacitantes como lúpus desamparados e sem o medicamento. Circulam nas redes sociais o desabafo da pesquisadora espanhola Leda Beck que mandou procurarem a cura com jogadores de futebol que recebem 1 milhão de euros por mês contra 1800 euros pagos para um pesquisador. A verdade é que sem disparar nenhum tiro este vírus deixou nosso planeta de joelhos.

O certo é que para o momento precisamos nos acalmar e nos manter com a redução máxima do convívio social. Em post anterior expliquei sobre a importância e a necessidade de isolamento, como um meio de atenuar a curva de contaminação e espalhamento da doença.

Para o momento: fique em casa, lave bem as mãos, se alimente bem, se hidrate bem e parta para entretenimentos que substituam o seu contato com as pessoas como assistir um bom filme ou ler um bom livro. Sigamos aguardando nossos profissionais da saúde conseguirem dominar mais esta enfermidade.

Boa semana para todos (as).

 

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