Com a epidemia de febre amarela em várias regiões do Brasil, uma questão tem se sobressaído: tem sido comum serem encontrados exemplares de macacos de diferentes espécies mortos ou feridos por populares que arremessam paus e pedras, sob a alegação dos macacos transmitirem para humanos a febre amarela.
Na verdade, o que se observa é a evidência da fragilidade do processo educativo do brasileiro. Jamais, em momento algum, doenças viróticas como febre amarela, dengue, malária, são transmitidas por um macaco, direto para o ser humano. Além do que se estuda na escola, dezenas de campanhas em todos os meios de comunicação evocam viroses, como a febre amarela, como transmitidas pelo intermédio de mosquitos transmissores.
Ao contrário do que o senso comum tem apontado, os macacos funcionam como um importante indicador, pois, se detectado que estão morrendo de febre amarela, significa que logo a doença acometerá humanos, pela presença, no ambiente, do inseto vetor.
A imprensa tem tido um papel importantíssimo para ajudar a desmistificar esta informação que, na contramão do que faz a imprensa, vem se mantendo como senso comum graças ao acesso às redes sociais. O uso das redes sociais, com a finalidade de propagar informações distorcidas e completamente distantes da verdade, já foi abordada no Ciência Viva (clique aqui), como uma preocupação, no caso do Movimento dos Terraplanistas.
O Ciência Viva está atento e incorpora na sua missão a atividade de desmistificar estes absurdos que são veiculados no universo da rede mundial de computadores.