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Mesmo com situação indefinida, clubes garantem presença na Série D do Brasileiro

Foto: CBF

A pandemia do novo coronavírus, que vem afetando o esporte de maneira avassaladora, fez, por enquanto, duas vítimas entre os times de futebol. Patrocinense-MG e São Caetano anunciaram que não vão participar da Série D do Campeonato Brasileiro, a quarta divisão nacional. Apesar do momento difícil, a maioria das equipes são a favor da disputa, mas exigem uma definição rápida por parte da CBF para saberem o que vão precisar para armar um time em condições diante da atual situação financeira causada pela covid-19.

No meio de tantas incertezas, a semana ficou agitada por conta da desistência do São Caetano, ocorrida na quarta-feira. No dia seguinte, a CBF não aceitou que o EC São Bernardo ocupasse a vaga deixada pelo rival. A alegação é de que o clube do ABC paulista infringiu o regulamento em seu artigo 34, que exige que a desistência seja oficializada até 50 dias antes do início da competição. A data inicial seria 13 de março, o que, em tese, mudou com a pandemia.

Anteriormente, o Patrocinense manifestou estar com a saúde financeira debilitada e também ficará de fora da Série D. Como a desistência foi oficializada dentro do prazo previsto pelo regulamento, a Federação Mineira de Futebol (FMF) pode indicar o Villa Nova, de Nova Lima (MG), como substituto.

A CBF, responsável por organizar todos as divisões do Campeonato Brasileiro, em 6 de abril prometeu uma ajuda de R$ 120 mil a todos os participantes da Série D para cobrir prejuízos em seus Estaduais, além de bancar outras despesas de logística - transporte, hospedagem, alimentação e arbitragem. Mas, em contato com a reportagem, não quis confirmar se esse dinheiro já foi repassado aos clubes.

Mas parece que nem estes benefícios parecem satisfazer boa parte dos participantes. Sem dinheiro, diversas equipes - de Norte a Sul - não conseguem bater o martelo e cravar que irão participar da Série D em um ano de crise, no qual nem os Estaduais chegaram ao final.

"Estamos esperando uma posição da CBF. Se definir, com o Ministério da Saúde, que vai ter Série D e a CBF ajudar com questões como exames, que talvez precisem ser feitos para os jogos por conta deste cenário, a gente vai, sim, participar da Série D. Estamos nos organizando, é claro e evidente, ainda de longe", afirmou o presidente do São Raimundo-RR, Sérgio Carvalho

O presidente do Goianésia-GO, Marco Antonio Mais, é outro que espera uma definição da CBF. "É certo que o Goianésia vai disputar a Série D, mas não sabemos com qual estrutura vamos conseguir formar a equipe, depois que tudo mudou. Precisamos nos reunir com os nossos patrocinadores, buscar novos, para saber com qual time poderemos contar", disse.

Também de Goiás, o Crac, da cidade de Catalão, vai jogar segundo seu mandatário Roberto Silva. Mas acredita ser complicado para os clubes se os jogos forem sem a presença de torcedores. "Vamos sim. Agora fica pergunta quando começará e será que vai ter? De portão fechado será inviável a disputa", comentou.

No Paraná, o Toledo confirmou que já recebeu o dinheiro da CBF. "Devido ao momento que estamos passando, estão havendo perguntas sobre a participação do TEC na Série D. Primeiro precisamos aguardar a definição da CBF: quanto ao calendário, se vai manter a fórmula, se vai ser de portão fechado ou não... São definições que vão impactar diretamente na decisão. Hoje o Toledo disputa a Série D, no mínimo com sua base. Vamos aguardar as definições", revelou o presidente Carlos Dulaba.

FALTA DE DATAS - A falta de datas para início e término da competição, aliás, é apontada como um dos fatores que prejudicam o planejamento. Em princípio, a Série D começaria em 2 ou 3 de maio, com a fase preliminar, e conheceria o seu campeão em 22 de novembro. "Estamos aguardando um posicionamento da CBF quanto às datas e para ver se o regulamento continua o mesmo. Se haverá a fase preliminar ou se os clubes já vão entrar direto nos grupos ou se voltará o formato do ano anterior", contou o presidente do Baré-RR, Oziel Neto.

Os clubes que se posicionam favoráveis à disputa, em geral, se apegam ao sonho de conquistar o acesso à Série C, feito que garantiria um calendário mais cheio na próxima temporada. "O Brasiliense Futebol Clube entende que, em seu calendário, a competição nacional tem grande importância. Por esse motivo, o clube não pretende desistir de disputar a Série D", destacou o clube candango em uma nota oficial.

O ex-senador Luis Estevão, dono do clube candango, o mantém em ação. No momento ele cumpre em prisão domiciliar, também beneficiado pelo coronavírus. "Lutamos muito para conquistar esta vaga. Apesar das dificuldades que estamos enfrentando, vamos disputar, sim, a Série D. O Gama vai em busca de uma grande campanha nessa competição nacional", opinou o presidente do time brasiliense, Weber Magalhães, ex-presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal.

PAULISTAS - Além do São Caetano, o Estado de São Paulo tem direito a mais três vagas. Elas serão ocupadas por Novorizontino, Mirassol e Ferroviária. Sobre a atual situação, o clube de Novo Horizonte apenas disse, por assessoria de imprensa, que vai disputar a Série D e espera o dinheiro da doação.

No time de Mirassol, o presidente Edson Antônio Ermenegildo está ciente das dificuldades que terá pela frente e por enquanto garantiu a presença do clube. "O Mirassol tem planejamento para integrar os campeonatos da CBF, com o que, conforme nosso entendimento, deve ser o ideal para todas as agremiações de futebol. O caminho é espinhoso, mas é único. Vamos que vamos, por ora. Aguardando posicionamento da CBF", disse, sem revelar se já recebeu a ajuda da CBF. "(A ajuda) Significa que o campeonato será realizado. A saúde pública é primordial, mas o futebol ainda é a alegria do povão".

Confira a situação de cada clube por região e Estado:

CENTRO-OESTE

Distrito Federal

Brasiliense - Sinaliza que irá disputar;

Gama - Sinaliza que irá disputar.

Goiás

Crac - Sinaliza que irá disputar;

Goianésia - Sinaliza que irá disputar;

Goiânia - Sinaliza que irá disputar.

Mato Grosso

Luverdense - Sinaliza que irá disputar;

Operário-VG - Sinaliza que irá disputar;

União Rondonópolis - Sinaliza que irá disputar.

Mato Grosso do Sul

Águia Negra - Sinaliza que irá disputar;

Aquidauanense - Sinaliza que irá disputar.

NORDESTE

Alagoas

Coruripe - Sinaliza que irá disputar;

Jaciobá - Sinaliza que irá disputar.

Bahia

Atlético Alagoinhas - Sinaliza que irá disputar;

Bahia de Feira - Sinaliza que irá disputar;

Vitória da Conquista - A diretoria ainda não se posicionou sobre o tema, o que deve acontecer após a pandemia da covid-19; elenco, porém, foi dispensado após paralisação do Campeonato Baiano.

Ceará

Floresta - Sinaliza que irá disputar;

Guarany de Sobral - Sem datas confirmadas para a competição, a diretoria ainda não se posicionou e só tomará uma decisão após o término da pandemia.

Maranhão

Juventude - Sinaliza que irá disputar;

Moto Club - Sinaliza que irá disputar.

Paraíba

Atlético Cajazeiras - Sinaliza que irá disputar;

Campinense - Sinaliza que irá disputar.

Pernambuco

Afogados - Sinaliza que irá disputar;

Central - Sinaliza que irá disputar;

Salgueiro - Sinaliza que irá disputar.

Piauí

Altos - Sinaliza que irá disputar;

River - Sinaliza que irá disputar.

Rio Grande do Norte

ABC - Sinaliza que irá disputar;

América - Sinaliza que irá disputar;

Globo - Ainda não crava participação, mas indica que irá disputar;

Potiguar - Ainda não crava participação, mas indica que irá disputar.

Sergipe

Freipaulistano - Ainda não crava participação, mas indica que irá disputar;

Itabaiana - Sinaliza que irá disputar.

NORTE

Acre

Atlético Acreano - Sinaliza que irá disputar;

Galvez - Sinaliza que irá disputar;

Rio Branco - Desistiu; Plácido de Castro deve entrar na vaga.

Amapá

Santos - Sinaliza que irá participar;

Ypiranga - Sinaliza que irá participar.

Amazonas

Fast Clube - Sinaliza que irá disputar;

Nacional - Sinaliza que irá disputar.

Pará

Bragantino - Sinaliza que irá disputar;

Independente - Ainda não crava participação.

Rondônia

Ji-Paraná - Sinaliza que irá disputar;

Vilhenense - Chegou a sinalizar desistência, mas voltou atrás; tenta uma parceria com empresários do Rio Grande do Sul para poder confirmar participação.

Roraima

Baré - Sinaliza que irá disputar;

São Raimundo - Ainda não crava participação, mas indica que irá disputar.

Tocantins

Palmas - Sinaliza que irá disputar;

Tocantinópolis - Sinaliza que irá disputar.

SUDESTE

Espírito Santo

Real Noroeste - Sinaliza que irá disputar;

Vitória - Sinaliza que irá disputar.

Minas Gerais

Caldense - Sinaliza que irá disputar;

Patrocinense - Desistiu; Villa Nova confirmou participação no lugar;

Tupynambás - Sinaliza que irá disputar.

Rio de Janeiro

Bangu - Sinaliza que irá disputar;

Cabofriense - Chegou a manifestar desistência, mas logo voltou atrás; agora sinaliza que irá disputar;

Portuguesa - Sinaliza que irá disputar.

São Paulo

Ferroviária - Sinaliza que irá disputar;

Novorizontino - Sinaliza que irá disputar;

Red Bull Brasil - Como a Red Bull comprou o Bragantino, a empresa viu o time ir para a Série A2 do Paulista e a vaga na Série D passar para o Mirassol, que irá participar da competição nacional;

São Caetano - Abriu mão da disputa; EC São Bernardo pleiteou a vaga, mas CBF não aceitou e competição deve ficar com um time a menos.

SUL

Paraná

FC Cascavel - Sinaliza que irá disputar;

Nacional - Sinaliza que irá disputar;

Toledo - Ainda aguarda algumas definições e não crava participação, mas indica que irá disputar.

Rio Grande do Sul

Caxias - Sinaliza que irá disputar;

Pelotas - Sinaliza que irá disputar;

São Luiz - Sinaliza que irá disputar.

Santa Catarina

Joinville - Sinaliza que irá disputar;

Marcílio Dias - Sinaliza que irá disputar;

Tubarão - Sinaliza que irá disputar.

Por Wilson Baldini Jr., Vinícius Saponara e Raul Vitor
Estadão Conteúdo

Mais de 200 mil pessoas morreram no mundo pelo coronavírus

O mundo ultrapassou a marca de 200 mil mortos pelo novo coronavírus, neste sábado (25), segundo dados da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, que monitora a doença.

Mais de um quarto dessas mortes –em torno de 52 mil óbitos– aconteceu nos EUA, atual epicentro da Covid-19. A lista segue com Itália (cerca de 26 mil mortes), Espanha (23 mil), França (22 mil) e Reino Unido (20 mil), segundo a última atualização dos dados.
Apesar do novo recorde, o crescimento de novas mortes no mundo mostra desaceleração ao se comparar com a tendência no início do mês de abril.

O número de mortes dobrou de 50 mil para 100 mil em oito dias, entre 2 e 10 de abril. Para que a marca dobrasse novamente, foram necessários 15 dias, entre o dia 10 e este sábado (25).

A primeira morte registrada pelo novo coronavírus ocorreu no dia 11 de janeiro, na província de Hubei, na China. Nessa região, a cidade de Wuhan, primeiro epicentro da doença, conta um total de 4.512 mortes. A província deixou, ainda em março, as medidas de confinamento impostas anteriormente para conter a propagação da doença.

O vírus se espalhou para todo ao redor do mundo. Devastou o norte da Itália, segundo epicentro mundial, produzindo imagens dramáticas de caixões acumulados em igrejas e exigindo dos governantes medidas drásticas de isolamento social. Logo em seguida, a Espanha também passou a registrar uma evolução semelhante da doença.

Atualmente, a cidade de Nova York, nos EUA, é o grande epicentro mundial da Covid-19. O centro do capital financeiro mundial chegou a registrar mais de 4 mil mortes em um único dia, e tem um total de 16.646 óbitos, segundo a última atualização. O país como um todo tem quase 1 milhão de casos confirmados da doença.

Na América do Sul, países não registram números tão altos como na Europa e nos EUA, mas a emergência sanitária já é evidente. No Equador, o colapso do sistema funerário em Quayaquil fez com que parentes de mortos em domícilio convivessem com os corpos ou deixassem-nos nas ruas, devido ao medo de contágio.

No Brasil, a situação já é dramática em alguns estados. No Amazonas, o sistema de saúde da capital Manaus está quase colapsado. São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco, além do Amazonas, são os mais afetados.

Segundo a última atualização do Ministério da Saúde contabiliza 3.670 mortes e 52.995 casos confirmados. São Paulo, epicentro da doença no país, tem 17.826 casos confirmados e 1512 óbitos.

Fonte:Folhapress

Prefeitura:Caixa vai orientar sobre auxílio em escolas

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

A Prefeitura de Teresina vai contar com apoio de técnicos da Caixa Econômica Federal para orientar e cadastrar quem precisa receber auxílio emergencial. Em videoconferência realizada na manhã deste sábado, 25, com lideranças comunitárias e o superintendente do banco, Jonathan Borges, o prefeito Firmino Filho pediu apoio da instituição bancária para facilitar o acesso das famílias ao benefício.

A prefeitura abriu 19 escolas próximas aos CRAS ( Centro de Referência de Assistência Social) para dá suporte à população, tirando dúvidas sobre o auxílio emergencial do Governo Federal no valor de R$ 600. O benefício financeiro está sendo concedido de forma emergencial nesse período de enfrentamento à pandemia do coronavírus. A inscrição é realizada online, mas em Teresina uma equipe de entrevistadores sociais está ajudando quem não possui acesso à internet ou teve problemas com a utilização do aplicativo da Caixa.

Durante a videoconferência deste sábado, as lideranças tiraram dúvidas que ainda fazem parte da realidade de muitos teresinenses. “Este diálogo é fundamental porque as lideranças estão na ponta e têm contato com aqueles que ainda não conseguiram realizar o cadastro. Ter a presença da Caixa nestas escolas ajudará ainda mais neste suporte tão importante neste momento difícil para todos nós”, comentou o prefeito.

Um dos questionamentos das lideranças durante a reunião foi a disponibilidade de caixas eletrônicos na zona rural. O gestor da Caixa destacou que os pequenos comerciantes na zona rural que tenham interesse em ser parceiro da Caixa para a instalação de suporte destinado ao recebimento de valores podem enviar solicitação através do e-mail: [email protected] .

“A Caixa e todos os servidores, sabendo da sua missão de servir a população, tem buscado a melhor forma de atender às famílias neste momento. As lideranças comunitárias dão este suporte importante de acesso e compartilhamento de informações para aqueles que precisam do auxílio”, ressaltou o superintendente, Jonathan Borges.

Da redação
[email protected]

Pesquisa domiciliar fará testes rápidos de Covid-19 em 11 cidades do Piauí

Foto:Sesapi

Atualizada às 14h20

Para estimar os casos de Covid-19 no Piauí e reduzir a subnotificação da doença, a Secretaria de Estado de Saúde começou ,neste sábado (25), aplicação de pesquisa com realização de testes rápidos em moradores de 11 municípios piauienses, incluindo Teresina. 

O levantamento, que permitirá ter uma estimativa mais clara dos casos de coronavírus no estado, é domiciliar, com pesquisadores indo até residências sorteadas para realizar um teste rápido nos locais selecionados. O secretário estadual de Saúde, Florentino Neto, confirmou ao Cidadeverde.com que 5.550  testes serão realizados na pesquisa.

Os municípios pesquisados são Teresina, Parnaíba, Campo Maior, Piripiri, Picos, Floriano, Oeiras, Corrente, São Raimundo Nonato, Uruçuí e Valença. Os testes ficam prontos em 15 minutos.

A Sesapi garante que a equipe foi devidamente treinada para a execução de testes e realização da pesquisa sem que a população seja exposta a algum risco.  A Sesapi esclarece que os pesquisadores estarão devidamente identificados com crachá, colete e logomarca do instituto Amostragem, além de seguir cuidados como o uso de luvas, máscaras e álcool em gel.

A pesquisa irá ajudar o governo a organizar ainda mais suas ações para o enfrentamento da pandemia no estado.

"É extremamente importante pois se constitui como uma ferramenta de investigação epidemiológica capaz de nos dar, com mais precisão, o nível de avanço da COVID-19 no Piauí", declarou o secretário Florentino Neto.

O secretário explica que a pesquisa, que começou hoje, será finalizada quarta-feira (29). 

Testes rápidos

Visando ampliar a capacidade de testagem e a identificar a real quantidade de pessoas infectadas em todo o estado, o Governo do Piauí, por meio da Secretaria de Estado da Saúde,afirma que está distribuindo testes rápidos para municípios em todas as regiões.

Até agora, segundo a Sesapi, o Piauí já recebeu 1.670 caixas de testes rápidos contendo 33.400 unidades de testes, enviados pelo Ministério da Saúde. 


Izabella Pimentel
Com informações da Sesapi
[email protected]

Aliados de Paulo Guedes temem pressão por sua saída

A saída de Sergio Moro (Justiça) do governo gerou preocupação entre aliados de Paulo Guedes. O temor é que o ministro da Economia possa passar pelo mesmo calvário do antigo colega.

Há apreensão em uma possível persistência de Bolsonaro na estratégia de aproximação de partidos do centrão. Seria uma forma de evitar um processo de impeachment.

A avaliação neste momento é que, no limite, Guedes poderá ser obrigado a abandonar a agenda austera. No cenário mais pessimista, teria de deixar o governo para que fatia expressiva do Congresso seja agraciada com recursos públicos. No entorno de Bolsonaro, há demandas para destravar o uso de dinheiro do Tesouro enquanto o governo busca apoio no Legislativo.

Nesta semana, o governo anunciou um plano de retomada, o Pró-Brasil. O programa prevê o uso de recursos públicos para obras de infraestrutura.

Na visão de aliados de Guedes, trata-se de uma oportunidade do mundo político de usar a crise do coronavírus para destravar o gasto público. Essa estratégia pode fidelizar sobretudo o apoio do centrão.

O movimento por mais recursos já estava em curso antes da saída de Moro e agora poder ser acelerado.

Caso o plano vá adiante, a avaliação desses aliados é que a agenda de Guedes poderia ser atacada a ponto de inviabilizar sua permanência no governo.

Apesar de no discurso o governo defender a importância de regras fiscais como o teto de gastos (que impede o crescimento dos gastos acima da inflação do ano anterior), a avaliação é que, na prática, o Planalto pode abrir os cofres para assegurar 171 votos via centrão para evitar um processo de impeachment.

Ao lançar um plano de obras públicas, o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) estaria acenando com obras para a base eleitoral de parlamentares. Bolsonaro poderia cobrar essa fatura com apoio político no Congresso.

O problema, ainda segundo assessores do governo, é que, nessa disputa, o governo terá de medir forças com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

 

 

 

 

 

Foto: Pedro Ladeira / FolhaPress

                                                                                                                                                                                                              Com as obras, Bolsonaro tentaria provocar um racha no centrão para não só conter um impeachment mas também para conseguir eleger o próximo presidente da Casa.

Bolsonaro já foi do PP, partido investigado pela Lava-Jato e um dos principais representantes do centrão. Dessa sigla, o presidente pediu desfiliação em 2015 em busca de uma sigla que sustentaria a candidatura dele à Presidência da República.

Grupo de partidos independentes ao governo e que, juntos, reúnem a maioria do Congresso, o centrão é a ala política a ser conquistada para a aprovação dos principais projetos no Legislativo.

Foi também o grupo responsável por garantir o impeachment de Dilma Rousseff (PT).

O Planalto retomou o contato com esses congressistas neste mês. Bolsonaro até se reuniu e tirou fotos com o líder do PP, Arthur Lira (AL), um dos principais líderes do centrão.

O partido, que critica a Lava-Jato, não se posicionou sobre a demissão de Moro. Esse foi o mesmo comportamento do PL, Republicanos e Solidariedade, que passaram a defender a estabilidade nesse momento de crise no governo.

Apesar das incertezas sobre os próximos passos do governo, interlocutores de Guedes dizem que a saída de Moro não causa um impacto direto no titular da área econômica neste momento e não faz o chefe da equipe econômica pensar em desistir do cargo. Guedes não se demite, dizem eles.

O ministro vê sua função no governo como uma missão para transformar o Estado por meio de uma visão liberal, e não como uma oportunidade para ganhar dinheiro, dizem interlocutores.

Se depender de Guedes, afirmam, ele continua no cargo na defesa de sua agenda, sobretudo a da austeridade fiscal.

Fonte: Folhapress

Ricardo Brennand morre aos 92 anos, vítima do coronavírus

Foto: Cadu Rolim /Fotoarena/Folhapress

O empresário e colecionador de arte Ricardo Brennand morreu aos 92 anos na madrugada deste sábado (25), vítima do novo coronavírus. Ele estava internado no Real Hospital Português, no Recife, desde domingo (19).

Brennand começou a sentir sintomas como falta de ar e cansaço no próprio dia da internação. Sua mulher, Graça Maria Brennand, de 90 anos, também foi diagnosticada com o vírus, mas se recupera em casa.

O empresário estava prestes a fazer aniversário. Ele nasceu em 27 de maio de 1927, no município de Cabo de Santo Agostinho, no litoral sul de Pernambuco, e estudou engenharia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).

Embora tenha atuado como empresário, sobretudo na administração de indústrias de porcelana, aço, cerâmica, cimento, vidro e açúcar, atividades históricas da família no estado, Brennand ficou conhecido nacionalmente ao criar o Instituto Ricardo Brennand, em 2001 -um complexo de arte na capital pernambucana que conta com espaços para exposições, biblioteca e um museu de armas. O empreendimento foi financiado após a venda das fábricas de cimento da família, no fim dos anos 1990.

O local escolhido foram as terras do antigo engenho São João, próximo à oficina de cerâmica de seu primo Francisco Brennand, artista plástico morto em dezembro de 2019. Ao contrário de Francisco, porém, Ricardo decidiu construir os edifícios de seu instituto em estilo medieval.

Embora ligado ao universo das artes, ele nunca deixou de ser empresário. No ano passado, Ricardo Brennand representou a família no ranking de bilionários na revista Forbes e ficou na 105ª posição, com uma fortuna de R$ 3,1 bilhões.

Mas ele se consolidou mesmo como um dos principais colecionadores particulares de armas brancas e objetos medievais do país. O Instituto Ricardo Brennand abriga mais de 3.000 peças, entre facas, espadas, armaduras, adagas, canivetes e estiletes. Estão expostas, por exemplo, armaduras do século 16, uma espada alemã de 1590 e armas que pertenceram a dom Pedro 1º e dom Pedro 2º.

O empresário iniciou sua coleção de armas brancas ainda adolescente, quando ganhou um canivete. Em 1952, em viagem à Inglaterra, começou a adquirir outras peças que fazem parte do museu.

Além das armas, há inúmeros quadros da pinacoteca do instituto, esculturas e outras obras de arte. O acervo conta, por exemplo, com coleções como a do holandês Frans Post, que retratou a presença holandesa no Nordeste brasileiro durante o período colonial, e produção de artistas estrangeiros que passaram pelo país no século 19.

Desde o dia 14 de março, contudo, a instituição está fechada por causa da pandemia do coronavírus. Brennand deixa a esposa, sete filhos, 23 netos, 48 bisnetos e um trineto.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou, em nota, que a morte de Brennand deixa "uma lacuna irreparável na história" do estado. "Não apenas pelo seu espírito empreendedor, sempre preocupado com o desenvolvimento econômico do nosso estado, mas no âmbito social e cultural."

Já o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB) decretou três dias de luto em homenagem ao "homem de gestos largos para com as pessoas e com a cidade". "Pessoa amável, atenciosa e muito querida. Fará muita falta", disse, também em nota.


Fonte: Folhapress

Problemas em aplicativos da Caixa barram saque de benefícios

Foto: Roberta Aline


Enquanto a economia continua parada e milhões de brasileiros ficam sem renda, grande parte deles não consegue ter acesso aos auxílios prometidos pelo governo de Jair Bolsonaro por causa de falhas nos sistemas da Caixa Econômica Federal.

Desde pelo menos o dia 15, os aplicativos dos bancos que permitem pedir os benefícios apresentam problemas. No site Reclame Aqui, as queixas contra a Caixa passaram de 1.217, entre 1º e 22 de abril do ano passado, para 6.822, no mesmo período deste ano - um salto de 460%.

Na quarta-feira, 22, críticas ao aplicativo Caixa Tem, que dá acesso ao auxílio emergencial de R$ 600, apareceram entre os assuntos mais citados no País na rede social Twitter.

Nas lojas de aplicativos, as reclamações também se acumulam. Na Google Play Store, do sistema operativo Android, o aplicativo tem nota 1,8 (em escala que vai de um a cinco), em avaliação feita por 410 mil usuários. No sistema da Apple, a nota é 1,6 e foram 44,2 mil avaliações até a manhã desta sexta-feira, 24.

O músico Diego Ferreira Souza, de 28 anos, é um dos brasileiros com dificuldade para acessar o aplicativo da Caixa. Ele conseguiu fazer o cadastro nos primeiros dias em que o sistema estava no ar. Há uma semana, constatou que havia sido aprovado para receber o auxílio, mas, agora, não consegue entrar no Caixa Tem. "A página não carrega nunca", diz.

Souza ligou em um número da Caixa para tirar dúvidas sobre o assunto, mas o problema também não foi resolvido. "Demora muito para atender e, quando atende, uma gravação manda você baixar o aplicativo."

Sem nenhum evento programado para se apresentar - Souza canta em casamentos e festas -, o músico está sem fonte de renda. Ele costumava levantar, por mês, R$ 2.000 em média, com os quais pagava o aluguel e ajudava a mãe e a irmã. "Não tenho nenhum dinheiro guardado." Por enquanto, a dona da casa onde ele mora, em Guaianases, na capital paulista, tem sido compreensiva, conta

Outro aplicativo da Caixa que não está funcionando corretamente é o Caixa Habitação, que permite que os clientes do banco suspendam o pagamento do financiamento imobiliário por três meses. Na Google Play Store, o app está com 1,5 de nota, após a avaliação de 27 mil usuários.

Procurada, a Caixa afirmou que, no caso do aplicativo de habitação, "pode haver instabilidade momentânea nos canais de atendimento" em decorrência do grande volume de acessos. Até agora, 1,8 milhão de clientes já pediram a suspensão do pagamento. Sobre o Caixa Tem, o banco não respondeu às perguntas. 

 

Fonte: Folhapress

Não há comprovação que curados da covid-19 sejam imunes à doença, diz OMS

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou na sexta-feira, 24, que ainda não há evidências científicas suficientes para afirmar que pessoas que se recuperaram do novo coronavírus estão imunes à doença. O comunicado se refere especialmente a governantes que têm defendido a criação de um "passaporte da imunidade" ou "certificado de risco zero" para que ex-pacientes recuperados sejam excluídos de medidas de restrição de mobilidade durante a pandemia da covid-19.

Essa medida já foi citada pelo ministro da Economia Paulo Guedes como forma de retomar atividades não essenciais nos locais que adotaram medidas de isolamento social.

"As pessoas que assumem que estão imunes a uma segunda infecção porque receberam um resultado positivo no teste podem ignorar os conselhos de saúde pública. O uso de tais certificados pode, portanto, aumentar os riscos de transmissão continuada", ressalta a organização.

A agência lembra que o desenvolvimento da imunidade contra uma doença através de uma infecção natural é um processo de várias etapas, que geralmente ocorre de uma a duas semanas. Ela pondera, contudo, que, até 24 de abril, nenhum estudo concluiu que a presença de anticorpos confere imunidade ao novo coronavírus em humanos.

"A OMS continua revisando as evidências da respostas de anticorpos à infecção por SARS-CoV-2 (vírus da covid-19). A maioria desses estudos mostra que as pessoas que se recuperaram da infecção têm anticorpos para o vírus", diz o comunicado. "No entanto, algumas dessas pessoas têm níveis muito baixos de anticorpos neutralizantes no sangue, sugerindo que a imunidade celular também pode ser crítica para a recuperação."

"Testes de laboratório que detectam anticorpos para SARS-CoV-2 em pessoas, incluindo testes rápidos de imunodiagnóstico, precisam de validação adicional para determinar sua precisão e confiabilidade", pontua a OMS.

"Os testes imunodiagnósticos imprecisos podem categorizar falsamente as pessoas de duas maneiras. A primeira é que eles podem rotular falsamente as pessoas que foram infectadas como negativas e, a segunda, é que as pessoas que não foram infectadas são falsamente rotuladas como positivas. Ambos os erros têm sérias conseqüências e afetarão os esforços de controle."

A OMS ressalta, ainda, que os testes precisam distinguir o SARS-CoV-2 dos outros seis coronavírus humanos conhecidos (dos quais, quatro causam o resfriado comum e têm ampla circulação mundial, enquanto os outros dois causam a Síndrome Respiratória no Oriente Médio e a Síndrome Respiratória Aguda Grave). "Pessoas infectadas por qualquer um desses vírus podem produzir anticorpos que reagem de maneira cruzada com anticorpos produzidos em resposta à infecção por SARS-CoV-2."

A organização também afirma apoiar as iniciativas de diversos países de testagem de anticorpos do novo coronavírus na população, por ajudar a entender a extensão da pandemia e os fatores de risco associados à doença, mas faz uma ressalva: "Esses estudos fornecerão dados sobre a porcentagem de pessoas com anticorpos da covid-19 detectáveis, mas a maioria não foi projetada para determinar se essas pessoas são imunes a infecções secundárias."

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Prefeitura de São Paulo decreta luto de 3 dias por mortos do novo coronavírus

Foto: Googlemaps

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), decretou luto oficial por três dias pelas vítimas da pandemia do novo coronavírus. A cidade é o epicentro da doença no Brasil e soma ao menos 1.035 mortes, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.

A determinação foi publicada no Diário Oficial deste sábado, 25, data em que entra em vigor.

O texto justifica a decisão como "expressão de profundo pesar pelos falecimentos ocorridos".

O decreto aponta, ainda, a "grande tristeza de que a cidade de São Paulo é tomada" e o "espírito de solidariedade do povo paulistano, que está enfrentando unido a grave pandemia". Além disso, ressalta a "desolação que se abate sobre cada uma das famílias enlutadas, da qual compartilha, sensibilizado, todo o povo paulistano".

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, o número de casos confirmados da doença na capital de paulista até as 15 horas de sexta-feira, 24, é de 12.202, além de 48.130 suspeitos.

Um balanço divulgado pela secretaria na sexta-feira aponta que 67% dos leitos de UTI para pacientes da covid-19 estão ocupados.

Como mostrou o jornal O Estado de S.Paulo, a periferia concentra a maior parte das mortes na capital.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Ambulantes vendem até 50 máscaras por dia no centro de Teresina

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  • vendas_de_mascaras_-2.jpg Roberta Aline / Cidade Verde

A venda de máscaras caseiras tem sido uma alternativa para driblar a crise provocada pelo coronavírus. No Centro da cidade é comum a comercialização do item que se tornou obrigatório por meio de decreto. Os preços variam entre R$ 2 e R$ 4.

Francisco Antônio é vendedor ambulante e diz que a renda caiu em 50%. Ele diz que a concorrência no Centro está grande e tem investido na venda de máscaras infantis como diferencial do negócio. 

"Antes da pandemia vendia acessórios para celular e agora acrescentei a máscara. A venda tá boa, mas a concorrência tá demais. A gente tem que dá um jeito porque precisa sobreviver. Aqui eu tenho o álcool em gel pra colocar na minha mão e na dos clientes quando pego em dinheiro para não transmitir o vírus. Quero logo que tudo volte ao normal", disse Francisco Antônio que trabalha como ambulante há mais de 20 anos. Por dia, ele chega a vender até 50 máscaras. 

O contador Marcos Rocha também tem investido na venda do item de proteção e diz que o momento é de ter fé. 

"Sou casado tem um filho de seis anos e resolvi vender lanche mais cedinho e depois fico aqui vendendo máscara. Tenho conseguido uma renda boa.  O que digo é para as pessoas não desistirem e que aproveitem o momento para se aproximar de Deus. A fé vence o medo", diz o contador.

Flash de Graciane Sousa
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