Cidadeverde.com

Roberto Carlos anuncia que fará live no Dia das Mães

Fotos: Reprodução/instagram/@robertocarlosoficial

Após o sucesso da live que fez no último dia 19, Roberto Carlos confirmou nesta quinta-feira (23) que fará um novo show online no Dia das Mães, comemorado neste ano em 10 de maio.

"Pela primeira vez na história, as mães estão longe dos filhos e netos por conta da quarentena. A live marcada para o dia 10 de maio irá unir a família em torno do programa e desta forma RC presenteará todas as mamães com a canção 'Lady Laura' e outros grandes sucessos", informa em nota a assessoria de imprensa do músico.

Segundo divulgado, a apresentação "atende a centenas de milhares de pedidos dos fãs". Ainda não há informações sobre o horário de exibição da live.

EMOÇÃO NO ANIVERSÁRIO
No último dia 19, Roberto Carlos comemorou o seu aniversário de 79 anos com uma live no YouTube, que emocionou anônimos e famosos. No setlist, músicas que marcaram a vida de fãs do cantor ao longo dos anos.

Grandes sucessos como "Todos Estão Surdos", "Nossa Senhora", "Detalhes" e, claro, "Como É Grande o Meu Amor Por Você" não ficaram de fora.

 

Fonte: Folhapress

Conselho diz que 14 profissionais de enfermagem já foram infectados por Covid no Piauí

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Atualizada às 18h19.

No Piauí, 14 profissionais de enfermagem foram infectados e há outros 30 casos suspeitos, segundo o levantamento do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), com o apoio do Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI).

Um dos casos é o da enfermeira de Floriano (a 240 km de Teresina) que está em isolamento, após confirmação da Covid-19. Ela, o marido e os dois filhos de 2 e 7 anos estão tendo acompanhamento psicológico após a exposição que tiveram por causa da doença

O Cidadeverde.com entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesapi) que informou preliminarmente sobre a testagem positiva em 19 profissionais da saúde. Os hospitais fazem a notificação e o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) o acompanhamento.

Na linha de frente do combate ao novo coronavírus, os enfermeiros estão diretamente em contato com pacientes infectados.

Diante deste cenário de pandemia, com Equipamentos de Proteção Individual (EPI) escassos e falta de treinamento para o correto uso destes equipamentos e fluxo de atendimento, estes profissionais estão mais sujeitos à contaminação.

O Conselho regional realizou fiscalizações em unidades de saúde públicas e privadas de dos municípios de Teresina, Miguel Alves, Parnaíba, Picos, Floriano e São Raimundo Nonato.

De acordo com a presidente do Coren-PI, Tatiana Melo, nas vistorias foi possível constatar que além dos EPIs falta treinamento dos profissionais de enfermagem em relação ao uso adequados destes dos equipamentos e ao fluxo de atendimento nestas unidades de saúde.

"Pacientes com suspeita de contaminação pela Covid-19 devem passar por uma triagem para verificar a existência de sintomas respiratórios. Além disso, os estabelecimentos de saúde precisam oferecer fluxo exclusivo para estes pacientes. Estes espaços precisam estar sinalizados de forma clara para que profissionais de saúde e pacientes saibam por onde devem circular. A maioria das instituições não possuem este fluxo de atendimento bem definido", explica Tatiana Melo.

Número de profissionais pode se tornar insuficiente

A presidente do Coren-PI também alerta ainda que, se o número de pacientes diagnósticos com a Covid-19 aumentar rapidamente, não haverá profissionais de enfermagem capacitados para prestar assistência.

"É fundamental que a população também faça a sua parte, respeitando as medidas de isolamento social e de higiene. Dessa forma, poderemos controlar o avanço do vírus no nosso estado e oferecer toda assistência necessária à população", conclui.

No Brasil

Segundo dados divulgados pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), já são mais de 4 mil casos suspeitos de contaminação pela Covid-19 entre os profissionais de Enfermagem no Brasil. Mais de 800 profissionais receberam o diagnóstico positivo para o vírus e estão em quarentena. 

Valmir Macêdo
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Raul Velloso: "há uma incerteza de quando voltaremos ao normal"

Foto: Reprodução/TV Cidade Verde

O economista Raul Velloso, um dos mais renomados do país, afirmou  nesta quinta-feira (23), durante entrevista à TV Cidade Verde, que o futuro do país diante da pandemia do coronavírus ainda é incerto. Segundo ele, ainda não é possível prever quanto tempo a situação econômica voltará ao normal.

"Sobre o futuro ninguém sabe. Há uma incerteza muito grande de quanto tempo a gente vai levar para voltar a uma situação de normalidade", disse ao Jornal do Piauí.

Uma das saídas, segundo o economista, é o governo realmente investir no plano de obras anunciado ontem pela Casa Civil.

"Eu acho uma boa ideia (plano de obras) e espero que ela não seja abandonada por alguma divergência dentro do governo. A divergência pode surgir do lado do Ministério da Economia, onde as pessoas ainda estão no mundo antigo, pré-pandemia, onde a palavra de ordem era conter. A palavra de ordem agora é gastar, gastar e gastar", afirmou.

Assista a entrevista na íntegra:

Hérlon Moraes
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Firmino Filho tem crise hipertensiva e pede que pessoas desacelerem

Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

O prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), usou sua conta no Twitter nesta quinta-feira (23) para informar a população que passou por uma crise hipertensiva. 

"Ontem tive uma experiência pessoal e quero compartilhar com vocês. Pela primeira vez durante essa pandemia, tive uma crise hipertensiva. Sempre tenho muito cuidado com a saúde, mas como prefeito, faço parte dos profissionais que não podem parar", disse.

O prefeito aproveitou para pedir que as pessoas do grupo de riscos atentassem para sua saúde física e emocional durante o período de idolamento social

"Por isso quero chamar atenção de vocês, especialmente de quem, como eu, faz parte do grupo de risco para o Novo Coronavírus. Além de ficar em casa, é preciso cuidar da saúde física e mental. Respirar fundo e desacelerar pelo menos um pouco".

Firmino disse ainda que pretende tirar um dia para descansar.

"Eu vou tentar agora ter um descanso aos domingos. Não garanto muito porque essa crise tem consumido toda energia 24 horas por dia, 7 dias da semana. Mas prometo que vou tentar. Enquanto isso...vamos continuar o que precisa ser feito, com fé que tudo isso vai passar".

 

 

Na manhã desta quinta-feira (23), Firmino participou com lives com jornalistas, oportunidade em que informou que a prefeitura está fazendo a segunda etapa das testagens de amostragem na capital e que, para o retorno das atividades comerciais, funcionários terão que ser testados para a Covid-19.

Valmir Macêdo
[email protected]

TCE suspende licitações de mais de R$ 19 milhões não relacionadas ao coronavírus

Foto: TCE

O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE/PI) determinou a suspensão de diversas licitações que seriam realizadas presencialmente por seis órgão estaduais em pleno período da quarentena mas sem qualquer relação com as ações de combate à pandemia do novo coronavírus no Piauí, portanto não urgentes para o momento. As suspensões englobam as licitações marcadas até o dia 30 de abril ou enquanto perdurarem as medidas restritivas determinadas pelo Governo do Estado. Foram analisadas 23 licitações em 06 órgãos estaduais envolvendo aproximadamente R$ 19 milhões.

Os processos foram julgados monocraticamente pelos respectivos conselheiros relatores, após representações oferecidas pela DFAE (Diretoria de Fiscalização da Administração Estadual) e foram confirmadas pelo Plenário do Tribunal.

Para o TCE/PI, é incabível manter as sessões públicas presenciais de licitações que objetivam a contratação de objetos que não dizem respeito ao enfrentamento da emergência de saúde pública enquanto perdurarem os decretos de isolamento social. O tribunal entende que a medida vai de encontro às recomendações de proteção à saúde pública e põe em risco, também, os próprios servidores que compõem as Comissões de Licitações ou ocupam cargos de Pregoeiro ou equipe de apoio, que ficam expostos e nem sempre recebem adequados EPIs (equipamentos de proteção individual) para a continuidade dos trabalhos.

A irregularidade é considerada grave, já que a manutenção das sessões públicas não cumpre as determinações do Governo do Estado e do Ministério da Saúde quanto a evitar aglomerações e até deslocamentos, tendo em vista a pandemia causada pelo COVID-19.

Essa situação foi verificada em diversas licitações agendadas pelos seguintes órgãos:
– Secretaria de Agronegócio e Empreendedorismo Rural (processo 004117/2020 – relator: conselheiro substituto Jaylson Campelo);
– Secretaria das Cidades (processo 004116/2020 – relator: conselheiro Kleber Eulálio);
– Secretaria dos Transportes (processo 004115/2020 – relator: conselheiro substituto Jaylson Campelo);
– EMGERPI (processo 004265/2020 – relatora: conselheira Waltânia Alvarenga);
– FUNDESPI (processo: 04212/2020 – relator: conselheiro substituto Jackson Veras).
– Secretaria da Defesa Civil (processo: 04266/2020 – relator: conselheiro substituto Jaylson Campelo).

Comissão vai analisar gastos no combate ao novo coronavírus

O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE/PI) criou uma comissão para análise concomitante da aplicação dos recursos públicos, pelos municípios piauienses e pelo governo do estado, nas medidas de combate ao novo coronavírus.

O secretário de Controle Externo do TCE/PI, Bruno Cavalcanti, explica que o Tribunal consegue aferir os gastos, identificando as empresas que estão sendo contratadas e se os gastos estão ocorrendo de forma regular ou não.

A comissão, criada pela portaria 190/2020, é formada por diversos auditores de controle externo de diferentes setores, permitindo uma visão mais ampla do acompanhamento dos gastos.

“O gestor público precisa tomar medidas de forma mais célere para se estruturar e combater o coronavírus. Mas ele não pode esquecer de aspectos formais mínimos dessas contratações. É aí que entra esse trabalho de fiscalização que o Tribunal está se propondo a fazer”, destacou Bruno.

Ele alertou que as novas normativas que autorizam os gastos com o combate à pandemia não são uma carta branca para sair realizando gastos e compras.

“É preciso verificar, por exemplo, se há vinculação direta com o combate ao novo coronavírus. Precisa formalizar o processo, procurar aferir os preços. O Tribunal vai fiscalizar se os gastos estão sendo realizados de acordo com lei. O ponto chave desse momento para um bom gestor, que queira se precaver, é buscar dar transparência de todo os seus atos”, pontua o secretário de Controle Externo, Bruno Cavacanti.

Além disso, qualquer cidadão pode acessar o site e fazer uma denúncia, caso identifique alguma irregularidade nos gastos das ações de combate ao novo coronavírus. Essa denúncia será encaminhada ao setor responsável e a comissão vai analisá-la.

Da Redação
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Prefeitos querem protocolo nacional para flexibilização do isolamento social

Foto: Divulgação PMT

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) está elaborando documento cobrando do Governo Federal a criação de um Protocolo Nacional de Orientações para flexibilização do isolamento social nos municípios. O assunto foi pauta de uma videoconferência, realizada no final da manhã desta quinta-feira (23), com a participação do prefeito de Teresina Firmino Filho, que é vice-presidente da FNP, e de vários gestores municipais.

A proposta da entidade é que o Governo Federal possa formatar um protocolo, em conjunto com Estados e municípios, para permitir que governadores e prefeitos tomem decisões coordenadas e mais alinhadas, com foco na segurança sanitária e na retomada da atividade econômica. A entidade defende que a construção desse protocolo deva ser feita também com a participação do Conselho Nacional de Saúde e do Ministério Público. A Frente Nacional de Prefeitos deve dá conhecimento da sua iniciativa ao Poder Judiciário e ao Congresso Nacional.

Durante a reunião, o prefeito Firmino Filho compartilhou as medidas adotadas em Teresina para o enfrentamento da pandemia, ressaltando a pesquisa por amostragem, iniciada na semana passada, para que a cidade tenha uma ideia da propagação do novo Coronavírus.

“A testagem é essencial para identificarmos o real cenário, já que, infelizmente, ainda temos muitas subnotificações. Precisamos destas e outras ferramentas para enxergarmos caminhos viáveis que nos levem a um protocolo de flexibilização do isolamento social e retomada gradual das atividades”, avaliou o prefeito.

Ele e outros prefeitos também cobraram mais agilidade do Governo Federal no envio de testes, respiradores e equipamentos de proteção individual.

 


Da Redação
[email protected]

Firmino revela testes negativos para Covid-19 e responde críticos: 'rezo para que estejam certos'

Reprodução

Em videoconferência com jornalistas, na manhã desta quinta-feira (23), o prefeito Firmino Filho revelou ter feito dois testes para Covid-19, ambos negativos, e fez um desabafo sobre as críticas que tem recebido contra as medidas de isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus em Teresina. O gestor reforçou que seguirá as orientações das entidades de saúde. 

O prefeito tem sido cobrado pela reabertura de estabelecimentos comerciais - programada no momento para até o fim de abril. No encerramento da entrevista, Firmino Filho pediu que Deus dê sabedoria para que sejam tomadas as melhores decisões, e deixou uma mensagem aos "que não acreditam em nada do que eu estou falando". 

"Eu tenho recebido muita gente, muitos amigos, pessoas queridas que dizem: 'Firmino, tá errado, tá errado, tá errado, tá errado, tá errado, tá errado...'. (Quero dizer) Que toda noite, antes de dormir, eu rezo para que eles estejam certos", declarou o prefeito.

Firmino Filho reforçou que as medidas adotadas pela Prefeitura, como fechamento de escolas e estabelecimentos comerciais, seguem o que é recomendado pelos especialistas. "A gente está fazendo aquilo se preparando para o pior, porque são os técnicos que estão dizendo. A gente acredita na comunidade científica. (...) Estamos nos preparando para o pior, mas a gente deseja o melhor para toda a nossa cidade".

Economista, Firmino Filho ainda deu uma aula de progressão geométrica para explicar como o novo coronavírus pode se propagar a uma velocidade que gere um número de casos elevado a ponto de esgotar os leitos hospitalares. Com isso, justificou as medidas de isolamento social, que devem perdurar pelo menos até o início de maio, quando serão inaugurados os hospitais de campanha da capital. 

Teste negativo
Firmino Filho falou que fez dois testes negativos para o novo coronavírus nos últimos 30 dias, e deve ser submetido a um novo exame em breve. Ao tratar do assunto, o prefeito falou do desgaste das últimas semanas. 

"Tem os trabalhadores que não podem ficar em casa, como no caso do pessoal da Saúde, e no caso o prefeito. Quantidade de problemas que você tem de enfrentar, que decisões que você tem que fazer, é gigantesca. Há mais de um mês eu não sei o que é feriado ou o que é domingo", declarou. 

O prefeito revelou que precisou ser medicado, na última quarta-feira (22). "Ontem, pela primeira vez na vida, tive um pico hipertensivo e botei aquele remédio embaixo da língua. Pressão grande, sem muito descanso, e a máquina começa a doer, começa a pesar. A partir de agora vou ter que respeitar pelo menos o domingo, descansar no sétimo dia".

Firmino Filho tossiu por algumas vezes durante a entrevista. O prefeito afirmou que sofre com rinite alérgica há décadas.  

O áudio da entrevista está disponível abaixo - os trechos mencionados nesta matéria começam no minuto 53. 

Fábio Lima
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"O pior para economia é você ter que recuar depois", diz Rafael Fonteles sobre isolamento

Em entrevista nesta quinta-feira (23) ao Jornal do Piauí, o secretário de Fazenda, Rafael Fonteneles, disse que o fim precipitado do isolamento pode ser ainda mais prejudicial para a economia. O secretário assinalou que o retorno tem que ser lento e gradual para que se evite o agravamento da crise econômica e sanitária.

“O melhor para a economia é voltar não tendo que recuar depois, esse é o grande ponto. Não adianta você precipitar essa retomada das atividades e depois chegar a um pico e ter que recuar porque os hospitais estão superlotados, porque a população está em pânico com medo até de se locomover, pois pode sofrer um acidente e também não ter o leito de UTI. Então, essa abertura, essa retomada, tem que ser bem lenta e gradual para poder não correr o risco, o que seria o pior para economia você ter que recuar depois”, afirmou.

Ele voltou a defender o isolamento social rigoroso e precoce como bem-vindo do ponto de vista econômico e disse que “é legítima a ansiedade pela retomada por parte da classe empresarial”.

Fonteles informou que há um grupo de estudos junto com a Associação Piauiense de Prefeitos (APPM) para o retorno das atividades econômicas. Um cronograma deverá ser divulgado na próxima semana apontando indicativos de datas para a retomada gradual dos setores econômicos.

Dados relacionados ao número de óbitos, à entrada e saída de pacientes dos leitos deverão ser analisados antes da liberação do isolamento. “Cronograma com datas seguras para retomada de cada atividade. Atividade industrial, atividade empresarial”, citou o secretário, apontando que serão necessárias semanas para essa transição gradual e que nelas serão estabelecidos os protocolos para a empresas e consumidores de cada setor. 

Foto: Reprodução/TV Cidade Verde

Pagamento de funcionários e fornecedores

Fonteles confirmou a queda na arrecadação estadual de cerca de 36%. O percentual real de redução será divulgado após o fim do mês de abril. Ele garantiu que vai cumprir ”fielmente” a folha de pagamento dos servidores públicos e que os fornecedores terão o mínimo de atrasos.

“Sem os fornecedores recebendo, com o mínimo de atraso possível, não teremos condições de manter o serviço”, disse Rafael Fonteles ressaltando aqueles que fornecem insumos diretos para o combate à Covid-19. “Estamos fazendo o possível para que o atraso não seja aumentado, pelo contrário, seja reduzido”, declarou.

Ele garantiu que para os próximos meses a folha de pagamento do funcionalismo será paga ‘fielmente’, mas alertou para a contrapartida da União. “Conseguimos cumprir abril, vamos conseguir maio e claro que se essa ajuda do governo federal demorar quatro, cinco meses, ficará impossível qualquer ente da federação suportar uma queda (na arrecadação) de 30%”, alertou

Valmir Macêdo
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CFM autoriza hidroxicloroquina no início de sintomas da Covid-19

Foto:Folhapress

Mesmo ressaltando que não existe comprovação científica de que a hidroxicloroquina seja eficaz para o tratamento do novo coronavírus, o CFM (Conselho Federal de Medicina) liberou o uso do medicamento em três situações, incluindo no início de sintomas sugestivos de Covid-19 e em ambiente domiciliar.

O anúncio foi feito por Mauro Luiz Britto Ribeiro, presidente do CFM, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e com o ministro da Saúde, Nelson Teich.

Na ocasião, Ribeiro entregou às autoridades um parecer do conselho sobre a administração da substância em pessoas que estejam com a Covid-19.

Bolsonaro é um entusiasta da hidroxicloroquina e da cloroquina para o tratamento da doença. Ele já defendeu que elas sejam utilizadas inclusive no estágio inicial da enfermidade e sua defesa das medicações foi um dos pontos centrais do conflito com o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que era contrário à ampla recomendação do remédio para o coronavírus.

"Não existe nenhuma evidência científica forte que sustente o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid. É uma droga utilizada para outras doenças já há 70 anos, mas em relação ao tratamento da Covid não existe nenhum ensaio clínico prospectivo e randomizado, feito por grupos de pesquisadores de respeito, publicados revistas de ponto, que aponte qualquer tipo de benefício do uso da hidroxicloroquina no tratamento", declarou Ribeiro.

No entanto, o dirigente disse que, no parecer, o conselho decidiu liberar que médicos usem a substância. Ele ressaltou que não se trata de uma recomendação da entidade, mas de uma autorização. Ribeiro também destacou que o CFM não autoriza o uso preventivo da hidroxicloroquina.

O primeiro caso em que o uso da droga está liberado para a Covid-19 é para pacientes críticos, em terapia intensiva, nos chamados casos compassivos. "Ou seja, o paciente está praticamente fora da possibilidade terapêutica e o médico, com autorização dos familiares, pode usar essa droga", afirmou o chefe da entidade.

O CFM também autorizou a substância para casos menos graves e até para estágios iniciais dos sintomas. Ribeiro disse que a hidroxicloroquina também está liberada para pacientes que chegam com sintomas no hospital, quando existe "um momento de replicação viral". E, ainda, no início dos sintomas, desde que estejam descartadas as possibilidades de que a pessoa tenha na verdade uma gripe normal, dengue ou H1N1.

"É também uma decisão compartilhada com o paciente, em que o médico explica que não existe nenhum benefício provado da droga no uso da Covid; e explicando também em relação aos riscos que a droga apresenta".

Ele ressaltou que em todos os casos a administração deve ser feita no âmbito da relação entre o médico e o paciente. Dentro dessa relação, a hidroxicloroquina também pode ser receitada em ambiente domiciliar, destacou Ribeiro.


Fonte: Folhapress

Número de mortes no Brasil dobra a cada 5 dias; ritmo supera EUA e Europa

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O número de mortes provocadas pela covid-19 no Brasil tem dobrado a cada cinco dias. Nos Estados Unidos, essa duplicação ocorre a cada seis dias, e na Itália e na Espanha, a cada oito. O dado consta da última nota técnica do MonitoraCovid-19, um sistema da Fiocruz que agrupa dados sobre a pandemia do novo coronavírus, e revela a velocidade com que a epidemia se dissemina no Brasil.

"A nossa situação hoje é pior do que a de Itália, Espanha e Estados Unidos. Por isso, o número de mortes está dobrando em um espaço de tempo menor", afirmou o epidemiologista Diego Xavier, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, e um dos responsáveis pelo trabalho. Além de epidemiologistas, geógrafos e estatísticos do Icict/Fiocruz têm trabalhado com a ferramenta para produzir análises sobre o avanço da doença.

"Os dados de óbitos são mais confiáveis do que os dados de casos para medir o avanço da epidemia", justificou Xavier. "Isso porque, no caso do óbito, mesmo o diagnóstico que não foi feito durante a evolução clínica do paciente pode ser investigado. Além disso, a situação clínica do paciente que vem a óbito é mais evidente, quando comparada aos casos que podem ser assintomáticos e leves."

Interiorização

A nota técnica também alerta para a interiorização da epidemia, que está chegando de forma acelerada aos municípios de menor porte do País. Dentre os municípios com mais de 500 mil habitantes, todos já apresentam casos da doença. Naqueles com população entre 50 mil e 100 mil habitantes, 59,6% têm casos. Já 25,8% dos municípios com população entre 20 mil e 50 mil, 11,1% daqueles com população entre 10 mil e 20 mil habitantes e 4,1% dos municípios com população até 10 mil habitantes apresentam doentes de covid-19.

Para o epidemiologista, a decisão de suspender o isolamento social em municípios que não têm nenhum caso da doença registrado é extremamente temerária, sobretudo em um momento de aumento da velocidade da disseminação da doença. "Estão tomando uma decisão muito arriscada", disse. O pesquisador lembrou que, mesmo que não haja registro oficial, a doença já pode estar circulando.

Além disso, ressalta ele, as cidades menores estão ligadas às maiores, e é inevitável que o vírus chegue até elas. "À medida que a doença avança para o interior e atinge cidades menores, a demanda por serviços mais especializados de saúde, como UTIs e respiradores, também cresce", constata. "Só que esses municípios menores, em sua maioria, não detêm esses recursos de saúde, então terão de enviar seus pacientes a centros maiores, que já apresentam leitos, equipamentos e pessoal de saúde em situação difícil", alertou Xavier.

Exemplo

Com 14 mil habitantes, dois casos confirmados e um óbito, Santa Branca, no interior de São Paulo, era até ontem o menor município paulista com mais incidência do coronavírus. Até terça-feira, 239 municípios do interior paulista (de um total de 645) já registravam casos da doença. Grande parte tinha apenas um registro de infecção, segundo dados divulgados pelo governo do Estado de São Paulo.

O prefeito de Santa Branca, Celso Simão Leite (PSDB), diz que o vírus não circula na pequena cidade do Vale do Paraíba. "Esses casos não são nossos, embora sejam moradores daqui." Ele contou que as duas pessoas que contraíram o vírus são um casal que mora há muito tempo em Santa Branca, mas, segundo o prefeito, a infecção aconteceu em um hospital de São Paulo, onde a mulher de 71 anos fazia tratamento de câncer. Ela acabou morrendo. "O marido voltou para Santa Branca e está cumprindo uma quarentena rigorosa."

Segundo o prefeito, o sepultamento ocorreu no cemitério local, com caixão fechado e a presença de poucos familiares, em cerimônia rápida. "Não durou meia hora e foram tomados todos os cuidados, mas numa cidade pequena, acostumada com o velório tradicional, isso chega a ser chocante." Leite conta que há pressão para a reabertura do comércio e a volta dos turistas, mas mantém a quarentena com apoio da maioria da população.

"A cidade tem um hospital com quatro leitos equipados com respiradores, mas os casos urgentes vão para o hospital de referência, em Jacareí, a 15 quilômetros", diz Leite. Ontem, todos os leitos estavam desocupados, o que ele atribui ao medo do coronavírus. "Nossa média de atendimento no hospital caiu de 190 para 20 pacientes por dia. Por medo, as pessoas só procuram o hospital em último caso." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Estadão Conteúdo

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