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Beisebol volta à Coreia do Sul sem público e com cuspe proibido

O esporte profissional voltou a ser disputado na Coreia do Sul nesta terça-feira (21), com um jogo da pré-temporada da liga nacional de beisebol (KBO), após a paralisação das atividades causada pela pandemia de Covid-19.

Foi logo um clássico, entre Doosan Bears e LG Twins, ambos da capital (Seul), que são considerados os principais rivais no país.

A partida foi realizada com os portões fechados, assim como deve ocorrer no início da temporada regular, marcado para o dia 5 de maio. Estão previstos 20 jogos amistosos no país antes da abertura do campeonato.

Segundo o protocolo adotado pela liga, os jogadores devem ter sua temperatura verificada duas vezes antes dos confrontos e usar máscara, exceto quando estão em campo ou no banco durante a partida.

Foi pedido aos atletas que não apertassem as mãos ou trocassem "high-fives". Cuspir, hábito frequente entre jogadores de beisebol, está proibido.

De acordo com relato da agência de notícias AFP, aproximadamente 50 profissionais da imprensa participaram da cobertura do jogo, mas os repórteres não foram autorizados a se aproximar dos jogadores. Cerca de 700 mil pessoas viram a partida pelo portal Naver, segundo a agência.

A Coreia do Sul conseguiu adotar um sistema de testagem em massa para detectar pessoas infectadas pelo coronavírus e tem apresentado um número considerado baixo de novos casos -abaixo de 20 por dia.

A expectativa é que a liga de futebol do país também possa realizar jogos amistosos nos próximos dias.

Fonte: FOLHAPRESS

 

Queda de arrecadação dificulta pagamento da folha, alerta presidente da APPM

Foto: Arquivo CV

O presidente da Associação Piauiense dos Municípios (APPM), prefeito Jonas Moura, afirmou nesta terça-feira (21) que o pagamento do funcionalismo municipal terá dificuldades mesmo com a recomposição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) feita pela União. 

“Os prefeitos hoje estão com muita preocupação de como segurar isso, como fazer suas folhas de pagamento para o mês de maio, junho e ainda sem sabermos até quando vai essa questão da pandemia e até quando nós vamos voltar a normalidade do comércio, da economia”, disse

O prefeito alerta que a arrecadação de impostos como ICMS, IPTU e o ISS terá perdas e assinala para a manutenção dos gastos fixos mesmo em período de isolamento social.

“É uma preocupação que nós temos muito grande. Mesmo recompondo o FPM as outras arrecadações vão cair muito e aí nós vamos ter dificuldade de honrar. O alerta é que os prefeitos pé no chão para olhar o seus orçamentos, olhar suas finanças muito de perto. Não criar expectativa, e uma transparência muito grande com a população, com o governo do estado, com o governo federal”. 

Jonas Moura informou que há expectativa para os municípios de que os valores do FPM já estejam complementados até o dia 25 de abril. A parcela de complementação ainda é referente a 2019. Ainda segundo a APPM, a arrecadação do ICMS sofreu queda de 54%.

Isolamento no interior

O presidente da APPM falou ainda da dificuldade de manter o isolamento da população nos municípios do interior do Piauí. Ele disse que nos municípios o índice médio de isolamento chega a 52%.

“É aqui onde o prefeito é pressionado para abrir o comércio, é aqui que ele é pressionado para não abrir, com medo da pandemia . É aqui que a gente sente o calor da pressão muito de perto”, disse. 

Jonas Moura comentou sobre os repasses do Ministério da Saúde aos municípios e da cobrança da população pelos recursos. “São valores, obviamente insuficientes e veio numa hora muito complicada”, afirmou. “Temos hoje uma dificuldade muito grande para adquirir EPIs”, apontou o prefeito que reclamou do aumento dos custos de materiais para as prefeituras. Ele cita que um álcool em gel antes custava R$ 7 agora custa R$ 20 para um município.

 

Valmir Macêdo
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Maratona de Berlim é adiada devido ao coronavírus; prova seria em setembro

Os organizadores da Maratona de Berlim divulgaram o adiamento da prova devido ao novo coronavírus e a exigência do governo alemão de proibir aglomerações com mais de 5 mil pessoas até pelo menos o dia 24 de outubro deste ano. A prova estava marcada para ocorrer no dia 27 de setembro.

Em nota, os promotores da Maratona de Berlim informaram que "agora, lidaremos com as consequências da proibição oficial de nossos eventos, coordenaremos as etapas adicionais e informaremos o mais breve possível". Na postagem, os organizadores, que ainda não divulgaram a nova data, também disseram que apesar das circunstâncias, "iremos permanecer fortes juntos".

De acordo com os dados do Instituto Robert Koch, a referência no país para os estudos sobre o coronavírus, a Alemanha já registrou 143.457 casos de Covid-19 até agora, com 4.598 mortes causadas pela doença.

Fonte: UOL-FOLHAPRESS

 

Projeto de Lei quer tornar álcool em gel obrigatório no transporte público e em comércios

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Tem sido amplamente divulgado que a higienização das mãos é umas das principais ações contra a Covid-19. Um projeto de lei quer tornar obrigatória  a instalação de recipientes contendo álcool em gel 70% ou produtos similares no interior dos transportes públicos coletivos, nas dependências de rodoviárias e metrô e estabelecimento comercial com livre circulação de pessoas. 

No projeto, a deputada Lucy Soares (progressistas), autora do PL, acrescenta que o não cumprimento da lei resultará em multa. E, caso haja reincidência da infração, o valor da multa será duplicado.  

“Estamos atravessando por uma crise, mas muitos trabalhadores precisam continuar em suas atividades laborais e a grande maioria deles se utiliza dos transportes públicos ou precisam frequentar lugares onde há grande movimentação de pessoas, a exemplo dos supermercados. Diante disso, criamos uma lei que garanta meios de higienização, a fim de evitar a proliferação do coronavírus”, justifica a deputada.

Da redação
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'Jogador que não se sentir seguro pode se recusar a treinar', dizem advogados

FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

 

Jogador de futebol que não se sentir seguro para voltar ao trabalho no Brasil pode se recusar a treinar e entrar em campo. A CBF e as federações estaduais, juntamente com as TVs e os clubes, discutem há duas semanas a possibilidade da retomada do futebol, principalmente sob o prisma financeiro das competições. De acordo com o entendimento de advogados trabalhistas com foco em atividades esportivas, no entanto, um atleta de qualquer modalidade pode se valer do "direito de resistência ao trabalho" para não se expor ou correr risco de morte enquanto não se sentir à vontade em relação a problemas ambientais e naturais, como uma pandemia.

O assunto torna-se polêmico porque São Paulo vive situação trágica e assustadora da covid-19, com maior número de infectados e mortes do Brasil, e com as UTIs de seus hospitais perto de sua capacidade máxima usada, de modo a não ter brevemente como internar novos pacientes de forma adequada e digna. O cenário é bem parecido com o de outras capitais do País, como Manaus. "O jogador não tem de trabalhar quando sua vida corre risco ou quando ela é ameaçada. Ele é como qualquer outro trabalhador cujo contrato é regido pela CLT. Ele tem o direito d+e se recusar a entrar em campo", explica o advogado trabalhista Higor Maffei Bellini, especialista em direito esportivo.

Ele defende o caminho da transparência na relação entre atleta e clube para solucionar esse problema. "O jogador tem de falar isso para o seu clube, para o patrão. Tem de dizer que não se sente seguro de voltar ao trabalho. Ele não é pago para se expor a riscos desnecessários. Machucar-se durante uma partida, faz parte. Pegar uma doença ainda sem cura, não."

Segundo Bellini, esse direito do esportista está na Constituição do Brasil, não de forma clara, mas com boas brechas para o seu entendimento. O especialista faz algumas comparações com outras profissões. Para ele, um motorista de ônibus pode se recusar a fazer o seu trabalho se entender que corre risco ao dirigir um veículo cujos pneus estão "carecas". Da mesma forma é o jogador de futebol. "Ele pode não querer sair de casa durante esse período de isolamento social."

Bellini entende que nem mesmo os direitos de imagens pagos aos atletas dão aos clubes qualquer mecanismo para forçá-los a jogar e se expor. Para usar esse direito, os clubes podem fazer outros tipos de ações, como lives ou eventos isolados com seus jogadores, postar fotos nas redes sociais oficiais ou comandar peças de publicidade, diz o advogado, que cuida da carreira de 27 jogadores de seleção brasileira e alguns mais de clubes como Corinthians e São Paulo. "Isso sem falar do aspecto psicológico do profissional, que pode sofrer abalos diante de todo esse cenário, de perdas de pessoas próximas, da família ou de amigos "

O advogado do Sindicato dos Atletas Profissional do Estado de São Paulo, Guilherme Martorelli, pensa parecido. Ele defende que o jogador de futebol está sujeito às leis trabalhistas como qualquer outro e deve responder por suas ações diante delas. Por isso entende que o atleta não está totalmente seguro, caso se recuse a retomar suas rotinas como elas eram antes do surgimento da doença. "Como seu contrato é regido pela CLT, ele se submete às normas vigentes. Se faltar ao trabalho, é advertido, depois suspenso e até demitido sem justa causa. Ocorre que se isso acontecer, aí a briga será nos tribunais para saber se o clube agiu de maneira correta dentro desse cenário atual." Ele desconhece qualquer contrato que aborde algo que obrigue o jogador a atuar em meio a uma pandemia.

CBF, federações e clubes negociam para retomar o futebol no segundo semestre de maio, quinze dias depois de os jogadores voltarem das férias. Para que isso ocorra, além de autorização dos Estados e até do governo Federal, se for o caso, as associações e entidades terão de se reunir com os atletas e convencê-los a trabalhar. Até agora, nenhum jogador se posicionou sobre o assunto. Clubes como o Palmeiras, por exemplo, proibiram que seus jogadores e membros da comissão técnica se manifestassem enquanto tudo isso não acabar.

Por Robson Morelli
Estadão Conteúdo

Piauiense é investigado por negociar compra do auxílio emergencial

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

Um piauiense, natural de Demerval Lobão, é investigado por negociar a compra do auxílio emergencial, benefício concedido pelo Governo Federal devido à crise causada pela pandemia do coronavírus.

"Tomamos conhecimento e iniciamos o processo de averiguação. Constatamos que trata-se de uma pessoa que tem endereço fixo, natural de Demerval Lobão, trabalha em uma autoescola e fez a proposta indecente de comprar os benefícios do Governo Federal emergenciais", explica Fábio Abreu, secretário de Segurança do Piauí. 

A proposta de compra do auxílio emergencial estava circulando pelo WhatsApp. O secretário explica que, por se tratar de um benefício federal, a investigação vai seguir com a Polícia Federal. 

"Ressaltamos para as pessoas que não vendam, não façam nenhum tipo de antecipação, negociação com esse benefício. Você estará cometendo crime e quem compra, principalmente, ofertando vantagem como foi o caso dessa pessoa que fez essa postagem no seu grupo. Nós já o identificamos, fizemos todo um processo para iniciar as investigações, mas sendo recurso federal cabe à PF fazer a apuração. Encaminhamos para a Polícia Federal todo o processo", ressalta Fábio Abreu. 

 

Graciane Sousa
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Com informações Notícia da Manhã

Themístocles faz apelo a prefeitos para manter distanciamento no interior do Piauí

A liberação do auxílio emergencial somada a outros benefícios fornecidos pelo governo durante o período de pandemia tem aglomerado a população das cidades em filas de bancos e lotéricas. O deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Themístocles Filho (MDB), fez um apelo às prefeituras para que façam valer o distanciamento entre as pessoas.

“Eu faço um apelo aos prefeitos, de três em três metros pintado de cal para o distanciamento e coloque servidores da prefeitura para orientar essas filas”, disse em vídeo divulgado nas redes sociais e pela rede de TV da Assembleia.

Themístocles chegou a caracterizar que o “mundo vive um drama” por conta da pandemia de Covid-19.

O deputado estadual apontou que em 90% das prefeituras piauienses, o dinheiro que circula no comércio é maior que o Fundo de Participação do município..

“Não adianta só reclamar das filas. O dinheiro o governo federal está encaminhando para todos os municípios do estado do Piauí, via Caixa Econômica, via Banco do Brasil, e esse é o dinheiro que ajuda a circular a economia e o sustento dessas famílias”, afirmou.

Themístocles também sugere que, nas prefeituras que decretaram o uso obrigatório de máscaras, sejam feitas parcerias com costureiras locais para a confecção do material de proteção.

Valmir Macêdo
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Prefeito de Manaus chora e critica Bolsonaro

Foto:Reprodução/Instagram@arthurvirgilioneto

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM?), diz que a capital do Amazonas já não vive uma emergência, mas um estado de calamidade em meio à pandemia do novo coronavírus.

A cidade tem, até o momento, 1.664 casos de contaminação pelo coronavírus, além de 156 óbitos. O estado tem taxa de ocupação de 90% de seus leitos de UTI, cálculo que Virgílio considera exageradamente otimista.

Ele revela à reportagem uma outra conta que o assombra: no domingo (19), 17% das 122 pessoas enterradas em Manaus morreram em suas casas. Na segunda (20), a taxa subiu para 36% dos 106 mortos.

"São números que mostram o colapso. Estamos chegando no ponto muito doloroso, ao qual não precisaríamos ter chegado se tivéssemos praticado a horizontalidade da quarentena, no qual o médico terá que se fazer a pergunta: salvo o jovem ou o velho?", disse.

Nesse caso, nem todas as mortes receberam até o momento a confirmação de terem relação com o novo coronavírus. No entanto, o prefeito diz acreditar que, sim, a contaminação pelo Covid-19 seria o motivo.

Virgílio reuniu-se na segunda com o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), para apresentar as demandas da cidade na pandemia. Pediu tomógrafos, pessoal treinado, equipamentos de proteção individual e remédios. "O Tamiflu (nome comercial do oseltamivir) estamos dando contado."

"O Amazonas pede socorro. SOS Amazonas. Aceitamos voluntários, médicos, aparelhos que estejam em bom funcionamento ou novos", completou. Ele disse que escreverá uma carta ao G20 solicitando ajuda.

Virgílio aproveitou o encontro para desabafar contra Jair Bolsonaro (sem partido). Virgílio, cujo pai, o senador Arthur Virgílio Filho, teve o mandato cassado pela ditadura militar, revoltou-se com a presença do presidente no ato pró-golpe militar de domingo (19).
"Não podia deixar de condenar o presidente participar de um comício, aglomerando, e ainda por cima tecendo loas a essa coisa absurda que foi o AI-5. Cassou meu pai, Mário Covas, pessoas acima de quaisquer suspeitas, e que serviam o país", disse.

"É de extremo mau gosto o presidente participar de um comício, insistentemente contrariando a OMS e os esforços que fazem governadores e prefeitos", disse Virgílio. "Bolsonaro toca diariamente nas minhas feridas."

Segundo Virgílio, Mourão ouviu calado.

Horas depois do desabafo, Bolsonaro voltaria a incomodar o prefeito ao dizer que "não é coveiro" após ter sido perguntado sobre o número aceitável de mortes por coronavírus.

"Queria dizer para ele que tenho muitos coveiros adoecidos. Alguns em estado grave. Tenho muito respeito pelos coveiros. Não sei se ele serviria para ser coveiro. Talvez não servisse. Tomara que ele assuma as funções de verdadeiro presidente da República. Uma delas é respeitar os coveiros", afirmou Virgílio. Ao falar sobre esses funcionários, começou a chorar.

"Não fui criado sob essa lógica do 'homem não chora'. Nessa crise tem acontecido isso. Às vezes, consigo controlar. Muitas vezes, não."


Por CAMILA MATTOSO, MARIANA CARNEIRO E GUILHERME SETO
Fonte: Folhapress

Sandy & Junior relembram hits infantis em live "família" e sem bebedeira

Foto: Reprodução Youtube

 

"A gente já tinha se despedido completamente dessa história, dessa ideia", disse Junior, a certa altura da live que fez com a irmã, Sandy, na noite de terça (21). Ele está deixando claro que, após a reunião da dupla no ano passado, o show intimista, transmitido na internet, provavelmente foi o último deles juntos em algum tempo.

A apresentação, que durou mais de duas horas e meia, tinha como objetivo reunir doações para instituições beneficentes, como vem sendo comum nas grandes lives que vêm tomando o YouTube e outras redes sociais nos últimos dias. Enquanto a dupla entrava no ar, por exemplo, o Raça Negra reunia milhões de acessos simultâneos em outra transmissão.

"Isso só está acontecendo porque é uma causa muito importante", Junior afirmou, deixando claro o intuito da live. Sandy chegou a dizer que se sentia no programa "Criança Esperança", em meio às falas de conscientização contra o avanço do novo coronavírus, pedidos de doações e de agradecimentos ao patrocinador.

O show marca o fim de uma reunião estrondosa, depois de 12 anos dos dois separados. No ano passado, a dupla tocou em estádios e arenas ao redor do país, vendendo mais de 500 mil ingressos e indo até os Estados Unidos com a apresentação "Nossa História".

Os shows do ano passado tiveram repertório calcado no período da virada dos anos 1990 para os 2000, quando os irmãos chegaram à adolescência -a época mais importante da dupla, quando "As Quatro Estações" vendeu 3 milhões de cópias. No YouTube, graças aos pedidos, eles tocaram músicas ainda mais antigas.

Foi o caso de "Vamos Construir", do segundo álbum de Sandy & Junior, lançado em 1992, e "Aniversário do Tatu", faixa-título do disco de estreia dos irmãos. As músicas mais antigas foram tocadas em trechos improvisados, atendendo a pedidos dos fãs.

A fase infantil -com um pé no country americano- do começo dos anos 1990 ainda rendeu performances de "Primeiro Amor", "Etc... e Tal", "Vai Ter Que Rebolar", "Dig-Dig-Joy" e "Eu Quero Mais". Eles também improvisaram outras faixas que não costumavam tocar na turnê, como "Baby Liga Pra Mim".

Essas músicas foram as grandes atrações da live, que foi pausada diversas vezes para que a dupla mandasse beijos para amigos famosos e instituições que anunciavam doações. O repertório mais conhecido, de "A Lenda" a "Imortal", de "Era Uma Vez" a "Vamo Pula!", foi tocado com a habilidade técnica que é comum para a dupla, ainda que eles errassem um acorde ou letra de vez em quando.

A audiência da live confirmou a potência de Sandy & Junior. Eles mantiveram a transmissão com mais de 2 milhões de acessos simultâneos por quase todo o show e passaram dos 2,5 milhões em alguns momentos.

Para termos de comparação, Jorge & Mateus e Marília Mendonça passaram dos 3 milhões, mas até essa onda de lives pegar no Brasil, o recorde era de Beyoncé, com 400 mil espectadores ao mesmo tempo em seu show no Coachella de 2018.

Sandy & Junior foram acompanhados só por Lucas Lima, marido da cantora, que fazia piadas a todo momento e parecia mais um integrante da banda. Para evitar aglomerações, eles não chamaram músicos contratados e dividiram entre eles os instrumentos acústicos –incluindo uma bateria improvisada, que Junior intercalava com o violão.

A dupla também evitou a bebedeira, prática que vinha se tornando comum nas lives, mas que recentemente rendeu uma dor de cabeça a Gusttavo Lima. Ele virou alvo de representação no Conar, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, pelas propagandas de bebida alcoólica durante transmissões no YouTube.

O clima era mesmo de encontro familiar, com a mãe de Sandy & Junior, Noely, operando teleprompter e gritando informações para os filhos, e até o pai deles, Xororó, trabalhando de roadie. O cantor, conhecido da dupla com Chitãozinho, até se juntou ao duo para uma performance de "Evidências", hit nacional que vem sendo cantado pelas pessoas em suas janelas.

Hoje um fenômeno de nostalgia, Sandy & Junior conseguiram, no YouTube, atingir -ainda que em uma experiência diferente- quem não conseguiu ingressos para a turnê da dupla. A live também marca o encerramento de mais um capítulo na história dos irmãos, ratificando o tamanho estrondoso do alcance que suas músicas tiveram em quem cresceu nos anos 1990 e 2000.

 

Fonte: Folha Press

Plataforma vai diagnosticar coronavírus por inteligência artificial

Foto: Cadu Rolim /Fotoarena/Folhapress

O Hospital das Clínicas abre nesta quarta-feira (22) um banco de imagens que reunirá dados de pacientes com suspeita ou que tenham tido testes positivos para coronavírus.

A intenção dos pesquisadores é, por meio desses dados, desenvolver uma inteligência artificial capaz de identificar casos de pacientes com Covid-19 e recomendar o melhor tipo de tratamento.

Raios-X e tomografias do pulmão são a matéria-prima do sistema. Segundo Giovanni Cerri, presidente do InovaHC (instituto de inovação do hospital), é possível identificar padrões no acometimento dos pulmões de pacientes com coronavírus que podem ajudar no diagnóstico.

"A ideia é que o algoritmo faça a identificação da infecção pelo novo coronavírus por reconhecimento de imagens já na triagem na unidade de saúde. A ferramenta vai classificar pacientes positivos para a Covid-19 e cruzar dados de sintomas, dados clínicos, fatores de risco e as imagens da tomografia e raio-X", explica.

Ele explica que a intenção não é substituir os exames PCR, aqueles feitos com a saliva, mas, sim, aumentar a precisão do diagnóstico e trazer informações sobre o estado de saúde do paciente antes mesmo do resultado do teste ficar pronto.

O acervo é colaborativo, e desenvolvedores ou outras entidades podem se cadastrar na plataforma tanto para alimentá-la com imagens quanto para usar os dados para testar algoritmos e mecanismos de inteligência artificial próprios.

"Além da imagens, a plataforma terá dados clínicos como idade, sexo, comorbidades, teste positivo ou não para o novo coronavírus, se internado ou não, se está em uso de ventilação mecânica. Com isso, pretende-se entender melhor a doença e ajudar o médico a identificar quais pacientes podem ter uma piora na evolução do quadro", afirma a médica e professora do Departamento de Radiologia e Oncologia da Faculdade de Medicina da USP Claudia Leite.

A ferramenta é acessível de maneira remota, por celulares ou tablets, ou conectada a aparelhos de tomografia e raio-x conectados à rede.

Ao enviar uma imagem, por exemplo, o médico poderá consultar um laudo, criado pela inteligência artificial, com o grau de comprometimento do pulmão e até a probabilidade de ser um caso da Covid-19.

Essa última informação pode ser útil para casos que ainda não receberam o resultado do teste ou então para falsos negativos.
Leite dá um exemplo: um paciente cujo exame dê negativo, mas o laudo de inteligência artifical aponte 95% de chance de ser coronavírus, pode precisar refazer o diagnóstico.

Por enquanto, a plataforma usa um algoritmo importado, mas, com ajuda de desenvolvedores e outros pesquisadores (por isso a importância da rede colaborativa), Cerri acredita que a medicina brasileira conseguirá criar seu próprio algoritmo.

"O Brasil tem suas características demográficas, sua pirâmide etária diferente da Europa, por exemplo. Um lugar pode não representar a realidade para outro. Nossas especificidades são diferentes, e por isso essa experiência nacional é muito importante, para que depois seja até adicionada à de outros países", explica.

"Esperamos que o Brasil seja capaz de desenvolver algoritmos próprios e não precise comprar este tipo de tecnologia de fora", completa Leite.

Inicialmente, o banco de dados conta com imagens de 600 pacientes, mas os pesquisadores afirmam que diversas entidades já se comprometeram a contribuir.

Além do Instituto de Inovação e do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da USP, também fazem parte da iniciativa o Colégio Brasileiro de Radiologia, os hospitais Sírio-Libanês, InCor, Oswaldo Cruz, Samaritano (RJ), o laboratório Fleury, a Americas Serviços Médicos, a Amazon, a GE Healthcare, a Huawei, a Petrobras, o banco Itaú (Todos pela Saúde), a consultoria Deloitte e o Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Por parte do estado, apoiam o projeto o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e secretarias estaduais de desenvolvimento econômico e da saúde.

Fonte: Folhapress

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