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Número de casos de coronavírus no mundo passa de 275 mil e o de mortes, 11,4 mil

O número de casos de infecção pelo novo coronavírus no mundo chegou a 275.469 neste sábado, segundo os últimos dados da Universidade Johns Hopkins. O total de mortes causadas pela covid-19, como é conhecida a doença, é de ao menos 11.403. Mais de 88 mil pessoas se recuperaram da enfermidade.

Nos Estados Unidos, o número de casos chegou a 19.624, quase dez vezes mais do que há uma semana. Ontem, o número era de 14.250. As vítimas fatais do vírus no país somam 260.

A quantidade de novos casos e de mortes continua a subir na Ásia, onde muitos países parecem ter conseguido conter a expansão da doença nas últimas semanas. Cingapura reportou as primeiras mortes pelo covid-19 neste sábado, uma mulher de 75 anos e um homem de 64 anos. Ambos tinham histórico de problemas cardíacos, segundo informações de autoridades de saúde locais.

O número de novos casos em Cingapura chegou a 40 no último dia, totalizando 385. Muitos países e territórios asiáticos que tinham conseguido desacelerar o ritmo de transmissão comunitária da doença estão vivenciando agora uma segunda onda de infecções de cidadãos que estiveram recentemente nos Estados Unidos, Europa e partes da própria Ásia onde as taxas de infecção estão aumentando.

Na Austrália, o número de casos confirmados atingiu 1.000 neste sábado, após um pico no número de registros no Estado de Nova Gales do Sul, onde as autoridades identificaram mais cruzeiros com passageiros infectados com o covid-19 a bordo.

A China reportou novos casos pelo terceiro dia seguido, informando que 41 deles se referiam a viajantes que entraram no país. O número de pessoas infectadas na China agora chega a 81 303 e o de mortes, 3.139, de acordo com a Universidade John Hopkins; 58.946 pessoas se recuperam da doença no país.

No Japão, o número de infectados passou de 1.000 depois que o país registrou o maior aumento diário em uma semana. O número de mortos na Coreia do Sul aumentou para mais de 100, com o país adicionando 147 casos no dia anterior, de um total de 8.652.

No Irã, o número de mortes passou para 123 nas últimas 24 horas, chegando a 1.556 no sábado, segundo o porta-voz do Ministério da Saúde local, Kianoush Jahanpour. O Irã registrou 966 novas infecções, elevando o número total de casos para 20.610.

Na Europa, a Espanha contabiliza neste sábado 21.517 casos e 1 093 mortes, a Alemanha soma 19.848 casos e 68 mortes e a França tem 12.632 casos e 450 mortes.

Na Itália, os casos atingiram 47.021 hoje, com 4.032 mortes, superando o número de vítimas fatais da China, onde a doença se originou.

 

Fonte: Estadão Conteúdo com Dow Jones Newswires.

Com taxa de ocupação abaixo de 10%, hotéis começam a fechar as portas

Com uma taxa média de ocupação abaixo de 10% nesta última semana, sobretudo para eventos corporativos, parte dos hotéis, resorts e parques temáticos começou a encerrar suas atividades por tempo indeterminado. "O setor de turismo reagiu de forma imediata à pandemia do coronavírus", disse ao jornal O Estado de S. Paulo Fernando Guinato Filho, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo. Parques temáticos, como Beto Carrero, e resorts também fecharam as portas e veem incertezas para os próximos quatro meses por conta da covid-19.

O executivo, que também é diretor-geral do Sheraton São Paulo WTC e do WTC Events Center, disse que na cidade de São Paulo, que concentra a maior parte de turismo de negócios, a taxa de ocupação encerrou esta semana em cerca de 7%. O hotel Bourbon Convention, que fica no bairro do Ibirapuera, próximo ao aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, o L'Hotel, da região da Avenida Paulista, e o Sheraton, de Santos (litoral paulista), estão entre os que encerraram temporariamente as atividades.

O setor, que emprega 380 mil trabalhadores diretos - e 1,3 milhão indiretos - calculou prejuízo de R$ 2,2 bilhões até o dia 15 de março. "Até o fim do mês, chegará a R$ 3,5 bilhões", afirmou Sérgio Souza, presidente da Associação Brasileira de Resorts (Resorts Brasil). Segundo ele, o setor começou a ficar em alerta há 15 dias, quando os resorts e hotéis começaram a receber pedidos de cancelamentos não só corporativos. "Escolas e famílias começaram a cancelar as reservas."

Nesta semana, as principais associações que representam o setor pediram um pacote de ajuda ao governo federal para manterem os empregos. Pela proposta, o setor se compromete a arcar com 100% dos salários de 10% dos 380 mil funcionários, que seria o contingente necessários para a manutenção dos estabelecimentos. Os 342 mil funcionários restantes não seriam demitidos, mas ficariam em casa com salário pago pelo governo. As entidades aguardam nos próximos dias uma resposta do governo federal.

De acordo com os representantes do setor, os grupos não têm fôlego para arcar seus custos fixos. Pelos cálculos de Guinato, da Abih-São Paulo, os custos fixos dos hotéis são cobertos quando as taxas de ocupações ficam, em média, em 60%. As redes já começaram a negociar com os sindicatos das categorias redução de jornada e salários e antecipação de férias, com pagamentos parcelados em até quatro parcelas.

As grandes redes hoteleiras, que reúnem 650 unidades, preveem o encerramento de suas atividades já a partir da próxima semana, disse Orlando de Souza, presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb). "A única alternativa é parar tudo. A receita do setor vai ser zero e não temos como arcar com os custos."

Responsável por 8,6% do PIB, o setor de turismo já tem sido afetado por medidas provisórias adotadas isoladas pelos Estados. "Não estamos falando somente pela cadeia hoteleira. A crise com o coronavírus afeta 52 setores da cadeia do setor do turismo. O governo tem de ser sensível a isso. Serão mais de 4 milhões de empregos afetados. O setor como um todo estava se recuperando, mas agora veio esse baque", afirmou Manoel Linhares, da Abih Nacional.

Importante destino de viagem de brasileiros e turistas estrangeiros, as redes hoteleiras de Porto Seguro, na Bahia, e Santa Catarina, por exemplo, não estão fazendo mais reservas, diz o presidente da Resorts Brasil. As redes de hotéis faturam cerca de R$ 31 bilhões e respondem pela metade do PIB da cadeia do turismo.

Gargalo

Com as incertezas que pairam ainda sobre o setor, Guinato afirmou que a retomada da atividade, quando a crise do coronavírus passar, vai ser outro problema. "As empresas que pediram para cancelar as reservas dos eventos agora pediram para deixar a data em aberto para o segundo semestre. No segundo semestre, contudo, temos muitas reservas já feitas. Vamos ter problemas de agenda." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Mônica Scaramuzzo
Estadão Conteúdo

Montadoras param e põem mais de 100 mil em férias coletivas ou banco de hora

Por Cleide Silva
A indústria automobilística saiu à frente no setor industrial e quase todas as montadoras já anunciaram fechamento temporário de fábricas a partir de segunda-feira (23) para tentar evitar a disseminação do novo coronavírus. O número de funcionários que ficarão em casa já passa de 100 mil.

Até sexta-feira, 14 marcas que administram 35 unidades produtivas de veículos e motores em vários Estados informaram a suspensão total da produção por períodos que variam de três semanas a um mês, mas com possibilidade de prorrogação, se necessário.

As negociações das paradas foram feitas com os respectivos sindicatos de trabalhadores e envolvem, até agora, cerca de 104 mil funcionários, sendo uma parte pequena de filiais da Argentina. A maioria do pessoal do chão de fábrica entrará em férias coletivas ou terá banco de horas para futura compensação, enquanto o pessoal administrativo fará home office.

Só na sexta confirmaram dispensa dos funcionários da área de produção de todas as fábricas locais as empresas Toyota, Scania, Honda, BMW, FCA Fiat Chrysler, Renault, PSA Peugeot Citroën e MAN/Volkswagen Caminhões e Ônibus.

Ford, General Motors, Mercedes-Benz, Volkswagen e Volvo já tinham anunciado a parada total da produção. Entre as maiores montadoras, apenas a Nissan ainda não decidiu pela parada total da fábrica no Rio de Janeiro, mas afirma que reduziu os riscos com menos trabalhadores na fábrica (os administrativos estão trabalhando em casa). "Mas estamos fazendo monitoramento constante para assegurar a saúde dos funcionários", assinala a empresa.

A Caoa Chery colocará os 540 funcionários da fábrica de Jacareí (SP) em lay-off (suspensão temporária de contratos). A empresa voltou atrás em 70 demissões anunciadas na quarta-feira, após greve de um dia na unidade. Esses operários ficarão em casa por três meses, enquanto os demais deverão retornar em maio.

Autopeças

A paralisação das montadoras terá grande reflexo nos fornecedores de peças e matéria-prima. O Sindicato Nacional das Indústrias de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) informa que o setor está acompanhando o movimento das montadoras e os impactos no mercado local e internacional.

"Não é possível, neste momento, fazer estimativas quanto aos efeitos da pandemia no setor, assim como na economia em geral", informou a entidade. Fornecedores ligados a outros segmentos estão se antecipando. A Pirelli vai suspender a produção de pneus nas três unidades locais a partir de segunda-feira. A Tupy já paralisou suas linhas na Quinta-feira.

O presidente da Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da CUT de São Paulo, Luiz Carlos da Silva Dias, informa que tem se reunido constantemente com os sindicatos patronais, com o Sindipeças, e que na segunda-feira essas entidades vão apresentar propostas para enfrentar o momento de epidemia. O Estado concentra cerca de 190 mil metalúrgicos de vários setores, como autopeças e máquinas e equipamentos.

"As empresas estão preocupadas, pois várias têm compromissos e nem todas as montadoras vão parar", afirma Dias. "Elas também querem garantir acordos para o futuro, como outras alternativas caso a epidemia se prolongue e também formas de recuperar a produção."

Dias ressalta que, "o bom é que, até agora, nenhuma entidade patronal falou em demissões" e que a preocupação é buscar alternativas manter o quadro atual de trabalhadores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo

Coronavírus faz disparar a venda de farmácias e supermercados na internet

Foto: EDUARDO MATYSIAK/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

 

Em meio à pandemia do novo coronavírus, que até a noite de sexta-feira (20) havia deixado ao menos 904 infectados e 11 mortos no Brasil, os brasileiros reforçaram suas compras de medicamentos, alimentos e itens de higiene e limpeza pela internet. É o que mostra relatório da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em parceria com o Movimento Compre & Confie, obtido com exclusividade pela Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Desde o dia 24 de fevereiro (pouco antes da confirmação do primeiro caso da doença no País, importado) até o último dia 18 (uma semana após a Organização Mundial da Saúde declarar a covid-19 uma pandemia), o relatório aponta um aumento de 111% nas compras online da categoria saúde (que inclui medicamentos e itens de farmácia), alta de 83% em beleza e perfumaria (que engloba itens de higiene pessoal), e avanço de 80% nas compras de supermercados (que envolvem alimentos, bebidas, higiene e limpeza). Isso tudo em comparação a um período semelhante de 2019 - de 25 de fevereiro a 20 de março. Em ambos os casos, são 24 dias, 15 dos quais úteis, já descontando o carnaval.

"Em qualquer crise, o ambiente de vendas online se consolida", diz André Dias, diretor executivo do Compre & Confie, que monitora vendas reais de mais de 80% do varejo digital brasileiro. No levantamento, estão gigantes como Americanas.com, Carrefour, Extra, Via Varejo e Magazine Luiza. "Especialmente neste momento, em que o contato físico deve ser evitado, as vendas pela internet ganharam ainda mais relevância", afirma o executivo, lembrando que os dados foram coletados antes da entrada em vigor do fechamento do comércio de rua na sexta-feira (20) em São Paulo, maior mercado consumidor do País.

Em valores, as vendas online no intervalo deste ano somaram R$ 5,6 bilhões, um aumento de 28,8% em relação ao intervalo do ano passado. O número de pedidos aumentou 31,6%, para 13,16 milhões. Já o tíquete-médio foi 2,2% menor - R$ 425,30. "Isso significa que itens mais baratos passaram a compor a cesta desse período, que registrou um decréscimo, por exemplo, da venda de segmentos de maior valor agregado, como câmeras, filmadoras e drones (queda de 62%), games (-37%), eletrônicos (-29%) e automotivo (-20%).

Em relação à quanto cada categoria representa dentro do faturamento total, houve uma queda expressiva nos eletrônicos (de 7,6% do faturamento do ano passado para 5,3% do faturamento deste ano), que se contrapõe ao aumento de beleza e perfumaria (de 4% para 6,8%), de saúde (de 1,1% para 2,3%) e de alimentos e bebidas (de 1,1% para 2%).

Essa mudança no perfil de consumo, em tão poucos dias, pegou parte dos varejistas de surpresa. "Uma rede de farmácias, por exemplo, tirou as promoções do ar, porque já havia vendido todo o seu estoque, uma alta de 170% no período, e não daria conta de entregar", afirma Dias.

No recorte por região, o aumento mais expressivo veio do Sudeste, que respondeu sozinho por 62,9% das vendas no período, contra 60,8% no intervalo do ano passado.

Agora, com o agravamento da pandemia no Brasil, o executivo acredita que ganham as empresas que tiverem a logística mais bem azeitada. "Além disso, é preciso saber o quanto as autoridades vão permitir em relação à circulação de mercadorias, para que as vendas não fiquem comprometidas", diz.

No ano passado, o comércio eletrônico no Brasil movimentou R$ 75,1 bilhões, alta de 22,7% em relação a 2018. Para este ano, a previsão da Compre & Confie era um crescimento de 21%, para R$ 90,7 bilhões. O número ainda não foi revisto, segundo Dias. "É muito complexo fazer qualquer previsão neste sentido agora, sem saber com precisão os efeitos do vírus no Brasil".

Por Daniele Madureira, especial para o Estado
Estadão Conteúdo

Em São João do Piauí, carro de som acompanhado da polícia recomenda que pessoas fiquem em casa

 

Atualizada às 17h50

A Secretaria Municipal de Saúde e o Samu de São João do Piauí (a 486 km de Teresina) colocou um carro de som nas ruas da cidade, para pedir para as pessoas permaneçam em casa ou retornem para suas casas. A medida começou a ser adotada nesta sexta-feira(20) e hoje continuou. 

O carro de som é acompanhado de uma ambulância do Samu e de uma viatura da Força Tática da Polícia Militar. 

“Viemos através desse meio de comunicação, a pedido da Secretaria Municipal de Saúde, pedir a todos vocês isolamento social. Como é de conhecimento de todos, o mundo está passando por uma pandemia do coronavírus, mais uma vez solicitamos a toda a população o entendimento, que só saiam de suas casas o entendimento que só saiam de suas casas em extrema necessidade”, anuncia o carro de som. 

Segundo o diretor da Maternidade Municipal e enfermeiro do Samu, Alércio, esse é um trabalho de "formiguinha", para pedir o isolamento e orientar a população sobre a pandemia. "Hoje fizemos novamente, esse trabalho de formiguinha. Passamos em todos os bairros de São João do Piauí. E foi notório, as ruas vazias e a adesão da população, ao isolamento social, devido ao Coronavirus. Vamos fazer até conseguirmos o êxito desejado. Quando percebermos que a população realmente tomou conhecimento da importância do isolamento para o combater ao Coronavirus", destacou.

No Piauí, um decreto estadual suspendeu a abertura de bares, restaurantes, academias e shoppings. Também está fiscalizando as rodovias estaduais e federais. 

O último boletim, divulgado na noite de ontem(20) eram 101 casos suspeitos e quatro confirmados.


Caroline Oliveira
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Cura de coronavírus é como a de uma gripe em casos simples

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O mundo espera ansioso enquanto cientistas trabalham na busca de uma vacina e medicamentos para combater a Covid-19, enfermidade causada pelo novo coronavírus.

O caminho percorrido por cientistas que buscam uma vacina ou medicamento eficaz é o mesmo que se aplica a outras doenças virais.

No caso da vacina, com base no material genético do Sars-CoV-2, nome oficial do novo vírus, os cientistas pesquisam formas de estimular a produção de anticorpos. Já para criar um medicamento antiviral é preciso atingir a parte específica responsável pela reprodução do vírus e destruí-lo sem matar as células infectadas no corpo humano.

O desafio é lidar com patógenos adaptáveis, que se reproduzem rapidamente, com alterações genéticas que podem tornar a droga desenvolvida ineficaz.

Nos Estados Unidos, voluntários sadios começaram a testar uma vacina experimental para o novo coronavírus produzida pela equipe do Instituto de Pesquisa em Saúde Kaiser Permanente, em Seattle.

Trata-se de uma vacina de mRNA (RNA mensageiro), molécula "prima" do DNA que costuma carregar as informações necessárias para a produção de uma proteína até as "fábricas" da célula.

Com base no material genético do novo coronavírus, os pesquisadores fabricaram moléculas de mRNA que contêm a receita para a produção da proteína da espícula do parasita -o "espinho" ou "arpão" que ele usa para se fixar nas células humanas.

A ideia é fazer com que o organismo dos pacientes produza apenas essa proteína, com base no mRNA da vacina.

Com isso, o sistema de defesa das células reagiria como se tivesse sido invadido pelo vírus real, produzindo anticorpos -moléculas defensoras- com "design" específico para o combate ao Sars-CoV-2. Diante do patógeno verdadeiro, essas pessoas estariam imunes.

No campo dos tratamentos, testes preliminares feitos com um pequeno grupo de pacientes na China sugerem que um medicamento desenvolvido para combater outras doenças virais também poderia ter efeitos positivos contra a atual pandemia de Covid-19.

Trata-se do favipiravir, produzido comercialmente no Japão com o nome de Avigan. O fármaco ainda não tem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não podendo, portanto, ser vendido no Brasil. Hoje, ele é produzido apenas sob demanda no país onde foi desenvolvido.

Na quinta-feira (19), o presidente americano Donald Trump e Stephen Hahn, da Food and Drug Administration (FDA), disseram que a agência americana de fiscalização e regulamentação de alimentos e remédios havia aprovado o uso em pacientes do coronavírus dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina, vendidos sob receita para o tratamento de malária, lúpus e artrite reumatoide.

Não houve testes clínicos para determinar se esses medicamentos de fato funcionam contra a doença, e Hahn não explicou por que a FDA decidiu apoiar seu uso; tampouco explicou se a medida anunciada representava aprovação formal de um novo uso para os medicamentos.

Ainda assim, a declaração gerou uma corrida às farmácias americanas.

Replicada nas redes sociais pelo presidente Jair Bolsonaro, a menção teve efeito semelhante aqui, deixando pacientes com artrite, lúpus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária sem o medicamento.

Na sexta-feira, a operadora Prevent Senior e o Hospital Israelita Albert Einstein informaram que começariam a usar, em caráter experimental, a hidroxicloroquina em seus pacientes atingidos pelo coronavírus.

Como ainda não há medicamento para a Covid-19, o tratamento de quem está doente inclui o uso de analgésicos e antitérmicos, como paracetamol e dipirona, para tratar os sintomas, assim como hidratação e repouso. A OMS (Organização Mundial da Saúde) não recomenda automedicação.

A OMS frisa que antibióticos não devem ser usados para prevenir ou tratar infecção por coronavírus. Os antibióticos funcionam apenas contra bactérias. Esse tipo de medicamento, porém, pode ser utilizado em caso de eventuais infecções decorrentes da doença.

Na quinta-feira (19) a organização voltou atrás na restrição que havia feito ao uso do anti-inflamatório ibuprofeno para controlar os sintomas de coronavírus. Entre os medicamentos cujo princípio ativo é o ibuprofeno estão o Buscofem, indicado para cólicas menstruais, o Artril, para artrite, e o antitérmico Advil.

Segundo a OMS, a maioria das pessoas (80%) com Covid-19 se recupera sem precisar de tratamento especial. Uma análise estatística publicada pela revista especializada Science indica que na China quase 90% das pessoas doentes passaram despercebidas quando ainda não havia restrições de viagens em território chinês.

Algumas fake news que circularam na internet falavam que era possível tratar o coronavírus com vitamina C, chá de ervas, "shots" de imunidade, ozonoterapia ou mesmo água quente, informações que não procedem. No Irã, pessoas morreram envenenadas após tomarem álcool puro, acreditando ser essa uma forma de evitar o vírus.

Em entrevista à reportagem, a médica curitibana Mariângela Simão, diretora-assistente da OMS, recomendou que informações que circulam na internet sobre tratamento sejam checadas.
"Ainda que haja 200 ensaios clínicos sendo implementados, não existe conclusão sobre nenhum deles", disse Simão.

Fonte: Folhapress

OMS indica produto alternativo diante da escassez do álcool gel

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Um grupo de pesquisadores da USP traduziu um documento da Organização Mundial da Saúde com instruções de como empresas habilitadas podem fazer um gel antisséptico sem carbopol, elemento químico essencial para fazer álcool gel que está escasso e também é usado em outros produtos. A diretriz tem mais de dez anos e foi estabelecida para países pobres, especialmente os da África.

Segundo especialistas, esta é uma boa opção para substituir o álcool gel no combate ao coronavírus, com o mesmo efeito de limpeza, desde que seguidas as devidas instruções em um ambiente industrial. "É um sanitizante mais líquido e também mais barato, com o melhor custo-benefício possível", afirma o pesquisador Filipe Canto Oliveira, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP).

A instrução da OMS mantém algumas matérias-primas para fazer o álcool gel, entre eles o etanol e o álcool isopropílico - este mais adequado para uso em equipamentos eletrônicos.

Doutor em Saúde Pública e professor de Química da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo, Rogério Aparecido Machado também concorda que a diretriz da OMS para produção de produto sanitizante pode ser uma boa saída, mas também esbarra na questão de escassez de matéria-prima. "O etanol 96%, que está na fórmula da OMS, não é vendido abertamente. Com aumento da demanda, o preço pode aumentar", ressalta Machado.

Wagner Contrera, gerente de fiscalização do Conselho Regional de Química da Quarta Seção, explica que a produção de álcool gel e sanitizantes deve seguir as normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). "Com o coronavírus, a Anvisa se tornou mais flexível na produção do álcool gel, permitindo que farmácia de manipulação e estabelecimentos fabricantes de produtos cosméticos também façam álcool gel."

Fonte: Estadão Conteúdo

Firmino anuncia novo decreto fechando comércio e parques em Teresina; bancos e loterias ficam abertos

 

Publicado por Prefeitura de Teresina em Sábado, 21 de março de 2020

 

O prefeito de Teresina, Firmino Filho, anunciou no começo da tarde deste sábado (21) outro decreto com novas medidas de combate ao coronavírus na capital. Segundo ele, a cidade precisa parar por completo para evitar a propagação do vírus. O Piauí já possui quatro casos confirmados da covid-19. O documento fecha, dentre algumas atividades econômicas, o comércio e indústrias. Parques ambientais também serão fechados. Farmácias, postos de gasolina, supermercados e os serviços de saúde vão permanecer abertos, assim como os deliverys. O decreto ainda não foi publicado. As medidas valem por tempo indeterminado. O funcionamento de bancos e loterias não será afetado por enquanto, segundo o prefeito.

“O vírus já está aqui, temos que diminuir as atividades para que a cidade fique no seu mínimo módulo. Todas as aglomerações têm que ser reduzidas. Estamos neste sábado assinando um decreto que suspende a realização de toda e qualquer atividade econômica a partir dessa segunda-feira.  Em algumas exceções poderão funcionar”, disse o gestor durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais da Prefeitura.

“Vamos parar a cidade. Chegar ao seu mínimo. É um desafio e não é um desafio qualquer. Por onde esse vírus passou deixou um rastro de morte. Temos que ficar em casa. Nossa cidade nunca passou por nada parecido. Temos que fazer aquilo que é essencial com muita calma. Não podemos deixar o medo nos dominar e o pânico”, acrescentou Firmino.

Firmino alertou para a segurança dos mais de 800 mil cidadãos teresinenses. “Sábado de manhã andei pela cidade e vi muita gente na rua. Vamos parar a cidade. É um desafio para todos nós”, disse 

O prefeito chegou a apontar a gravidade dos reflexos da pandemia na Itália e a possibilidade de uma crise mais acentuada em um país de “terceiro mundo” como o Brasil.  “Por onde esse vírus passou ele deixou um rastro de morte. Não estamos falando de uma gripe qualquer. Estamos falando de ameaça de morte dos nossos pais, nossos avós, nossos irmãos e amigos”, alertou.

 

Hérlon Moraes e Valmir Macêdo
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China está há 3 dias sem novas infecções por Covid-19

Foto: FuturaPress/FolhaPress

Até o momento, a China está há três dias sem reportar novos casos de transmissão local, apesar dos 41 casos importados. No país, 58.946 se recuperaram da doença e 3.139 morreram, conforme a universidade.

O número de pessoas infectadas com o coronavírus no mundo chega agora a 286.816 e o de mortes, 11.904, conforme atualização da Universidade John Hopkins. Mais cedo, o número de infectados girava em torno de 275 mil. Mais de 89,8 mil pessoas se recuperaram. 

Nos EUA, existem agora 19.624 casos e 260 mortes. O número de casos mais que dobrou desde quarta-feira e se espera continuidade no aumento de casos, à medida que o acesso aos testes aumenta. Na Europa Ocidental, o vírus continua se proliferando. A Espanha tem 25.374 casos e 1.375 mortes; a Alemanha tem 21.652 e 73 mortes; a França tem 12.483 e 450 mortes; e a Itália possui 47.021 e 4.032 mortes (os números da Itália não são atualizados desde sexta-feira). Mais pessoas morreram do covid-19 na Itália agora do que na China. Outras nações com altas taxas de covid-19 são: a Coreia do Sul, que agora tem 8.799 casos e 102 mortes, e o Irã, que tem 20.610 casos e 1.556 mortes.

Fonte: Estadão Conteúdo

Congresso já acumula 110 projetos contra a crise de coronavírus

Foto: Câmara dos Deputados

Diante do agravamento da pandemia do novo coronavírus, deputados e senadores apresentaram nos últimos dias 110 projetos de enfrentamento à Covid-19.

As próximas sessões de Câmara e Senado acontecerão remotamente, com congressistas em seus estados, deliberando em vídeo, pela internet, sobre matérias ligadas ao combate à doença ou a suas consequências econômicas.
Como a adoção desse sistema a distância é inédito, as duas Casas tiveram de elaborar nesta semana legislação para possibilitar a inovação.
Levantamento nos sistemas de cada Casa usando como critério a menção explícita ao vírus contabilizava 97 propostas de deputados e outras 13 de senadores até o fim da tarde desta sexta-feira (20).

Os números mostram que 54% dos 180 projetos apresentados na Câmara entre 11 de março, quando o coronavírus foi declarado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) uma pandemia, e esta sexta foram relacionados à doença.

Já no Senado, o percentual é menor. Dos 30 projetos de lei apresentados no mesmo período, 43% têm essa relação.

Projetos divulgados por parlamentares ou suas assessorias, mas que não entraram no sistema do Legislativo até o momento da consulta, não entram na conta.

Câmara e Senado aprovaram, em regime de urgência, projeto de decreto legislativo que que reconhece estado de calamidade pública no Brasil em decorrência da crise do coronavírus.

Além disso, também há três MPs (medidas provisórias) encaminhadas pelo governo para garantir a liberação de recursos para os Ministérios da Saúde e da Defesa e com medidas emergenciais para socorrer as companhias aéreas.

No Senado, há projetos como o do líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), que cria um benefício mensal de R$ 500 para famílias inscritas no Cadastro Único e para trabalhadores informais e desempregados, entre outros.

Nesta semana, o governo anunciou um pacote de medidas para minimizar os efeitos da crise econômica decorrente da pandemia. Um dos itens é um auxílio mensal de R$ 200 para trabalhadores informais, ao longo de três meses.

"As medidas já anunciadas pelo governo são absolutamente ineficientes para a proteção social da população", afirma o senador na justificativa do projeto protocolado nesta sexta, dois dias após o anúncio do governo.
Ele apresentou outros dois projetos sobre o tema: um de incentivos fiscais para o setor de turismo e outro que concede isenção do Imposto de Renda aos rendimentos de pessoas físicas efetivamente atingidas pela pandemia.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da minoria, também apresentou projeto relacionado ao IR deste ano (ano-base 2019). A proposta estabelece que a restituição para pessoa física deve ser feita em um prazo de 15 dias após a entrega da declaração.

Outro projeto do senador veda qualquer dispensa sem justa-causa enquanto durar o estado de emergência internacional.

Na Câmara, o sistema indicava projetos de lei em tramitação com autoria ou coautoria de deputados de PT, PSB, PC do B, Novo, PV, PSDB, PSL, PSOL, Podemos, Cidadania, PSD, DEM, PDT, PL, Avante, MDB, PSC e Solidariedade.

Há na Casa ao menos quatro propostas de que se destinem os recursos do fundo eleitoral, verba usada como uma das fontes de financiamento de campanhas eleitorais, para o enfrentamento da pandemia. O fundo vai disponibilizar para as eleições municipais de outubro R$ 2 bilhões.

"Trata-se de fazer campanhas mais baratas em relação a todos os partidos, em face da pandemia que põe em risco toda a população", argumenta a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), uma das proponentes, na justificativa de seu projeto, que quer também destinar o dinheiro do fundo partidário para a pandemia.

Proposta da deputada Alice Portugal (PC do B-BA) estabelece que se proíba a suspensão do fornecimento de energia elétrica, de água, de esgoto e de gás encanado, por inadimplência, enquanto durar o estado de emergência em saúde pública em razão da pandemia "de coronavírus.

Projeto dos deputados Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ) e Carmen Zanotto (Cidadania-SC) proíbe a exportação de produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais ao combate à epidemia de coronavírus no Brasil, enquanto perdurar a emergência em saúde pública de importância nacional".

"Acreditamos que é imprescindível proibir exportações de equipamentos de proteção individual de uso na área de saúde, como ventilador pulmonar mecânico e circuitos, luva látex, luva nitrílica, avental impermeável, óculos de proteção, gorro, máscaras cirúrgicas, protetor facial, camas hospitalares e monitores multiparâmetro"", ponderam.

Até o final da tarde de sexta-feira, as pautas de votações da Câmara e do Senado não haviam sido divulgadas.

No fim da tarde, o deputado Paulo Guedes (PT-MG) protocolou uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que transfere para 13 de dezembro as eleições municipais de 2020. O jornal Folha de S.Paulo revelou que líderes avaliam que o avanço da pandemia pode atrapalhar o pleito.

O futuro presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, é contra alterações no calendário eleitoral.

Fonte: Folhapress

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