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Estudante de Direito presta depoimento por suposto suborno a policiais em Floriano

Em depoimento ao Suporte de Operações Especiais da Delegacia Geral de Polícia Civil, a estudante de Direito, Willyanne Campelo, 21 anos, negou que tenha comparecido à delegacia de Floriano e permanecido por 14 horas no local, após se recusar a realizar teste do bafômetro durante blitz da lei Seca, na entrada do município. À polícia, a estudante, porém, confirmou ter entregue a quantia de R$ 400 a três homens que usavam distintivo, não sabendo reconhecer a instituição pois havia ingerido bebida alcoólica.  

A jovem entrou em contato com Cidadeverde.com, no último dia 13, no intuito de realizar a denúncia e revelar que após ser encaminhada à delegacia, pagou fiança de R$ 900 para ser liberada. "Não fui maltratada e nem cheguei a ficar em uma cela. O que achei estranho foi esperar todo esse tempo, pagar o dinheiro e sair sem assinar nada", disse a estudante à reportagem. 

Após a repercussão do caso, Willyanne Campelo foi chamada à delegacia para prestar esclarecimentos e mudou a versão repassada declarando que não compareceu à delegacia e que a quantia recebida seria de R$ 400 e não R$ 900, conforme dito anteriormente. 

Ao receber a denúncia, o Cidadeverde.com entrou em contato com o policiais do posto da Polícia Rodoviária Federal, quartel da Polícia Militar e Delegacia Civil de Floriano e foi informado que não existia nenhuma notificação referente a ocorrência relatada pela estudante.

"Todos os distritos policiais  funcionam no mesmo local e o fato nos causa estranheza pois estive no plantão no período relatado pela estudante e não houve nada desta natureza, nem Boletim de Ocorrência foi registrado. Já entramos em contato com a jovem que informou que, realmente pagou o dinheiro mas não sabe informar a instituição pois estava embriagada", revelou  o delegado Walter Cunha do 1º Distrito Policial de Floriano, contestando as informações repassadas pela jovem, acrescentando ainda que não houve nenhuma condução por embriaguez ao volante. 

Em depoimento, Willyanne Campelo também disse que havia postado em sua rede social a informação que teria "perdido a última noite de carnaval por causa de uma delegacia, mas diga-se de passagem não poderia reclamar". Na declaração consta ainda que horas depois o comentário foi apagado porque "repercutiria mal com a família". 

O Delegado Geral, James Guerra, esclarece que no depoimento a denunciante apresentava sinais evidentes de transtornos. "Ela estava aparentemente transtornada durante o depoimento e disse que nunca foi à delegacia e confirmou somente a entrega do dinheiro. Vale esclarecer que a Polícia Civil não tem nenhuma participação e a denúncia fere os princípios de dignidade da polícia", disse James Guerra.


Graciane Sousa (Especial para o Cidadeverde.com)

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