Cidadeverde.com

Christian Bale vive um novo herói em longa de Zhang Yimou

Imprimir
Aparentemente, Christian Bale gosta, nas telas, de defender fracos e oprimidos. Basta lembrar do mocinho dos filmes da franquia "Batman" ou do boxeador fracassado que reabilita a carreira do irmão pugilista de "O vencedor", papel que lhe rendeu o Oscar. Em "Flores do Oriente", de Zhang Yimou, que chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira, o ator britânico volta a bancar o herói, salvando a vida de um grupo de estudantes chinesas durante a invasão japonesa de 1937.

- Não vejo ligação entre os personagens que interpreto. Assim que começo a trabalhar em um novo filme, esqueço o personagem do anterior. É sempre legal chegar ao set com a ingenuidade de alguém que está fazendo o primeiro trabalho - desconversou Bale, durante o Festival de Berlim, em fevereiro, onde o longa-metragem do diretor chinês foi exibido fora de competição. - Se costumo aparecer em filmes que exploram temas e personagens obscuros é porque tenho grande interesse pela condição humana.

Sugestão de Steven Spielberg

Paladino da Justiça cheio de truques fantásticos na série dirigida por Christopher Nolan, cujo terceiro episódio, "Batman: O Cavaleiro das Trevas ressurge", estreia no Brasil em julho, Bale vive um herói acidental no drama bélico de Yimou. Na trama, ele encarna John Miller, um agente funerário que chega à cidade de Nanquim para enterrar um padre e se vê como o único adulto em um convento cheio de estudantes católicas, cercado pelas forças japonesas. Com a ajuda de um grupo de prostitutas da região, Miller se disfarça como pároco e tenta proteger as meninas das atrocidades cometidas pelos soldados.

Rodado em cenários construídos nos arredores de Nanquim, ex-capital chinesa, "Flores do Oriente" levou Bale de volta ao país onde rodou "O Império do Sol" (1987), de Steven Spielberg, seu primeiro sucesso internacional. Foi Spielberg, aliás, quem sugeriu o nome de Bale para Zhang Yimou, que buscava um ator estrangeiro para o papel, protagonista do romance homônimo do escritor Geling Yin.

- Desta vez tudo foi diferente, só a equipe do filme me conhecia. Dava para levar uma vida anônima, mas os produtores insistiram para eu usar um guarda-costas, coisa que nunca tive, porque só chama mais a atenção. O sujeito, que caminhava alguns passos à minha frente, sempre parava diante de uma rua nova e se curvava para mim, para apresentá-la. E eu me perguntava: "Não dá para ser mais discreto, não?" - recordou Bale, rindo com a lembrança.

A produção, a mais cara da História da China, rodada ao custo de US$ 90 milhões, rapidamente se tornou recordista de público no país, ultrapassando os US$ 100 milhões de bilheteria nas primeiras semanas em cartaz. Embora esteja acostumado a dirigir filmes de arquitetura complexa, porém de orçamentos mais modestos, como "Herói" (2002) e "O clã das adagas voadoras" (2004), Yimou não pretende repetir a experiência tão cedo:

- Fazer um filme com essas proporções implica em uma responsabilidade muito grande, não somente em relação ao dinheiro empregado, mas também quanto às pessoas ligadas ao projeto. Elas vieram de várias regiões do país, de origens distintas e falando em dialetos diferentes e tinham que trabalhar em harmonia. Esse, sim, foi o meu maior desafio. Depois de "Flores do Oriente", vou procurar um projeto médio ou pequeno, que é mais fácil de administrar - avisou o diretor.


Fonte: Yahoo
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais