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Conselho discute com Eletrobras problemas com energia no Piauí

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O conselho de consumidores da Eletrobras, distribuição Piauí, realizou nesta manhã uma audiência para tratar de problemas relacionados ao fornecimento de energia elétrica. Estiveram presentes representantes das classes de consumidores da indústria, comércio, residências, zona rural e poder público. 


Leilane Nunes/Cidadeverde.com



Segundo a representante da classe residencial, Raimunda Nonata a principal queixa dos consumidores é relativo a problema de erros na leitura dos medidores. 

“Nós recebemos muitas reclamações que de talões errados, a maioria é erro de leitura e temos conseguido resolver esses problemas aqui no conselho. Tivemos o caso de uma senhora que tinha o medidor a apenas 15 dias e a conta de energia veio mais de R$ 530. Fizemos a reclamação e descobrimos que o medido já havia sido usado e conseguimos baixar o valor da conta”, declarou.

 
O presidente do conselho, Gilberto Diego Veríssimo Pedrosa, que representa a classe industrial, afirmou que a energia no Piauí, apesar dos avanços é de péssima qualidade para a indústria.  Ele considera que este é um dos entraves para o desenvolvimento do setor no Estado. 





“A Eletrobras foi sucateada ao longo de muitos anos e ainda hoje temos resquícios disso. A energia é de péssima qualidade e a modernidade industrial exige uma energia melhor”, afirmou. 

Gilberto ressalta ainda que o conselho está aberto às reclamações através da sua Ouvidoria, pelo telefone 3228-8282.

As zonas rurais de Teresina também sofrem com o baixo fornecimento de energia. Segundo Darcila Antonioli, que representa as comunidades Cebola e Serafim, há quase cinco anos os moradores reivindicam a instalação de dois mil metros de fios de rede trifásica, para que eles possam irrigar as áreas cultiváveis. “Temos muitas famílias que sobrevivem da agricultura e precisam de irrigação. No período chuvoso a gente consegue plantar quiabo, feijão, mas no período de estiagem não nasce nada. Nós precisamos dessa irrigação para conseguir o ano todo”, declarou. 





O assessor da diretoria comercial da Eletrobras, Armando Gaioso, explica que o conselho é uma obrigação estatutária estabelecida pela Anel para que os problemas da comunidade seja trazidos para a empresa. Ele afirma que um dos principais problemas e o valor da tarifa que é muito caro por conta principalmente dos insumos tributários, que correspondem a 45% do valor da tarifa. “Todas as questões que afetam os consumidores são debatidos no conselho. A energia tem uma carga tributária pesada no Brasil, somente o ICMS é de 36% do valor que o consumidor paga”, declara. 


Na Vila Nova Alegria, zona sul de Teresina, moradores contabilizam os problemas relacionados a contas. Com direito a pagar tarifa social, eles mostram contas no valor de até R$ 120.





Segundo a dona de casa Rosilene Rodrigues de Sousa, há meses os talões vêm se acumulando e não tem condições de pagar. "Já veio conta até de R$ 150", reclama.




Flash de Leilane Nunes
Redação Caroline Oliveira
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