Os promotores Francisco de Jesus e Maria do Amparo Sousa coordenarão o Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher de Teresina, que será inaugurado nesta sexta (27). Em entrevista ao Jornal do Piauí, o promotor explicou que existem cerca de 5 mil processos de violência contra a mulher ainda esperando julgamento.

Ele afirma que o núcleo terá infraestrutura e pessoal adequado para atender tanto a mulher quanto os filhos, já que, na maioria das vezes, o agressor é o companheiro.

Evelin Santos/Cidadeverde.com



Francisco de Jesus avalia que a transformação da promotoria em núcleo dará maior agilidade ao julgamento desses processos e suporte para que as mulheres sejam orientadas. Lembrando o caso da dona de casa Leoneide Ferreira, que morreu três meses após ser esfaqueada 11 vezes pelo marido preso, o ex-jogador Edilson Rodrigues, o promotor diz que será possível fazer um acompanhamento melhor caso a caso. Leoneide, antes de ser morta, já havia feito várias denúncias contra o marido e não conseguiu que ele fosse preso.

"Lembro que peguei a Leoneide com uma amiga dela e fui à Defensoria e, na época, chegamos a requerer a [prisão] preventiva e ele não foi preso. Na época o Judiciário não deu essa resposta. Estamos procurando medidas para evitar esse tipo de situações. Vamos buscar escolas e o governo para estabelecer políticas de combate à violência contra a mulher", declarou o promotor.

Ele explica ainda que as mulheres devem ficar atentas porque as agressões começam de maneira banal e depois tomam proporção maior.

"qquer tipo de agressão é necessário procurar o serviço de atendimento. Teremos profissonais para receber a mulher e os filhos, uma estrutura com pedagogo e psicólogo", disse.

As denúncias podem ser feitas diretamente em uma delegacia, no núcleo ou através do telefone 180.

O Núcleo de Defesa da Mulher funcionará a partir desta sexta, na Rua Gabriel Ferreira, nº 155, ao lado do Insituto Federal do Piauí.

Leilane Nunes
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