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Família de menino desaparecido quer entrada da PF no caso

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Vestida de marrom, cor de São Francisco, seu santo de devoção, a aposentada Francisca Alves de Sousa Siqueira, 76 anos, apresenta em sua cadeira de rodas um misto de sofrimento, tristeza e esperança. Ela aguarda há 29 dias notícias de seu neto, Fabrício, de 11 anos, desaparecido após ter saído em direção a uma lan house. Tanto ela quanto seu filho, Francisco Siqueira , tio do garoto, não perdem a fé de que irão encontrar a criança viva, mas para isso acreditam que é fundamental a entrada da Polícia Federal no caso. 

Carlos Lustosa Filho/CidadeVerde.com

As polícias Civil e Militar já fizeram diligências por toda a região do bairro Vermelha, onde o garoto mora, e adjacências. Investigaram inclusive uma pista de que dois homens teriam levado o menino em uma motocicleta para a cidade de Timon. Após a prisão de dois suspeitos, Luan Robert Alves do Nascimento e Romário Campelo de Aguiar Silva, que teriam sequestrado o Fabrício por vingança contra seu irmão.


Fabrício

Para os familiares do menino, nada disso importa. Passado quase um mês desde o desaparecimento, eles já fizeram passeada, campanha, apelo nos meios de comunicação, mas não obtiveram ainda o que mais querem: ter Fabrício de volta. “Eu sei que a Polícia Civil está fazendo um ótimo trabalho. Sei que temos a ajuda da Polícia Civil. Mas queremos pedir ao governador que solicite a entrada da PF no caso porque só assim tanto nós quanto a sociedade teremos uma solução sobre o que aconteceu”, diz Francisco Siqueira. 

Ele diz que esteve conversando com a titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Andrea Magalhães, e que ela lhe afirmou que este pode ser um caso semelhante ao do goleiro Bruno. “Eu fiquei assustado. Nós estamos no Piauí. Aqui não deveria acontecer algo assim”, comenta. 


A avó de Fabrício acompanha o caso não só pelo seu filho que vai regularmente à delegacia, mas também pela imprensa. Dona Francisca diz que antes de ser preso Luan foi à sua casa e disse que quem havia pegado o menino “era um ‘caba’ ruim”, fato que não deixa dúvidas sobre o sequestro e os autores do crime por parte da família. Ainda assim, a devota de São Francisco, que tem o nome do santo e também o deu a seus filhos e netos, não perde a esperança. 

“Eu tenho pra mim que ele não está morto, mas escondido. Deve estar até debilitado. Tudo o que eu sei bate como que ele está em Timon. Tenho fé em meu São Francisco que vão encontrar ele”, diz a senhora, emocionada.


“Eu não aguento mais ver meus pais se acabando, se perdendo. Eles não se alimentam direito desde que tudo aconteceu. Por isso é importante que a PF entre no caso porque vai acelerar as investigações”, afirma Francisco. 

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Carlos Lustosa Filho

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