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Após ter piso histórico, juros bancários do país para pessoa física sobe

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Depois de atingir em agosto a mínima histórica, os juros cobrados pelos bancos nas operações com pessoas físicas voltou a subir em setembro deste ano, quando atingiu 35,8% ao ano, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (26) pelo Banco Central.
Em agosto, a taxa estava em 35,6% ao ano. Deste modo, o crescimento no mês passado foi de 0,2 ponto percentual. Com o crescimento, foi interrompida uma sequência de seis meses seguidos de queda.


Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, o crescimento dos juros bancários de pessoas físicas, em setembro, está relacionado com a greve dos bancários. Com a greve, explicou ele, as pessoas buscaram, no mês passado, linhas de crédito que já estavam disponíveis, como cheque especial e cartão de crédito, que têm juros mairoes - o que impactou a taxa média de setembro. 

"Essas paralisações favorecem o crédito imediato, prontamente disponíveis. São linhas com taxas mais altas, de crédito rotativo. Isso teve influência nas taxas de juros", afirmou Tulio Maciel, do BC.

Empresas e taxa geral
No caso da taxa média que os bancos cobram em suas operações com empresas, porém, houve uma queda de 0,5 ponto percentual em setembro deste ano, para 22,6% ao ano. Com o movimento registrado na taxa cobrada pelos bancos de pessoas jurídicas, a taxa de todas as operações de crédito (empresas e pessoa física) também recuou em setembro, para 29,9% ao ano - a menor da história.

Redução da taxa básica, compulsórios e IOF
O aumento dos juros bancários de pessoas físicas acontece em um momento de redução da taxa básica da economia. O BC vem baixando os juros básicos desde agosto do ano passado. Em 14 meses, a redução foi de 5,25 pontos percentuais. Atualmente, a taxa está em 7,25% ao ano, a menor da história, contra 12,5% ao ano em agosto do ano passado - antes do inicio do ciclo de corte de juros básicos.

O governo também liberou, nos últimos meses, recursos que estavam retidos no BC (chamados de compulsório) para as instituições financeiras. Desde o início deste ano, R$ 70 bilhões já foram liberados pelos bancos e, recentemente, a autoridade monetária informou que pretende injetar mais R$ 30 bilhões na economia nos próximos meses. Outro fator que favoreceu a redução dos juros bancários foi a redução do IOF para pessoas físicas de 3% para 1,5% ao ano. 

Apesar do aumento em setembro, as instituições financeiras reduziram os juros bancários de pessoas físicas em 10,4 pontos percentuais desde agosto do ano passado, quando teve início o processo de corte dos juros básicos, e a taxa média geral (de todas as operações) recuou 9,8 pontos percentuais neste período. Em ambos os casos, os juros bancários caíram mais do que a taxa básica da economia, o que resultou em queda do chamado "spread bancário" (diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram de seus clientes).

Fonte: G1
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