Na tarde desta quinta-feira (15), umbandistas se reuniram na avenida Marechal Castelo Branco, ao lado da imagem de Iemanjá, protestando contra a intolerância e reivindicando que a estátua vire patrimônio. O ato acontece em meio as comemorações do Dia Nacional da Umbanda.
Fotos: Yala Sena
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Presidente da Rede Estadual de Cultos Afros, Mãe Eufrazina Gomes Aurélio, afirmou que vai solicitar o tombamento da imagem, que foi depredada por oito vezes nos últimos três anos.
"Estamos aqui pedindo respeito para acabar com a intolerância religiosa. Na Umbanda não existe preconceito de raça, nem de cor", declarou em meio ao protesto, com faixas e carros de som que fecharam a avenida.
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A Rede está fazendo um levantamento do prejuízo dos danos provocados na imagem, que vão desde apedrejamentos a até marcas de queimaduras.
Segundo Mãe Eufrazina, no último mapeamento feito foram encontrados mais de 480 tendas e terreiros em Teresina. Representantes deles foram até a imagem do bairro Ilhotas, zona Sul da capital, participar do ato. Pares e pastores evangélicos também foram convidados para participar da manifestação
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O cantor e compositor Benício Ben, umbandista praticante há um ano, afirmou que o ato de hoje marca o início da luta pelo direito da liberdade de expressão e contra a intolerância. "Que se respeite a Umbanda. As pessoas só vão conseguir viver em paz e união com respeito as religiões".
Assunção Aguiar, filha de santo e líder do grupo afrocultural Coisa de Nêgo, destaca que a principal intolerância vivida pelos umbandistas é tentativa de retirar a identidade da religião, inclusive danificando imagens.
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"Muitas religiões perseguem os umbandistas. Dizem que vivemos em um estado laico, mas isso nunca chegou para a umbanda. tudo é muito difícil", disse. Ela ressalta que a água é sagrada para os umbandistas e pediu socorro ao rio Poty, que margeia a avenida Marechal e está morrendo
Yala Sena (flash do local)
Fábio Lima (Da Redação)