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Condutor pode pedir reteste se etilômetro detectar séptico bucal

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O inspetor Tony Carlos, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), demonstrou ao vivo no Jornal do Piauí desta sexta-feira (1) como será aplicado o teste do etilômetro agora que a Lei Seca está mais rígida no País. Segundo o inspetor, caso o condutor não concorde com o resultado, poderá exigir o reteste.


No estúdio da TV Cidade Verde, dois voluntários fizeram o teste. Um deles usou um enxaguante bucal antes de assoprar no aparelho, o outro bebeu um gole de cerveja. O primeiro resultado apontou que o voluntário que fez o teste após o uso do enxaguante tinha 1.69 mg de álcool no pulmão e o que tomou a cerveja tinha 1.29.


Tony Carlos explicou que esse resultado é comum se o teste for realizado imediatamente após o uso do enxaguante. "Nesses casos, se o condutor mencionar que usou esse material, pedimos que ele espere 10 minutos, respire fundo, lave a boca e repita o teste".


Os dois voluntários seguiram as orientações do inspetor e ao repetir o exame não foi detectado álcool em nenhum dos casos. "A quantidade de cerveja ingerida, apenas um gole, não é suficiente para apontar no aparelho. Na primeira vez apontou porque o álcool estava na boca dele, não no pulmão. Como ele lavou a boca, o álcool do pulmão é tão baixo que não foi registrado", disse Tony.

Níveis aceitáveis

Com a nova legislação, o condutor que se negar a realizar o teste será multado em R$ 1.915,45, mesmo não apresentando sinais de embriaguez. "Nesses casos, o motorista será liberado com seu veículo. Entretanto, se estiver com sintomas de uso de álcool, ele será multado e ficará detido", acrescentou o inspetor.


A nova legislação não prevê tolerância em relação ao nível de álcool. Antes era tolerável até 0,10 mg por litro, agora o aparelho tem que estar zerado para não resultar em multa por infração de trânsito.

"Não se pode dirigir sob qualquer quantidade de álcool. Além disso, acima de 0,29 mg, é considerado crime. O condutor vai preso e o veículo fica retido", informou o inspetor, ressaltando que se a multa for aplicada duas vezes no período de 12 meses, o valor é dobrado.

Indícios de uso de álcool

Caso o condutor se recuse a fazer o teste do etilômetro, o policial irá observar alguns itens que são indícios de alteração da capacidade psicomotora pelo uso de álcool, tais como: sonolência, olhos vermelhos, soluços, desordem nas vestes e odor de álcool. "Também vamos verificar se este condutor sabe onde está, se está arrogante, agressivo, se sabe em que data está, se apresenta sinais de dispersão ou está muito falante e irônico", completou Tony Carlos.

O inspetor também afirmou que a fiscalização nas saídas das festas de Teresina serão mais rígidas. "Não podemos mais permitir que as pessoas continuem dirigindo após ingerir bebidas alcoólicas. Essa realidade tem que mudar".

Jordana Cury

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