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Piauí tem menor incidência de tráfico próximo a escolas

Com 15,3%, o Piauí é o estado brasileiro que tem o menor índice de tráfico de drogas nas proximidades das escolas públicas. O dado é oriundo de uma pesquisa baseada nas respostas dos questionários socioeconômicos da Prova Brasil, aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A média brasileira é de 35%.

Os dados foram levantados pelo QEdu: Aprendizado em Foco, uma parceria entre a Meritt e a Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos voltada para educação. Na liderança dessa triste estatística está o Distrito Federal (DF), onde mais da metade dos estabelecimentos registram a ocorrência de venda e compra de drogas nas redondezas, com um índice de 53,2%.

Segundo o comandante da Companhia Independente de Policiamento Escolar do Piauí (CIPE), Capitão Tiago Ribeiro, as medidas de prevenção e combate ao tráfico e uso de entorpecentes são algumas das ações implantadas pela CIPE que estão dando bons resultados.

"Várias ações tem sido desenvolvidas, como o estreitamento das relações entre a Secretaria de Educação e a Polícia Militar do Piauí. Começamos com a transformação do grupamento Pelotão Escolar em Companhia Independente de Policiamento Escolar, ganhando em estrutura jurídica e física com uma nova sede", destaca Tiago.

Outro dado importante para a diminuição dos índices relacionados à segurança pública, é a implantação de câmeras e programas preventivos nas escolas.

"Fazemos visitas às escolas com palestras educativas visando sensibilizar os estudantes para os riscos das drogas e da criminalidade. O Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas) e o Escotismo na Escola são outros projetos que dão reforço a essa ação. Além destes, fazemos formações de vigilância com os agentes de portaria, para que estes tenham um olhar preventivo no cotidiano escolar", frisa o comandante da CIPE. 

A pesquisa abrangeu 54,5 mil diretores das escolas públicas. Deles, 18,9 mil apontaram a existência da atividade. A situação, de acordo com especialistas, é preocupante e está associada diretamente à violência e à precariedade que cercam muitos centros de ensino do país, além de contribuir para que os alunos deixem de estudar.

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