O casal Valdeci Cardoso Pereira e Noêmia dos Santos Sousa registrou boletim de ocorrência no 8º Distrito Policial contra duas médicas, acusadas de negligenciar atendimento na maternidade municipal Wall Ferraz (Cianca), no bairro Dirceu. O fato ocorreu no domingo, dia 10 de março.
Fotos: Rayldo Pereira/ Cidadeverde.com
![](http://www.cidadeverde.com/noticias/editor/assets/img62/carol/image_1363974004248950%20(2).jpg)
Valdeci conta que a esposa, grávida de 39 semanas (nove meses) chegou à maternidade por volta das 7h30 com muitas dores, afirmando que a bolsa já havia estourado. Segundo Valdeci, o atendimento de urgência diagnosticou que a bolsa não havia estourado e o líquido seria urina.
Em entrevista, a Noêmia disse que seis dias antes havia feito o exame de ultrassonografia que apontou que o cordão umbilical estava ao redor do pescoço do feto e o parto só poderia acontecer através da cirurgia cesariana.
![](http://www.cidadeverde.com/noticias/editor/assets/img62/carol/mortematernidade2.jpg)
“Eles mandaram eu fazer vários exercícios e até tomar remédio para estimular um parto normal. E assim foi durante o domingo todo, só duas horas da tarde, que eu já estava com muitas dores eles fizeram outro exame e viram que o bebê estava ruinzinho”, afirmou Noêmia Sousa.
Segundo ela, o parto só aconteceu às 16 horas, nove horas após ter chegado ao hospital. Valdeci, pai da criança, afirma que as médicas retiraram o bebê com vida e o levaram para um balão de oxigênio, pois ele não havia chorado.
![](http://www.cidadeverde.com/noticias/editor/assets/img62/carol/image_1363976104450907.jpg)
“Elas falaram que ele não chorou, mas estava vivo. Estavam tentando reanima-lo e pouco tempo depois voltaram, dizendo que ele tinha morrido”, contou o pai da criança, Valdeci Pereira.
A família denuncia que as médicas não justificaram a causa da morte do bebê e teriam dito apenas que foi “uma fatalidade”.
![](http://www.cidadeverde.com/noticias/editor/assets/img62/carol/mortematernidade3.jpg)
De acordo com o atestado de óbito, expedido pelo hospital a criança já nasceu morta. O bebê seria o primeiro filho do casal que agora pede que seja feita Justiça pela morte dele.
“Nós queremos Justiça e esperamos que elas percam o registro de médico. A pessoa diz que passa seis anos estudando para fazer isso e não tem a menor condição de fazer um parto”, destacou.
A família também apresentou a denúncia no Conselho Regional de Medicina (CRM).Procurada pela equipe da TV Cidade Verde, a diretora do hospital,enfermeira Maria de Jesus Mousinho, preferiu não gravar entrevista, mas afirmou que todas as mortes são investigadas por uma comissão perinatal formada por médicos neonatologistas e obstetras. A investigação é aberta pela Fundação Municipal de Saúde e faz parte de uma política do Ministério da Saúde.
Ainda de acordo com a diretora, a família já recebeu uma cópia do prontuário, e as médicas continuam trabalhando normalmente.
Flash Rayldo Pereira