O Governo já comercializou, de maio de 2012 a março de 2013, 44,427 milhões de quilos de milho no Piauí e vai dispor de outros milhões para enfrentar o prolongamento da seca, garantindo meios para que os criadores possam alimentar seus rebanhos no período de escassez de pastos e de chuvas.

A garantia foi dada pelo superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Alysson Pego, que reconhece o desabastecimento temporário do armazém que o órgão mantém em Teresina. “Estamos há duas semanas sem receber nenhum carregamento, porque a transportadora contratada não vem cumprindo os prazos de entrega”, explica.

Alysson Pego assegura que a questão do transporte será solucionada definitivamente com o modelo de licitação adotado no último leilão, realizado no fim de março, onde o vendedor é obrigado a entregar o milho no local determinado pelo comprador, desobrigando o Governo da obrigação de contratar os transportadores. “Só aí ganhamos 45 dias, prazo necessário para a publicação de edital e contratação das transportadoras”, avalia.

No último leilão, a Conab adquiriu 50 milhões de quilos de milho, dos quais 3 milhões são destinados ao abastecimento dos armazéns que a companhia mantém no Estado. Além disso, o Piauí ainda dispõe de outros 3 milhões de quilos já contratados, mas ainda não entregues.

“O Governo se preocupa com o período da entressafra, que acontece de julho a novembro, e estamos garantindo milho para esta época”, diz Pego.

O milho adquirido pelo Governo é vendido a preço subsidiado aos criadores que mantém seus rebanhos na região castigada pela seca. Dependendo da quantidade adquirida, o milho pode sair a R$ 18 a saca de 60 quilos.