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Ronaldo defende Marin, mas garante apoio a Andrés em eleição

Membro do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, o ex-atacante Ronaldo é visto em diversos eventos ligados ao mundial e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) junto ao polêmico José Maria Marin, presidente da entidade. Acusado de corrupção e de envolvimento com a antiga ditadura militar do país, o mandatário recebe o apoio do Fenômeno, mas não o teria ao seu lado caso tentasse a reeleição contra o desafeto Andrés Sanchez.


Assim como o deputado federal e ex-jogador Romário, Ronaldo garante que ficaria ao lado do antigo diretor de seleções da CBF e presidente do Corinthians em sua passagem pelo clube caso ele decidisse se candidatar ao cargo máximo do futebol brasileiro.

“Eu apoio o Andrés, lógico. Ele é um grande amigo, um cara que na minha passagem pelo Corinthians foi muito correto. Participei diretamente da gestão dele. É alguém em quem confio, e se ele se candidatar realmente eu vou apoiar”, revela o pentacampeão, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar de endossar o antigo companheiro de Seleção no apoio a Andrés, Ronaldo exime Marin das críticas e acusações feitas pelo Baixinho. Recentemente, o presidente da CBF teve o seu nome envolvido em polêmica após a veiculação de áudios em que supostamente discutiria atos ilegais na entidade e também foi apontado pelo filho do jornalista Vladimir Herzog como um dos responsáveis por sua morte no período da ditadura militar.

“Temos de esperar antes de opinar. Pela minha posição, tenho que ser muito claro e ter minha opinião muito bem formada. Há coisas muito importantes acontecendo, ele está há pouco tempo na CBF. Não sei da vida dele no passado e o que eu tenho lido realmente parece ser muito grave. Só que temos que esperar para ver se não é especulação”, diz.

Apontado como um dos deputados federais mais ativos em Brasília, Romário tem recebido elogios por seu empenho em apurar os casos de corrupção do esporte brasileiro, principalmente do futebol. Inserido na CBF, Ronaldo rejeita seguir o mesmo caminho que o tetracampeão.

“Não existe a possibilidade nem a vontade, no momento. Mas eu não sei o dia de amanhã. Na última viagem a Brasília o ministro Aldo Rebelo me disse que tenho qualidades para ser um ótimo político. Tenho outra missão. Quero fazer a politicagem dentro do esporte, porque acho que o futebol tem muito que melhorar. Seria um desafio incrível também entrar na política”, relata.

Agenciando a carreira de alguns dos principais nomes do esporte brasileiro e um dos homens fortes na organização da Copa, Ronaldo pretende participar de cursos ligados ao marketing e à gestão esportiva e aprimorar o inglês para seguir ligado ao esporte após o mundial.

“Tenho o desejo de continuar, porque já estou nessa carreira, digamos, política do futebol. Já está engatada. Então, quero continuar e entrar em bons projetos. Tenho de me preparar bem para poder exercer uma função importante”, conclui.


Fonte: Gazeta
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