O secretário de administração municipal, Sérgio Honório afirmou que a prefeitura deve seguir com as terceirizações temporárias para garantir o funcionamento regular do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), no período de greve dos servidores. Segundo o gestor 14 servidores terceirizados já foram contratados e este número pode chegar a 21.
Fotos: Evelin Santos/ Cidadeverde.com
"Vamos seguir as ordens do prefeito e garantir o funcionamento regular do HUT. As recomendações jurídicas serão avaliadas. Mas o órgão responsável por dizer se a recomendação deve ser seguida ou não é a procuradoria geral do município", pontuou o secretário.
A ponderação de Sérgio Honório surge após a recomendação emitida pelo ministério Público de Teresina que pede a suspensão do contrato firmado com uma empresa de terceirização de pessoal para atender ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT). A recomendação partiu do promotor Fernando Ferreira dos Santos.
De acordo com o MP, o contrato é ilegal porque no quadro funcional da FMS existem cargos permanentes cujas atribuições são exatamente iguais às dos profissionais admitidos através da empresa. É o caso das atividades desenvolvidas por agentes de portaria, motoristas, auxiliares de serviços e técnicos em radiologia.
Sérgio Honório fez duras críticas à atual situação de crise em que se encontra o hospital, mas garantiu que o movimento grevista não levará a situação a um extremo. "Não vamos permitir que um pequeno serviço de sindicalistas parem o HUT", garantiu o secretário.
Para o gestor a recomendação foi recebida com surpresa, mas a gestão irá garantir o atendimento de urgência à população. Com a greve dos servidores que já dura 47 dias, a única forma de manter a realização dos atendimentos é a terceirização.
"A gente recebe com muita surpresa o Ministério Público é defensor dos direitos. Nós não pudemos supender os serviços de terceirização. Não vamos deixar as pessoas sem atendimento", reforçou o gestor.
"Farra de terceirizados"
Sérgio Honório foi enfático ao afirmar que existia uma "farra de terceirizados" e de despesas exageradas na gestão anterior. "Havia um descontrole no serviço de contratação, não funcionava", completou.
Segundo o secretário se comparadas as despesas de março de 2012 com março deste ano, existe uma economia de R$ 159 mil só com combustível, por exemplo.
"Nós temos diversas atividades sem nenhum retorno pra população. Estamos renegociando com as empresas para que reduzam o contingente desses serviços que a prefeitura não precisa.", concluiu o gestor.
Rayldo Pereira
