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Graça diz que Redívidas é forma de calote de débitos; Edvaldo contesta

A vereadora Graça Amorim (PTB) criticou duramente o secretário de Finanças da prefeitura de Teresina, Adimilson Lustosa. Em entrevista ao Jornal do Piauí, Graça afirmou que o programa Redívidas, instituído pela prefeitura para conhecer as dívidas contraídas pela administração Elmano Férrer (PTB), é uma forma encontrada para não honrar os compromissos com empresas que prestaram serviços e realizaram obras na administração anterior. 

Evelin Santos/Cidadeverde.com

"Para mim é uma forma de não querer pagar. Se quisesse, não precisa o Redívidas. Se todos os processos estão empenhados, se já foram pagas parcelas, são dívidas reconhecidas. A gestão pública é de forma continuada. Isso é forma de barrar a continuidade.A prefeitura é impessoal. Só um exemplo para mostrar a má fé: a construtora Hidros está fazendo a galeria da zona leste. Elmano não recebeu nenhuma parcela porque mal tinha dado início à obra. Outra que está construindo o Hospital do Monte Castelo recebeu uma parcela. São dívidas que não venceram na gestão passada e ele colocou como dívidas vencidas. Ele quer denegrir a imagem do ex-prefeito. Não paga porque não quer. Se ele tem dúvida de algum processo que ele pegue e analise, mas pague", afirmou a vereadora.


Graça criticou ainda o relatório solicitado por ela e enviado para a Câmara sobre os débitos. Ela explica que solicitou que fosse enviado nome, CNPJ, valores a pagar e de onde viria o recurso. O documento enviado, de acordo com a parlamentar, só detalha nome e CNPJ das empresas. "Como eu vou saber qual o débito de cada uma?", questionou. 


Além disso, a parlamentar afirmou que o secretário tem denegrido a imagem do ex-prefeito Elmano Férrer, desqualificando sua gestão. "Ele coloca para a população como se o ex-prefeito fez uma má gestão e contratou obras desnecessárias. A UPA do Renascença está colocada como dívida. Temos aqui inúmeros débitos da saúde. Mas R$ 35 milhões ficaram nos cofres da FMS", disse.

O vereador Edvaldo Marques (PSB), líder do prefeito na Câmara, nega que a intenção seja dar calote nos credores. Segundo Edvaldo, o programa de revisão das dívidas era necessário para que a atual gestão pudesse conhecer o que realmente se trata de débitos e reconhecer legalmente o que há para ser pago. Edvaldo assegura que a intenção da prefeitura é pagar as dívidas que forem legalmente reconhecidas.


"Não quero neste momento politizar este assunto, que foi pautado pela Câmara cumprindo seu papel. Foi editada pelo secretário de Finanças uma portaria para fazer este cadastramento dessas empresas apresentando as dívidas do município para que sejam saudadas e honradas. Esta relação totaliza 447 empresas e esta portaria diz que tem até o dia 30 de abril para consolidar as dívidas apresentadas porque a dificuldade de informações foram inúmeras. Por isso esse programa, para reconhecer a legalidade para o prefeito poder honrar", declarou Edvaldo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Martins (PSB), afirmou que está agendada uma visita do secretário Adimilson Lustosa à Câmara, junto com uma equipe técnica, para o dia 07/05. O secretário explanará aos vereadores a real situação das dívidas municipais.

Leilane Nunes
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