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Aspásia: sites e casas de shows são abertos;advogados debatem

Após um ano da Operação Aspásia, todas as casas de shows e sites acusados de favorecimento à prostituição e rufianismo estão funcionando normalmente. Ao todo, 14 pessoas foram indiciadas no processo que investiga o esquema em Teresina, que envolve até tráfico de mulheres. 

Evelin Santos/Cidadeverde.com

O advogado Neiva Filho, que defende a maioria dos envolvidos no processo, argumenta que garotas colocam anúncios em jornais oferecendo sexo e que o ambiente das casas de shows é livre para que as pessoas se envolvam emocionalmente. "O ambiente de diversão e entretenimento oferecido por dona Elisabete é livre, ela não coage ninguém para que frequente. Lá vai quem quer. Se há feeling entre as moças que lá frequentam e os clientes, a dona Elisabete não tem responsabilidade. Ela não responde por assuntos do coração", comentou em entrevista à TV Cidade Verde. 


Os advogados Nazareno Thé e Leôncio Coelho discutiram o tema no Jornal do Piauí desta quarta feira (14). Para Nazareno, o que aconteceu no momento das prisões foi um "show pirotécnico".

Ainda segundo o advogado responsável pela libertação de Elisabete Loudes Oliveira, a Beth Cuscuz, a atividade é lícita e o que acontece no ambiente das casas de shows não configura prostituição e se não há ilícito na atividade o governo tem por obrigação garantir que a profissão seja exercida.

"As pessoas tem liberdade para exercer suas atividades. O Estado proíbe atividades ilícitas. Independente de onde a pessoa vai trabalhar, o governo tem que dar garantias ao exercício da sua profissão", explicou.


Para o advogado Leôncio Coelho, tanto o que é praticado nos ambientes das casas de shows quanto o serviço oferecido através dos sites configura crime. "Se você monta um estabelecimento legalizado e você passa a vender entorpecente é crime, tem que fechar. Se montaram um comércio e praticam o rufianismo, é crime. Tanto que foi aberto um processo. Não conheço o rapaz. Estou falando na condição de advogado. Se ele foi contratado para montar o site ele não vai saber que tipo de conteúdo está sendo colocado?", declarou.

Leilane Nunes

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