O deputado Cícero Magalhães (PT) comentou nesta quarta (04) a polêmica envolvendo integrantes do PT e PSB sobre a ocupação de cargos no governo Wilson Martins (PSB) e a insatisfação de petistas. Cícero, que está na oposição ao governo desde 2011, declarou que o vereador Rodrigo Martins (PSB) está "nervoso" e que posicionamentos radicais costumam vir de petistas e não de integrantes do partido de Wilson Martins.

A polêmica começou com o pronunciamento do vereador Gilberto Paixão (PT), ontem, na Câmara, sobre a falta de repasses do governo para a Sasc, pasta dirigida pelo petista Francisco Guedes. Em seguida, Rodrigo Martins reagiu dizendo que nenhum secretário era obrigado a permanecer na pasta estando insatisfeito. 

Na manhã de hoje, em entrevista ao Notícia da Manhã, a deputada Flora Izabel (PT) comentou que as declarações de Rodrigo foram "impróprias e indelicadas" e lembrou que o PSB tem ministérios no governo Dilma Rousseff. 

Depois os vereadores Dudu do PT e Tiago Vasconcelos (PSB) também comentaram e, em entrevista ao Jornal do Piauí, Cícero defendeu que o PT não caiu de paraquedas no governo, já que teve grande participação na eleição do governador. 

"Estou na oposição ao governo desde outubro de 2011. Vendo as declarações do vereador [Rodrigo Martins] só me preocupa é que se o povo tiver insatisfeito ter que sair do Estado? Mas não gosto de falar nesse assunto porque não me pertence. Mas concordo com a Flora porque o PT não caiu de paraquedas, ajudou a eleger o governador. Vejo o vereador muito nervoso. É o presidente da Câmara, é jovem. Essas posições radicais antes eram do PT e hoje é de quem está no governo. A caneta está na mão do governador", disse.

Ainda segundo Cícero, o "divórcio" no Piauí deve ser um desdobramento da conjuntura nacional que se estabelecerá para as eleições do próximo ano, já que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), deverá ser candidato à presidência em oposição à tentativa de reeleição da presidente Dilma. 

Leilane Nunes