O programa Talentos contou um pouco da história de um item do vestuário, com inúmeros variantes, que tem a função principal de proteger ou enfeitar a cabeça: o chapéu. A apresentadora Lilly Araújo apresentou aos telespectadores da TV Cidade Verde, alguns artistas que contaram relatos da 'paixão' pelo acessório.

O paulistano Du e-holic viaja todo o Brasil à bordo de um veículo modelo Furgão, ano 1952, ensinando a arte de produzir o acessório. O chapeleiro, de 31 anos, conta que a aventura teve início em janeiro, deste ano, e que já chegou a ficar três dias em uma cidade por problemas mecânicos no carro. 

"Trabalhava no setor financeiro e, fora isso,tive uma experiência com a fabricação de chapéus e descobri que ser chapeleiro seria uma forma de retribuir tudo o que aprendi. No percusso, acumulo muitas histórias inusitadas e fiquei três dias em Olinda-PE porque o carro deu problema. De toda forma, você tem que amar o que faz e hoje tiro meu sustento desta arte", diz  Du e-holic.

No Piauí, o chapeleiro esteve nos municípios de Valença e Teresina e ministrou oficina de confecção de chapéus para crianças com câncer. "Escolho o destino pela intuição e busco desenvolver meu trabalho, principalmente,  para pessoas desamparadas", reitera. 

Du e-holic conta também que carrega durante as viagens apenas um colchão de ar, uma mini geladeira, um barril pequeno de água, mesa e máquina de costura e para se sustentar nesta aventura pelo país, vende e confecciona os próprios chapéus. 

Com um biombo improvisado e de cara pintada,  Wellington Sampaio mantém a tradição de passar o chapéu durante apresentações. No palco do Talentos, o artista de rua revela que a paixão por este item do vestiário ultrapassa a arte.

"A tradição de passar o chapéu vem da época medieval, pois naquela período não existiam teatros fechados e era uma maneira das pessoas arrecadarem dinheiro para manter a trupe. Sou apaixonado por chapéus e tenho vários tipos vaqueiro, panamá, de couro, confeccionado com palha de buriti e até com couro de tartaruga", disse o artista de rua.

O programa especial sobre chapéu contou ainda com a participação especial de Rozylda que conferiu o treino do time de futsal Cajuína Esporte Clube e arriscou ainda algumas embaixadinhas. Os atletas, bicampeãs piauienses, simularam o famoso passe do futebol também conhecido como 'chaleira', considerado o gol mais bonito do ano, até agora.

A dupla sertaneja Erick e Deylon, de Minas Gerais, também incorporou o acessório durante os shows e revelou que a peça já faz parte do figurino. 

"Usar chapéu é uma característica dos sertanejos. Particularmente, comecei a usar quando o cabelo ficou pouco", brinca o sertanejo Deylon. 

Durante o programa, a dupla apresentou músicas que se tornaram grandes sucessos na voz de sertanejos como Jorge e Mateus e Gustavo Lima.