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Moradores da zona Sul se queixam de insegurança e pedem providências

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Moradores da rua Francisca Laerte, que divide o conjunto Tancredo Neves do loteamento Progresso, zona Sudeste de Teresina (PI), reclamam do alto índice de assaltos a residências, comércios e até mesmo pedestres. Bandidos em motos ou casais estariam usando mulheres grávidas, crianças e orelhões para disfarçar as ações criminosas.

Fotos: Geísa Chaves/Cidadeverde.com

Nenhum morador quer se identificar. Um deles, um músico que mora no Tancredo Neves reclama do fechamento do Posto de Policiamento Ostensivo, substituído por viaturas do Ronda Cidadão. "O Governo fez a pior besteira em ter tirado o PPO", declarou. Segundo ele, os moradores vivem em pânico e a viatura não chega a tempo para prender os bandidos. 


Moradores contam que bandidos sobem tranquilamente nos postes, em plena tarde, e furtam a fiação elétrica. Jovens também já arrancaram a porta de um estabelecimento comercial, tendo vizinhos como testemunhas.


Outra moradora relatou que os assaltos não possuem hora certa para acontecer. Ela contou só ouvir gritos de vítimas quando está dentro de casa. A mulher já avistou pessoas sendo seguidas e chamou as mesmas para se abrigarem em sua residência. Também viu grupos de mulheres andando juntas para evitarem ser roubadas. 


Na Paróquia Imaculada Conceição de Maria, durante uma missa, dois jovens entraram feridos na igreja. Outros dois rapazes chegaram correndo no templo religioso, mas não entraram após perceberem a chegada da polícia. 


Uma representante da Legião de Maria relatou que, durante uma reunião do grupo, um casal pediu informações sobre quando o padre chegaria. Minutos depois, eles voltaram anunciando o assalto, ela com uma faca e ele com um revólver. Levaram bolsas e outros pertences pessoais, além de um carro, que foi encontrado depois. "Está um absurdo. O bairro está desprovido de segurança. Do jeito que está não pode continuar", declarou.


Um comerciante da região ressaltou os altos índices de crimes. "Nós temos que rezar para sairmos de casa e voltarmos vivos, pois a qualquer hora podemos ser abatidos. Será que nós, que pagamos o salário dos políticos e do judiciário, não temos direito a segurança?", questionou o empreendedor, que colocou cerca elétrica em casa na tentativa de inibir os bandidos. 


Geísa Chaves (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (Da Redação)
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