O secretário estadual da Saúde, Ernani Maia, desabafou durante entrevista no Jornal do Piauí desta terça-feira (31). Ele alerta que se o número de acidentes de trânsito não minimizar em breve, o sistema de saúde pública entrará em colapso.
Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.com
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“O trauma ainda é a demanda mais grave. Se reduzirmos pela metade os índices não estaríamos com o HUT lotado. Nos primeiros dias de janeiro vamos nos reunir com o prefeito de Teresina e com as autoridades de segurança. Algo tem que ser feito ou o sistema entra em colapso”, avalia.
O gestor alerta ainda que do total de pacientes atendidos na rede pública de saúde, 80% dos pacientes ortopédicos. A situação é resultado, de acordo com as autoridades, do uso abusivo de álcool antes de se conduzir veículos automotores.
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“Um novo hospital não se constrói em um mês. É um processo demorado. Por isso, peço até pelo amor de Deus, na virada do ano e todos os dias de 2014 não peguem carro depois de beber. Você vai sair morto, mutilado ou ficar em hospitais”, disse Ernani Maia.
Força Estadual de Saúde
De acordo com o secretário, o projeto, que leva cirurgiões efetivos do Estado para atender no interior do Piauí foi criado para suprir “vazios assistenciais”. Desde outubro, quando a iniciativa começou, já mais de 500 pacientes atendidos e operados.
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“São grandes profissionais atendidos. Quero deixar claro que não é um mutirão. A Força Estadual vai ser uma ação permanente até que profissionais sejam concursados para o interior. Temos que cuidar logo porque um doente de média complexidade pode virar de alta. Isso é que queremos evitar”, explica.
Hospital de Picos e nova Maternidade
Com a autorização para construir o Hospital de Picos e nova maternidade em Teresina deve disponibilizar 600 novos leitos hospitalares para o Estado. “Essas obras corrigem, pelo menos, 35 anos sem construir um novo leito pelo Piauí”, defende Ernani Maia.
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Após licitação de empresa, as obras vão ser acompanhadas de perto para que os prédios sejam entregues em tempo definido. “Depois, vamos discutir se a Maternidade Evangelina Rosa vai continuar, se vai ser desativada ou se vai ser utilizado para outros fins”, analisa o gestor.
Lívio Galeno