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Trabalho escravo: Seis piauienses são resgatados em SP

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Uma operação de combate ao trabalho escravo resgatou 6 piauienses da cidade de Barras, que eram mantidos em cárcere privado em fazendas de São Paulo e Rio de Janeiro. 


A auditora do Ministério do Trabalho e Emprego Flávia Lorena afirmou, em entrevista ao Notícia da Manhã desta quinta-feira (23), que as verbas devidas pela empresa terão que ser pagas integralmente. 

"Enquanto esses valores são calculados e repassados, os funcionários ficam em um hotel também custeado pelas empresas. Se não pagarem, os bens são bloqueados", explicou a auditora.



Os piauienses resgatados terão direito também ao seguro desemprego. A situação de trabalho escravo foi flagrada após denúncia ao MTE. Os seis trabalhadores de Barras eram da mesma família e foram identificados como: Francisco Jesus Brito, 32 anos, Antonio José da Silva, 25 anos, Francisco de Souza Araújo, 24 anos, Francisco José dos Santos Lima, 18 anos, Carlos Augusto Alves de Souza, 24 anos, e Patrício Alves de Souza, 19 anos. 

Eles foram de Barras para São Paulo há seis meses, para trabalhar em uma carvoaria e receber R$ 1.045, mas o salário nunca foi pago. Flávia Lorena enfatizou a importância do ato e explica o que move esse tipo de exploração. 

"Geralmente a pessoa se submete a isso por conta da vulnerabilidade, que a faz sair do Estado ou cidade de origem para arranjar emprego e poder sustentar a família. Trabalhamos em cima de denúncias, que são feitas pelos próprios trabalhadores, quando eles conseguem fugir", destacou a auditora.

Nas operações do MTE é comum a apreensão de ônibus que transportam trabalhadores sem a devida documentação trabalhista. "A empresa tem que ter a autorização de transporte desse trabalhador, com todas as informações e contratos de trabalho de todos as pessoas", finalizou.

Jordana Cury

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