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Auditor fiscal nega que trabalhadores resgatados em carvoaria são do Piauí

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Circulou na imprensa local na última quarta-feira que seis dos 26 trabalhadores resgatados de carvoaria no Estado de São Paulo, em situação de trabalho análoga a escravidão, seriam da cidade de Barras, a 119 quilômetros de Teresina.

Foto: SRTE-SP

O Cidadeverde.com entrou em contato com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP) e obteve a informação de que os resgatados não são do Piauí. A informação creditada ao auditor fiscal Renato Bignami foi desmentida.

De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, a maioria dos trabalhadores resgatados tem origem nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. A instituição até estuda divulgar nos próximos dias lista com nomes e Estado de cada trabalhador.

Fotos: Michel Filho/Agência Folha

A operação recebeu o nome de Gato Preto. Ao todo, sete menores foram encontrados em condições de trabalho infantil e dezenove trabalhadores que eram mantidos em condições análogas à escravidão em carvoarias de cidades no interior paulista. 

A ação teve participação de mais de 100 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Justiça do Trabalho e da Advocacia Geral da União (AGU). Os inquéritos seguem até a próxima semana. 


No primeiro dia foram fiscalizadas 10 carvoarias nas cidades de Pedra Bela, Joanópolis e Piracaia. Após a fiscalização, seis carvoarias foram fechadas por falta de condições de trabalho e as crianças e adolescentes que trabalhavam com quebra de carvão, ensacamento, pesagem, costura de sacos, entre outras atividades, foram afastados do local.
 
Confusão
Em nota, o Ministério Público do Trabalho do Piauí esclareceu que os seis trabalhadores de Barras, citados como resgatados na Operação Gato Preto, na verdade, procuraram a Central Sindical e Popular (Conlutas) e denunciaram que uma construtora paulista estaria mantendo trabalhadores em condição análogo à de escravo. 


Os dirigentes da Conlutas encaminharam os relatos à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo e ao Ministério Público do Trabalho que devem inspecionar o canteiro de obra para confirmar a denúncia.

Se for confirmado que a empresa não fornecia equipamentos de proteção individual e nem estava pagando os salários dos trabalhadores, o MPT deve firmar um TAC. Após receberem todos os seus direitos, os piauienses retornarão para as suas famílias.

Lívio Galeno
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