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Central libera presos flagrados com R$ 30 mil em cocaína pura

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As sete pessoas presas na tarde desta terça (18) com R$ 30 mil em cocaína pura foram liberadas da Central de Flagrantes antes mesmo da polícia deixar o local. 

Fotos: TV Cidade Verde

O grupo foi flagrado em uma casa na rua Monteiro Lobato, bairro São Joaquim, zona Norte. De acordo com o capitão Fábio Abreu, das Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), a denúncia foi feita através do aplicativo de mensagens para telefones Whatsapp, adotado pela Polícia Militar desde o final de fevereiro.

Um dos adolescentes apreendidos admitiu ser o dono da boca de fumo. Por ser menor de idade, ele foi liberado. Os demais assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência como usuários de droga e também foram liberados.


Para o capitão Fábio Abreu, subcomandante do Rone, ações como essa são uma "aberração". "Os policiais fecharam mais uma boca de fumo, mas acontece uma aberração. Eles não vão parar de traficar. É uma pena, mas a gente não pode baixar a cabeça, tem que cumprir a missão, que foi, pelo menos, tirar a droga de circulação", lamenta o capitão.


A polícia reforça que os acusados foram liberados antes da saída da equipe que efetuou as prisões. "Para se ter uma ideia, nós fizemos a ação e perdemos mais tempo com os procedimentos na delegacia do que os próprios presos. É triste", desabafa.

Delegado responde

O delegado Francis Eduardo Lira, que fez o procedimento na Central de Flagrantes, explicou que, de acordo com a apuração, somente um adolescente era responsável pela droga. Como é menor de idade, o acusado foi apreendido e liberado em seguida. SEgundo a Constituição, menor de idade só pode ficar preso se houver violência física. 

Foi feito um BOC (Boletim de Ocorrência Circunstancial) e ele vai responder pelo crime de tráfico. Os demais adolescentes foram liberados porque não foi comprovado que eles estavam traficando, mas somente estavam no mesmo local em que a droga foi encontrada.

Ainda segundo o delegado, o valor de R$ 30 mil divulgado pelo Rone não condiz. A droga custaria, na verdade, R$ 1.800. Como se trata de menores, o caso foi repassado pela Delegacia do Menor Infrator e todos os envolvidos serão investigados. 

"A lei é muito frágil e, infelizmente, o menor só pode ficar apreendido se ele agir com violência", disse.

Ampliada às 11h39

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Redação de Leilane Nunes
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