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Inscrições de casais gays para sorteio de casas vira polêmica

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O projeto é da vereadora Teresinha Medeiros (PPS) e quer garantir direito de inscrições a casais homoafetivos na inscrição em projetos de moradia. Mas a bancada evangélica da Câmara Municipal declarou voto contra devido a polêmica do tema.

Fotos: Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde

Por questões ideológicas, parlamentares são contra a medida por não considerar a união entre pessoas do mesmo sexo como formação de família. Vereadores chegaram a afirmar que a medida “privilegia” o público gays perante a realização de sorteios.

“Esse direito [reconhecer união homoafetiva] já é reconhecido pela Constituição. Mas na prática o que vemos são casais gays que são discriminados. O projeto garante a inscrição e não dá nenhuma prioridade a ninguém”, defende Teresinha Medeiros. 


Atualmente, a bancada evangélica municipal é composta por sete vereadores. Para abrandar a discussão, pastor Levino de Jesus defendeu, durante debate no Jornal do Piauí desta quarta-feira (02) a realização de casais homoafetivos apenas em caráter individual.

“Não sou contra as pessoas ganhem suas casas, mas isso é uma convicção religiosa. Discordo apenas da união homoafetiva por motivos religiosos. Deus fez o homem para a mulher. Sendo assim, casais formados por pessoas do mesmo sexo não tem direito a se inscrever”, explicou.


Nesta quarta-feira, o projeto de lei foi lido em plenário. Agora, a proposta segue para análise das comissões da casa. A tendência é que a propositura volta para votação no início da próxima semana.

Lívio Galeno
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