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Em sessão especial na Alepi, Merlong critica demora para adoção

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Atendendo ao requerimento do deputado Merlong Solano (PT), a Assembleia Legislativa realizou, na manhã desta segunda-feira(26), sessão solene pelo Dia Nacional de Adoção, comemorado neste domingo (25).  A sessão foi marcada por vídeos de depoimentos emocionantes de crianças que estão internadas em abrigos mas que não perdem a esperança de rever os pais e irmãos. Estas crianças são órfãs ou abandonados pelos pais e só com adoção podem ter um novo lar.
 
A sessão foi presidida pelodeputado Hélio Isaias(PTB), que chamou para compor a mesa Luzinete Barros, com conselho da infância da OAB; Raimunda Antunes, do Conselho Nacional da Criança; Marco Aurélio, da CEF; Luciana Evangelista e Cláudia Martins, que é mãe adotiva, além da juiza Maria Luiza Melo Freitas, da 1a. Vara da Infância e da Adolescência e Francimélia Nogueira, coordenadora do CRIA – Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção.

 
Merlong Solano falou dos avanços das leis que procuram proteger crianças e adolescentes brasileiros a partir da Constituição Federal de 1988, passando pelo ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, embora estas leis não estejam sendo suficientes para garantir com rapidez e presteza a uma simples adoção de uma criança.

O deputado criticou a demora no processo de adoção. “Existem dezenas de casos de pais que têm a guarda provisória de crianças a mais de dois anos e estão à espera da decisão final da justiça e esta indefinição acaba prejudicando a todos”, disse Merlong, que pediu ao Ministério Público e ao Judiciário que deem mais agilidade a estes processos.
 
Em seguida falaram os pais adotivos Marco Aurélio e Cláudia Martins, que falaram da experiência, das alegrias e agruras do processo de adoção, além das atitudes discriminatórias da própria sociedade. Cláudia contou a história absurda de um coleguinha de escola de seu filho que chegou pra ele e disse: “Mamãe falou que tua mãe num é tua mãe porque tu não nasceu da barriga dela.”, o que demonstra a ignorância desta mãe.
 
Coordenadora do CRIA, Francimélia Nogueira falou da luta diária para a manutenção do Centro, que é uma entidade não governamental que conta com o apoio do Estado apenas para o pagamento do aluguel do prédio. “São quatro anos e meio de caminhada”, disse Meire, explicando que “o Cria é uma entidade sem fins lucrativos constituida por assistentes sociais, psicológos e pedagogos e outros profissionais liberais, que tem como objetivo melhorar a vida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social em que hoje vivem nos abrigos do Piauí”.
 
Por último falou a juiza Maria Luiza Melo Freitas que admitiu a lentidão no processo de adoção, mas ressalvou que toda a culpa não pode ser atribuida só à Justiça. “É preciso um esforço conjunto dos 3 Poderes e mais o Ministério Público, além de mais ação de organismos estatais que cuidam da saude e da educação.

Da Redação
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