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"Não teve barganha e nem rasteira" diz Wellington Dias sobre coligações

Em entrevista no Jornal do Piauí desta quinta-feira (26), o senador Wellington Dias (PT-PI) rebateu críticas do governador Antônio José de Moraes Souza Filho (PMDB) contra a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) e disse que não faz barganha na sua pré-candidatura a governador. 

Fotos: Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde

Perguntado sobre a diferença de partidos que apoiam a candidatura de Zé Filho e a sua (18 contra 10), Wellington Dias respondeu que seus aliados estão na mesma chapa por convicção. "A gente faz campanha é com quem quer fazer. Os que estão é voluntariamente. Não teve barganha, não teve rasteira, não teve traição. Não teve ninguém que veio no anzol, na marra. Veio porque veio de coração. Campanha tem que ser feita assim. Com paixão, com coração".

Questionado se alguma chapa estava agindo dessa forma, Dias desconversou. "A campanha eu faço com quem quer. Fazer campanha empurrado, ou comprado, como se compra boi, isso não dá certo. Quem aposta em máquina pública, dinheiro, barganha, eu acho que desrespeita o povo", acrescentou. 

Sobre os aliados, o petista elogiou sua pré-candidata a vice, Margarete Coelho (PP) e o pré-candidato a senador, Elmano Férrer (PTB), a quem chamou de "furacão" pela aceitação de seu nome, em especial na capital. 


PMDB com o PSDB
Wellington Dias rebateu ainda reclamações de Zé Filho que teriam motivado sua adesão a candidatura de Aécio Neves a presidente da República. Aliás, afirmou que a adesão do PSDB ao PMDB no Piauí foi condicionada ao apoio nacional. "Essa foi uma razão para ter o PSDB como aliado. A condição foi uma declaração pública com o Aécio", afirmou.

Nesta semana, Zé Filho esteve no Jornal do Piauí e disse não temer retaliações do Governo Federal por conta de sua posição política. Declarou que o Piauí já é desprestigiado pela gestão petista e quem não possui nada, não tem como perder.

Hoje, o petista rebateu a declaração e disse que não haverá retaliação porque o Governo Federal não trabalha com corte de verbas ou de cargos. "A presidente é presidente do povo do Piauí. Foi eleita e quer honrar inclusive trabalhando com todos os partidos, independente do processo eleitoral". 


Wellington Dias disse ainda que não irá "cuspir no prato que comeu". Questionado se alguém está agindo assim, o senador respondeu: "O que posso falar é de mim. Eu não o farei".

Porto, energia, água...
O senador petista rebateu as críticas feitas por Zé Filho em relação a pontos que motivaram a mudança no seu apoio na disputa presidencial. Citou, inclusive, que Dilma Rousseff já esteve no Piauí duas vezes só neste ano para inaugurar obras. E emendou: "Permita-me dizer: tira o que foi feito do governo Lula e do governo Dilma e vê o que fica no Piauí inteiro". 

Sobre o porto de Luiz Correia, Wellington Dias afirmou que a obra continua no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O problema, segundo ele, é de projeto.


A respeito do caos energético, o senador mencionou a decisão de descentralizar a gestão, com a nomeação de um presidente no Piauí, além da liberação de recursos para melhorar o sistema elétrico. 

Em relação a seca e falta de carros-pipa para ajudar os flagelados, Wellington Dias afirmou que o período de chuva já ajudou vários municípios e a necessidade dos veículos não é permanente, sendo suprida por outras ações, como o atendimento feito pelo Exército.

Apesar das críticas na pré-campanha eleitoral, Dias afirma que sua relação com Zé Filho ficará inalterada. "Não é por causa de uma eleição que vou mudar minha personalidade. Eleição não pode ser um vale tudo".


Fábio Lima
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