Cidadeverde.com

Novas tecnologias desafiam candidatos na caça ao voto, dizem especialistas

Foi-se o tempo em que o voto era ganho no xingamento a adversário em  cima de um caminhão ou ludibriando o eleitor com propostas impraticáveis através de discursos vazios.

Com o eleitor mais esclarecido, com a democratização do acesso à informação, com as novas tecnologias ao alcance da mão, o desafio da classe política é convencer o eleitorado dominando as ferramentas atuais de comunicação.

Facebook, instagran, twitter, sites, blogs, programas de mensagens instantâneas formam uma parafernália de instrumentos que requer do candidato – ou de sua equipe de comunicação – muita habilidade para que sua mensagem seja absorvida e considerada pelo eleitor que está presente nestas mídias, convertendo-o ao voto.

O consultor político com especialização em Marketing Político, Gestão Pública e Comunicação Institucional, Aurízio Freitas, destaca que os candidatos têm que estarem preparados para a guerrilha virtual. Ele ressalta que uma boa assessoria na rede social pode minimizar os danos como boatos e informações falsas espalhadas na rede.

“Se você ainda não fala na rede, outros falarão por você”, alerta  Aurízio Freitas, que é da Associação Brasileira dos Consultores Políticos e veio a Teresina ministrar palestra para políticos piauienses.

Consultor político, Aurízio Freitas

Ele lembrou que o Facebook é a ferramenta mais usada na campanha. Segundo ele, pesquisa do Ibope Mídia revela que o principal local de acesso da população é a lan house com 31%, seguido da própria casa, 27%. “Há uma mudança do eixo da comunicação que é escutar, dialogar e compartilhar”, disse o consultor.

 

Profissionalização das campanhas

“Hoje as campanhas políticas se profissionalizaram justamente porque o público-alvo – o eleitor – está mais exigente e mais resistente às propostas formatadas meramente pra seduzir, porém desvencilhadas da prática”, afirma o jornalista Raimundo Filho, filiado à Associação Brasileira de Consultores Políticos - ABCOP.

Para Raimundo, o político que não considerar o anseio do eleitor, as suas carências, a conjuntura na qual ele se insere e preparar sua comunicação para atuar neste cenário, considerando estes elementos, estará fadado ao fracasso. “Do slogan ao jingle, da fonte usada no material impresso ao plano de mandato, tudo tem de ser estrategicamente preparado de acordo com o perfil do candidato, com o que ele representa, com o eleitorado pelo qual ele quer ser votado”, explica o jornalista.

Jornalista Raimundo Filho

Atualmente, o maior desafio é entender como utilizar com sucesso ferramentas como as redes sociais. O especialista em Assessoria de Imprensa, Robson Costa, diz que o segredo está em fazer com que o político converse com seus públicos. “Não adianta ter facebook. Não adianta ter 50 mil seguidores. É preciso saber gerenciar esses contatos. É preciso saber utilizar a ferramenta”, alerta Robson.

Costa reforça que o segredo de instrumentos como redes sociais, por exemplo, está na interatividade entre político e eleitor e na postura adotada na plataforma para agregar valor à campanha. “Sem um diagnóstico, sem planejamento, sem uma estratégia definida, ficará mais difícil ainda agradar o atual eleitor. Mais: o formato usado hoje não servirá para a campanha de amanhã. Como o de ontem não serve para a de hoje”, finaliza Robson.

 

 

Flash Yala Sena
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais