O 20º Grito dos Excluídos realizou ato de protesto paralelo ao desfile oficial dos militares na avenida Marechal Castelo Branco. Os manifestantes levaram varrouras numa simbologia de combate a corrupção e a compra de votos. Cerca de 200 pessoas participaram do protesto entre integrantes da igreja, sindical e partidos.
Este ano, os manifestantes optaram não desfilar logo após o encerramento dos oficiais. O ato foi durante o desfile na pista ao lado da Assembleia Legislativa.
Atualizada às 10h20
O desfile de 7 de Setembro já vive seus momentos finais. Um dos momentos de destaque ficou com o desfile do pelotão feminino da Polícia Militar do Piauí, comandando pela tenente Claudeni, que ao passar pela avenida Marechal Castelo Branco foi bastante aplaudido.
Cerca de 3 mil homens da corporação desfilaram com forte presença da Rone, Bope, Batalhão de Operações e da Polícia Comunitária. A apresentação de viaturas e a passagem da cavalaria fecham oficialmente a edição 2014 do evento cívico.
Agora, os integrantes do Grito dos Excluídos já se preparam para realizar seu desfile pela via oficial.
Atualizada às 9h35
Os manifestantes que integram o Grito dos Excluídos chegaram até o palanque oficial das autoridades e fizeram ato em defesa do Hospital de Urgência de Teresina e a contra as Organizações Sociais de Interesse Público (OSCIP) que tem por objetivo agilizar a contratação de servidores para a saúde.
Para o prefeito de Teresina foi dito: “Firmino, que papelão / Oscip é privatização”. Já para o governador do Estado foi dito: “Zé Filho, que maquiagem / HUT tem que ser de verdade”. As palavras de ordem foram entoadas por membros do partido PSTU.
Os realizadores do Grito dos Excluídos também denunciaram a violência, a corrupção, a fome e apresentaram dados. Segundo o IBGE, 34 milhões de brasileiros vivem na miséria, cerca de 15 mulheres morrem por dia no Brasil de forma violenta.
As vítimas, em sua maioria, são negras, de baixa escolaridade e que vivem na região Nordeste.
Atualizada às 9h
O movimento popular civil organizado que recebe o nome de Grito dos Excluídos iniciou desfile paralelo ao de 7 de Setembro de forma antecipada e paralela. Cerca de 300 pessoas estão reunidas com vassouras nas mãos com o objetivo de “varrer a corrupção e a compra de votos”.
Neste ano, o tema é “Ocupar ruas e praças por liberdade e direitos”. De acordo com o membro da comissão da Pastoral da Terra, Ana Lúcia Corbani, a mensagem é para fazer que o sistema político atual seja limpo já que, na visão dela, está ineficiente.
“É um equívoco a atual forma de administração hoje. Com esse ato estamos varrendo a corrupção, a politicagem, a compra de votos e também estamos criticando a dominação da sociedade e da cultura”, avaliou.
Já Hortência Mendes, Caritas, está aproveitando a aglomeração de pessoas para colher assinatura para o projeto de Lei que versa sobre a reforma política no país. O indicativo já tramita no Congresso Federal com apoio da CNBB e OAB e necessita de 1 milhão de adesões.
“O projeto é para a retirada do abuso do poder econômico das eleições. Não queremos mais que se permita que empresas façam doações para candidatos ou partidos e que a eleição em dois turnos seja de forma diferente da atual”, relata a ativista.
A iniciativa que ainda aumentar a participação de negros e indígenas na política. Os candidatos aos governo do Estado do Piauí Daniel Solon (PSTU) e Maklandel Aquino (PSOL) estão no desfile aderindo ao movimento do Grito dos Excluídos.
Atualizada às 9h
Com o tema "Ocupar ruas e praças por liberdade e respeito", o Grito dos Excluídos acontece pela vigésima vez no desfile de 7 de Setembro de Teresina (PI). O grupo faz uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) com vassouras, simbolizando a limpeza de tudo de ruim do poder público.
Idealizado pela Igreja Católica e acolhido pela sociedade civil, o Grito dos Excluídos tem como objetivo apresentar para a população as principais reivindicações e mazelas do povo carente.
"Estamos aqui para pedir mais atenção para o povo, principalmente os pobres, que são os que mais sofrem com a falta de atenção e políticas públicas do Governo do Estado", afirmou Adonias Moura, coordenador da Cáritas Regional.
Entre as reivindicações apresentadas pelo grupo, estão o combate à violência, ao trabalho escravo e infantil, o tráfico humano, e a criação de políticas de convivência com a seca para o semiário.
A intenção dos integrantes é desfilar pela avenida Marechal Castelo Branco após o término do desfile oficial de 7 de setembro.
Flash de Yala Sena e Emanuela Pinto
Fábio Lima e Lívio Galeno (Da Redação)
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