Dezessete entidades sindicais e de movimentos populares alertaram, durante protesto nesta quinta-feira (25), que se houver reajuste da tarifa de ônibus na capital o movimento irá parar Teresina (PI). 

Nesta quinta-feira, segundo Sindicato dos Trabalhores de Empresas de Transportes Rodoviários de Teresina (Sintetro), 100% dos ônibus da capital estão parados desde 9h e ficarão assima até 12h. A concentração dos manifestantes se deu na Praça da Bandeira, ao lado do Shopping da Cidade.

O estudante universitário Hector Belém Martins, 21 anos, afirmou que a tarifa de R$ 2,10 já é abusiva e os ônibus estão sucateados. "Se houver reajuste da tarifa de ônibus vamos para a rua novamente. Teresina cresce horizontalmente, mas as rotas de ônibus não contemplam as necessidades, principalmente dos bairros mais distantes". 

Ajuri Dias, diretor da Central Única dos Trabalhadores no Piauí (CUT), disse que a entidade também é contra o reajuste. "O valor que é pago na passagem já é justo. Não deve ser reajustado devido as péssimas condições de transporte em Teresina", afirmou. O sindicalista ressalta que a reivindicação da entidade é aumentar a frota de ônibus, já que a mesma teria sido reduzida para 379, para se adequar ao edital da licitação das linhas do transporte público.

Francisco das Chagas Oliveira, presidente do Sintetro, disse que o protesto dos motoristas é contra as más condições de trabalho. "Hoje os terminais de ônibus estão em péssimas condições, sem banheiro, bebedouro, e dirigindo em rotas sem asfalto".

Oliveira denuncia que a frota foi reduzida. "Nem a Strans e nem o sindicato dos motoristas sabem quantos ônibus circulam em Teresina, se perdeu o controle", disse. Segundo ele, pela planilha de custos, deveriam trafegar 474 ônibus, mas o sindicalista não acredita que se chegue a 390. 

Yala Sena (flash)
Fábio Lima (Da Redação)
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