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Comissão da Verdade apontou três locais com grave violação dos direitos humanos no Piauí

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  • Porão_da_Central_de_Artesanato_(6).jpg Porão na Central de Artesanato recebeu presos políticos, mas não está no relatório
    Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde
  • Porão_da_Central_de_Artesanato_(3).jpg Porão do antigo quartel da PM, onde hoje funciona a Central de Artesanato. Local não foi listado no relatório da Comissão da Verdade
    Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde
  • CNVmapa2.jpg Mapa mostra locais de violação de direitos humanos no Nordeste
    Fonte: CNV
  • CNVmapa1.jpg Mapa da Comissão da Verdade com locais onde direitos humanos foram violados
    Fonte: CNV
  • _MG_7301.jpg 25º Batalhão de Caçadores, em Teresina, foi apontado pela Comissão da Verdade como local usado pela ditadura
    Foot: Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde

O relatório da Comissão Nacional da Verdade, divulgado na última quarta-feira (10), apontou três locais no Piauí como de graves violações de direitos humanos entre os anos de 1964 e 1985, período do regime militar no Brasil. 

Veja o relatório

Foram relacionados em Teresina o 25º Batalhão de Caçadores (25º BC), o Departamento de Ordem e Política Social (DOPS), que ficava por trás de onde hoje funciona a Delegacia Geral de Polícia Civil, e a penitenciária estadual do Piauí, que ficava na área onde hoje existe o ginásio Verdão. 

O documento não especifica que tipo de crime teria ocorrido no Piauí nesses três locais. 

De acordo com o relatório, nos 230 locais listados de todo o País houve a "identificação da ocorrência em suas dependências, de forma generalizada, contínua e sistemática, de graves violações de direitos humanos. Nesses locais, detenções ilegais e arbitrárias, tortura, execuções e desaparecimentos forçados foram práticas rotineiras, que obedeceram a uma política de Estado". 

A Comissão não listou a Central de Artesanato Mestre Dezinho, onde funcionou quartel da Polícia Militar do Piauí e cujos porões abrigaram presos políticos. Mas não há registro de que torturas tenham ocorrido no local. Mesmo assim, o relatório admite que "o cometimento dessas graves violações se deu em número muito maior de instalações, espalhadas por todo o país". 

O trabalho levou dois anos e sete meses de investigação, com 1.200 depoimentos de vítimas e acusados de atuar na repressão. O relatório cita ainda dois piauienses que morreram na Guerrilha do Araguaia, no Pará. O corpo de um deles nunca foi encontrado

 

Fábio Lima
[email protected]

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