O velório de Genu Moraes, 87 anos, que morreu na manhã desta quarta-feira (07) é marcado por lembranças e comoção de amigos e parentes. O velório acontece em sua residência, na Avenida Antonino Freire, centro de Teresina. O enterro está marcado para às 8h desta quinta-feira no Cemitério São José. O jornalista Kenardy Kruel, que fez a biografia: "Genu Moraes, a mulher e o tempo", disse que o livro tira esse ar de dondoca e mostra uma mulher que, mesmo filha de governador e palaciana, era simples e popular.

"Ela era plural em todos os sentidos, tanto na política, no comportamento, na moda", afirmou. Ele lembrou de fatos da época que Genu era presidente do sindicato dos jornalistas do Maranhão em um momento de bastante violência. "Na época da ditadura ela se candidatou contra os Sarney", afirma o jornalista, que destaca a falta de recursos para terminar e lançar o livro.

A biografia foi produzida em 2 anos e reúne mais de 20 anos de conversa com Genu.

O ex-presidente da Fundação Monsenhor Chaves, Zé Elias Arêa Leão, destacou a sua alegria. "Ela sempre foi uma pessoa alegre e de muita esperança e atenta ao seu tempo", afirmou.

O colunista social Miro Silva convivia com Genu e sempre estava presente em sua residência. "O Piauí perde um grande ícone. É uma pessoa de referência para a gente e será eternizada. Lamento profundamente", disse.

A artista plástica Dora Parente disse que perdia uma amiga querida e de uma vitalidade surpreendente. "Nós só tinhamos que aprender com ela. Tudo era formidável, ela gostava de dizer. Teresina sem Genu falta um pedaço. É uma figura importante para a história da cidade", declara. 

Maria das Graças Morais Dutra, costureira de Genu, destacou sua simplicidade. "Ela sempre ajudava as pessoas", lembra. Já o presidente da Academia Piauiense de Letras, advogado Nelson Nery Costa, disse que Genu é a mulher mais importante do Piauí no século 20, devido a sua história de vida", destacou.

Flash de Yala Sena
Redação de Hérlon Moraes