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Contrato é rompido e PM-PI fica sem helicóptero para incêndio e salvamento

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O Governo do Estado rescindiu o contrato de locação do único helicóptero 'multimissão' que estava à serviço Grupamento Tático Aéreo Policial da Policia Militar do Piauí (GTAP), desde outubro de 2014. Agora, o Piauí conta apenas com duas aeronaves. Uma com capacidade para duas pessoas e que serve apenas para instrução e formação de pilotos; A outra suporta quatro pessoas e é utilizada para reconhecimento, observação aérea. 

O comandante do Gtap, coronel Josué Saraiva, caracteriza a atitude como um retrocesso e incoerência por parte do Estado. No Ceará e Maranhão, por exemplo, existem pelo menos quatro aeronaves com as mesmas características. 

"Em comparação com as duas aeronaves que temos no Estado, retornamos à Idade da Pedra. Conseguimos o helicóptero que serve apenas para observação em 2010 e após quatro anos, com muito esforço, conseguimos que o Estado arcasse com despesas da aeronave que era imprescindível para transportar feridos, fazer salvamento, aeromédico, combate a incêndio... Enfim, preenchia as necessidades da unidade aérea. Agora, os serviço cairam em 50%", disse o comandante. 

O helicóptero tinha capacidade para seis pessoas e foi utilizado em ocorrências de combate a incêndio em várias regiões do Piauí, resgate de jovens no povoado na Taboca do Pau Ferrado, zona rural de Teresina, resgate de vítimas de acidente na Estaca Zero, um trágico acidente entre um ônibus e um caminhão-tanque, em Monsenhor Gil, no fim de dezembro, além do patrulhamento diário. 

O comandante conta que o contrato havia sido firmado com um empresa de Curitiba e custava aos cofres públicos mensalmente R$ 206 mil.

"A rescisão do contrato ocorreu ontem e hoje, por volta das 11h, a empresa mandou recolher o helicóptero. Nos foi alegado que o rompimento do contrato, que deveria durar um ano, ocorreu por questão de economia. Foi uma decisão unilateral. Ninguém do Governo quis saber a importância do veículo para o desmepenho do nosso trabalho. O pior é que não disseram se vão firmar contrato com outra empresa a um custo menor ou se o Estado pensa em adquirir uma aeronave", disse o coronel Josué Saraiva.

Outro lado
Segundo o Major Adriano Lucena, da assessoria de comunicação da Polícia Militar, a instituição entendeu que, neste momento de crise, o ideal seria optar usar apenas o helicóptero que é de propriedade da PM. "A instituição entendeu que, por causa desse momento de crise, era melhor ficar voando no helicóptero próprio da PM e devolver o que era locado. Em momento oportuno poderá ser feita a aquisição de um novo aparelho", explicou.

A Secretaria de Segurança ressaltou que não tem gerência sobre o assunto e que a PM é autônoma e recebe recursos para custeio da aeronave. 

 

Graciane Sousa
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